Nasceu em 1217, em Bagnoregio, Lácio, Itália. Batizado como João de Fidanza, filho de Giovanni de Fiadanza e Maria Ritella. Seu pai um médico renomado, mas, quando o filho pequeno teve uma enfermidade grave, não conseguiu cura-lo. Foi curado, por seu pai, sua mãe e seus familiares pediram pela intercessão de São Francisco, por um milagre. Veio a cura, e São Boaventura futuramente se tornara Franciscano.

Em 1243, com 20 anos, entrou para as Ordens dos Franciscanos. Dois anos após, João Fidanza, recebeu o hábito, adotando o nome de Boaventura. Por sua inteligencia, foi designado para estudar filosofia e teologia na Universidade de Paris. Em 1253, foi nomeado professor catedrático nas duas matérias. Se destacava nos assuntos mais difíceis. Tornou-se amigo de São Tomás de Aquino. Uma amizade de grandes frutos para a Igreja, já que mais tardes foram proclamados Doutores da Igreja.

Para São Boaventura a Ordem dos Franciscanos era como miniatura da Igreja, por elas terem origem a partir de homens simples e humildes. Existia uma disputa entre os Franciscanos Seculares e os da "Ordem mendicantes". Ele ficou famoso como orador e teólogo ao defender as Ordens Mendicantes. No Ordem Medicante dos Frades Menores, defendia; Os votos de pobreza, de obediência e castidade; seguindo o próprio Evangelho. O Papa Alexandre IV, interviu no conflito.

Em 1257, São Boaventura, foi reconhecido doutor e mestre da Universidade de Paris, mas recusou, por ter sido eleito Superior Geral dos Franciscanos, ficando no cargo por 18 anos. Ele conseguiu unir as divergências dentro da Ordem, dando-lhe um novo impulso. Visitava as províncias, muitos vezes, tinha que ser severo para evitar abusos. Eram 30 mil frades, espalhados pelo mundo.

Para colocar ordem, São Boaventura, no Capítulo geral da Ordem em Narbona, em 1260, reuniu e unificou as normas que regulavam a vida dos Frades Menores. Para chegar a um consenso, procurou fazer tudo segundo os ensinamentos de São Francisco. Pesquisando documentos daqueles que haviam conhecidos São Francisco diretamente. Assim, nasceu em 1263 o Capítulo dos Frades Menores, reunidos em Pisa, reconheceram nos documentos de Boaventura o retrato fiel do fundador da ordem, tornou-se a biografia oficial de São Francisco.

São Boaventura, escreveu suas obras teológicas em 11 volumes, baseadas em Santo Augustinho e Platão. Procurado um pensamento de raciocínio das grandes verdades da fé. Foi superior geral dos Franciscanos e também escritor renomado. Entre os seus livros mais conhecidos encontra-se O Itinerário da mente para Deus.

Em 1273, o Papa Gregório X o consagrou Bispo em 3 de julho, e o nomeia Cardeal em 11 de novembro, Bispo e Cardeal de Albano. Pediu a São Boaventura para preparar o II Concílio de Lião, que tinha como objetivo o restabelecimento entre as Igrejas latina e grega. Ele se dedicou a tarefa, mas não pode ver a conclusão, porque faleceu durante a sua realização.

Morreu em 15 de julho de 1274, assistido diretamente pelo Papa, em Lyon, Reino das Artes, (53 anos). Foi Canonizado em 14 de abril de 1482, pelo Papa Sisto IV, em Roma. Foi declarado Doutor da Igreja em 1587 pelo Papa Sisto, juntamente com São Tomás de Aquino. São Boaventura foi considerado um dos maiores filósofos da época.

Frases: "Na terra.. Podemos contemplar a imensidão divina mediante o raciocínio e a admiração; na pátria celeste, ao contrário, mediante a visão, quando nos tornarmos semelhantes a Deus, e através do êxtase.. Entremos na alegria de Deus".

“Não basta, escreve ele, a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspecção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça”.

Quando Frei Egídio, na sua simplicidade, lhe perguntou como poderia salvar-se, já que desconhecia a ciência teológica, frei Boaventura lhe respondeu: “Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-lo, isso basta… Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia”.

São Boaventura, rogai por nós !