Santa Josefina Bakhita

08 de fevereiro - Santa Josefina Bakhita

Nasceu em 1869, Darfu, no Sudão, África. Não se sabe seu nome de nascimento, pois ela se esqueceu devido a sofrimentos durante a escravidão quando criança. Seu nome Bakhita (que siguinifica afortunada), foi lhe dado pelas pessoas que a sequestraram quando tinha 5 anos. Fora vendida várias vezes no mercado das cidades de El Obei e kaurtoum. Foi além de humilhada, foi marcada com uma tatuagem quando pertencia a um general Turco. Além de várias outras marcas, pois a cotavam com navalha, e jogavam sal em cima do corte para a cicatriz não desaparecer.

Com 15 anos, foi comprada por Calisto Legnani, cônsul italiano. Ele já havia resgatado muitas criança e devolvido a seus pais. Mas Bakhita não sabia de onde veio e nem quem era seus pais. Ficou na casa do cônsul, nos serviços domésticos, mas como uma pessoa livre. Dois anos depois o cônsul, teve que retornar a Itália, com sua família. Levou Bakhita com eles. Na viagem estavam, com o cônsul, seu amigo do cônsul Augusto Michieli com sua esposa, que se simpatizou com Bakhita, o cônsul permitiu que ela fosse morar em Veneza com eles. Este casal, vieram a ter uma filha, e Bakhita passou a ser babá da menina.

Tempos depois, o casal retornou a África, por ter negócios lá. Foram aconselhados para não levar as duas. Assim a família em que vivia Bakhita, deixou sua filha e Bakhita aos cuidados das Irmãs da Congregação de Santa Madalena de Conossa, em Veneza. As irmãs a evangelizaram, então Bakhita, pediu para ser batizada, e recebeu o nome de Josefina, tinha 21 anos. Ela ficou tão feliz com seu batizado que todas as vezes que passava pela Pia Batismal dizia: "Aqui me tornei filha de Deus".

Três anos, depois, 1893, o casal volta da África. Ai, Josefina Bakhita, pede para ficar na Congregação, pois queria se dedicar inteiramente a Deus. Sendo aceita, e, em 1896 fez seu votos perpétuos. Satisfeita, de servir a Deus, a quem chamava de "Meu Patrão". Como religiosa, exerceu várias funções na Casa, foi cozinheira, sacristã, porteira, cuidou das roupas e foi bordadeira. Ajudou também como auxiliar de enfermagem na 1 ª Guerra Mundial. Fazia tudo com muito amor, sempre com um sorriso no rosto. Era chamada carinhosamente de "Irmã Morena", tanto pela irmãs, como pelos fieis. Falava pouco, dava conselhos curtos, mas marcantes, tinha dificuldades em falar Italiano.

Quando ficou doente e com dores fortes e prolongadas, mesmo assim não tirava o sorriso do rosto. Ela dizia: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: em um, vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao Céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes me julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque vou ficar".

No fim de sua vida, teve delírios, pelos momentos que sofrera na escravidão, dizia as enfermeira, para lhe tirar as correntes que estavam muito pesadas. Mas, segundo seu próprio testemunha, ela pediu e Nossa Senhora lhe tirou estes sofrimentos. Assim as lembranças da escravidão não a fazia mais sofrer.

Morreu em 8 de fevereiro de 1947, com 78 anos, no Convento Canosiano de Schio, Vènete, Itália. Foi enterrada na Capela da família Gasparella, em Schio. Em 1969, quando seu resto mortais, iam ser transportados para outro local, para surpresa de todos, seu corpo se encontrava incorrupto. Foi Beatificada pelo Papa João Paulo II, em 17 de maio de 1992. Foi Canonizada pelo Papa João Paulo II, em 1 de outubro de 2000.

O milagre que valeu para a sua canonização aconteceu no Brasil, em Santos, em 1992, a senhora Eva Costa, pedindo sua intercessão, foi curada de feridas, que sofria a tempo, e segundo os médicos, não tinham cura. Santa Josefina é padroeira do Sudão, dos sequestrados e dos escravizados. Seu corpo encontra-se exposto, e pode ser visitado no Santuário da Sagrada Família, em Schio.

Santa Josefina Bakhita, rogai por nós !