Nasceu em 1193, em Retine, Bélgica. Com 5 anos ficou órfã, Juliana e sua irmã Agnese, ficaram aos cuidados das Monjas Agostinianas do Convento Leprosário de Mont Cormillon. Foi educada pela Monja Sapienza, até Santa Juliana receber o habito religioso, com 14 anos, das Monjas Agostinianas do Convento de "Mont Cormillon". Muito culta e inteligente, lia as obras da Igreja em latim, em especial de Santo Agostinho e São Bernardo. Gostava muito de contemplar Jesus Sacramentado na Eucaristia. Pensava no que Jesus disse: "E eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28, 20).

Teve visão, a primeira foi aos 16 anos, que repetiram-se muitas fezes após suas Adorações Eucarísticas. A visão era a lua no seu pleno esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente. Compreendeu, que a lua simbolizava a vida da igreja, a linha opaca, a ausência de uma festa Eucarística, ou seja, onde se poderia adorar ao Santíssimo Sacramento no Altar. Santa Juliana conservou este segredo por 20 anos.

Em 1230, torna-se superiora do convento, trabalhando pela disciplina e pela ordem, o que desagradou a muitos. Revelou a outras duas irmãs, que também adoravam a Eucaristia, a Beata Irmã Eva, eremita, e a Irmã Isabella, que conhecera no Mosteiro de Mont Cormillon. As três então começaram a glorificar o Santíssimo Sacramento. Conversaram com o Padre Giovanni di Losanna, canônico na Igreja de São Martinho em Liége, para interpretar sobre os aspectos teológico e eclesiástico sobre a questão. Este aprovou suas atitudes e as encorajou para que continuasse.

Aconteceu com Santa Juliana, o que vimos também na vida de muitos santo, tem-se a visão, ou inspiração de Deus, faz-se muitas orações e espera com paciência, às vezes por anos, até que se consiga submeter-se ao juízo, de uma autoridade eclesial, para poder confirmar baseado nas leis da Igreja, se tais fatos podem ser colocados em prática. No caso da Santa levou ao padre Giovanni, e repassou ao Bispo Roberto de Thorotte, de Liége. Que após analisar os fatos, instituiu a solenidade de Corpus Domini, (Corpo de Cristo, Corpus Christi), na sua Diocese. Depois, começou a ser proclamada a festa de Corpus Christi em outras diocese.

Como a vida de um santo é sempre colocada a prova, da Santa Juliana, não foi diferente, foram muitas as pessoas que se opuseram a ela, a começar dentro do mosteiro que vivia, também, membros do clero. Então, em 1248, por própria vontade, deixou o convento de Mont-Cornillon, juntamente com algumas irmãs e foram para vários Mosteiros de Irmãs Cistercienses. Santa Juliana, com humildade e mansidão, continuou a difundir a Adoração a Eucaristia.

Morreu em 5 de abril de 1258, em Fosses-La-Ville, Bélgica, de causas natural. Morreu contemplando ao Santíssimo Sacramento exposto m sua cela. Foi sepultada no Mosteiro Cisterciense de Villers. Foi Beatificada pelo Papa Pio IX em 1869, que instituiu sua festa para 6 de abril. Foi Canonizada pelo Papa Clemente VIII, em 1599, após sua canonização, em muitas igrejas sua festa passou a ser comemorada no dia de sua morte, 5 de abril. Antes de sua morte, soube que a festa de Corpus Domini, já era comemorada na Bélgica, França e Alemanha.

O Papa Urbano IV, em 1264, pela Bula Papal Transiturus, instituiu as festividades de Corpos Christi para toda a Igreja. Ele conviveu com a Santa Juliana, quando era Bispo Jacques Pantaleon, ele, foi eleito Papa em 1261.

Santa Juliana, rogai por nós !