Evangelho Segundo São Mateus

I - Nascimento e infancia de Jesus


 1 - Origem de Jesus - 1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão:

2Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, Jacó gerou Judá e seus irmãos.

3Judá gerou Farés e Zara, de Tamar, Farés gerou Esrom, Esrom gerou Aram,

4Aram gerou Aminadab, Animadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon,

5Salmon gerou Booz, de Raab, Booz gerou Jobed, de Rute, Jobed gerou Jessé.

6Jessé gerou o rei Davi.


Davi gerou Salomão, daquela que foi mulher de Urias,

7Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa,

8Asa gerou Josafá, Josafá gerou Jarão, Jarão gerou Ozias,

9Ozias gerou Joatão, Joatão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias

10Ezequias gerou Manassés, Manassés gerou Amon, Amon gerou Josias,

11Josias gerou Jecomias e seus irmãos por ocasião do exílio na Babilônia.


12Depois do exílio na Babilônia, Jecomias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobatel,

13Zorobatel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor,

14Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud,

15Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Matã, Matã gerou Jacó,

16Jacó gerou José, o esposo de maria, da qual nasceu Jesus chamado Cristo.

17Portanto, o total das gerações é: 

de Abraão até Davi, quatorze gerações;

de Davi até o exílio na Babilônia, Quatorze gerações;

e do exílio da Babilônia até Cristo, quatorze gerações.


José pai adotivo de Jesus - 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, Sua Mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. 19José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-La publicamente, resolveu repudiá-La em segredo. 20Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor apareceu a José em sonho, dizendo: "José, filho de Davi, não temas receber Maria, Tua Mulher, pois o que Nela foi gerado vem do Espírito Santo. 21Ela dará a Luz um filho e Tu O chamarás com o Nome de Jesus, pois Ele salvará o Seu povo dos seus pecados". 22Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta:

   23Eis que a Virgem conceberá e dará à Luz um filho e o chamarão com o Nome de Emanuel, que significa: "Deus está conosco". 24José, ao despertar do sono, fez conforme o anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua Mulher. 25Mas não a conheceu até o dia em que Ela deu á Luz um Filho. E José o chamou com o Nome de Jesus.

 2 - Os Reis Magos - 1Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram Magos do Oriente a Jerusalém, 2perguntando: "Onde está o Rei dos judeus recém-nascido? Pois, vimos  a Sua estrela quando surgiu e viemos homenageá-lo". 3Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. convocou todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurando saber deles onde iria nascer o Cristo. 5Eles responderam: "Em Belém da Judeia, pois é isto que foi escrito pelo profeta.

   6"E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os chão d Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o Meu povo."

7Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou saber deles a respeito a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. 8E, enviando-os a Belém, disse-lhes: "Ide e procurai obter informações exatas a respeito do Menino e, ao encontrá-Lo, avisai-me, para que tamtém eu vá homenageá-Lo". 9A essas palavra do rei, eles partiram. Eis que a estrela que tinham visto no céu surgiu e ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o Menino. 10Eles, revendo a estrela, alegraram-se imediatamente. 11Ao entrar na casa, viram o Menino com Maria, Sua Mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região.


Fuga para o Egito e assassinato dos inocentes - 13Após a partida dos Reis Magos, eis que o Anjo do Senhor avisou em sonho a José e lhe disse: "Levanta-te, pega o Menino e Sua Mãe e foge para o Egito. Fica lá até que Eu Te avise, porque Herodes, vai procurar o Menino para O matar". 14José se levantou, pegou o Menino e Sua Mãe, durante a noite, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que dissera o Senhor por meio do Profeta:


Do Egito chamarei o Meu filho.

16Herodes, percebendo que fora enganado pelos Reis Magos, ficou muito irritado e mandou matar, em Belém e em todo seu território, todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo de que havia se certificado com os Magos. 16Cumpriu-se o que fora dito pelo Profeta Jeremias:


18Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação:

Raquel chora seus filhos e não quer consolação, porque eles já não existem.


Retorno do Egito para Nazaré -  19Quando Herodes morreu, eis que o Anjo de Senhor apareceu em sonho para José , no Egito, 20e lhe disse: "Levanta-te, pega o Menino e Sua Mãe e vai para a terra de Israel, pois os que queriam tirar a vida do Menino já morreram". 21José se levantou, pegou o Menino e Sua Mãe e entrou na terra de Israel. 22Jose ouvindo que Arquelau era o rei da Judéia no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Recebendo um aviso em sonho, foi para a região da Galileia 23e foi morar numa cidade chamada  Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas:


    Ele será chamado Nazareno.   

 II - Anúncio do Reino dos Céus

1- Parte narrativa.


 3 - Pregação de João Batista - 1Naquelesdias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia 2e dizendo: "Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo". 3Pois foi de João Batista que falou o Profeta Isaías ao dizer:

   

   Uma Voz, do que clama no deserto:

   Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas.


   4João usava uma roupa de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins. Seu alimento consistia em gafanhotos e mel silvestre. 5Então, vieram até ele Jerusalém, toda a Judeia e toda a região vizinha ao Jordão. 6E todos eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 7Como eram muitos fariseus e saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Produz, então fruto digno de arrependimento 9e não penseis que basta dizer: 'Temos por pai a Abraão'. Pois eu vos digo que mesmo desta pedra Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10O machado já está posto à raiz das árvores  e toda árvore que não produzir bom frutos será cortada e lançada ao fogo. 11Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas Aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12A pá está na Sua mão: vai limpar Sua eira (queimar a palha), e recolher Seu trigo no celeiro: mas quanto à palha, vai queimá-la  num fogo inextinguivel".


Batismo de Jesus - 13Nesse tempo, veio Jesus da Galileia ao Jordão até João, a fim de ser batizado por ele. 14João tenta faze-Lo desistir, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti e Tu vens a mim?" 15Jesus, responde-lhe: "Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça". E João consentiu.

   16Batizado, Jesus subiu imediatamente da água e logo os Céus se abriram e ele viu o Espirito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre Jesus. 17Ao mesmo tempo, uma voz vinda dos Céus dizia: "Este é o Meu Filho Amado, em Quem Me comprazo".

 4 - Tentação no deserto - 1Jesus foi levado pelo Espírito Santo para o deserto, para ser tentado pelo diabo. 2Por quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome. 3Aproximou-se o tentador e disse-Lhe: "Se És Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pão". 4Jesus respondeu:

   "Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus".


   5O diabo O levou à Cidade Santa e o colocou sobre o pináculo do Templo (parte mais alta) 6e disse-lhe: "Se És Filho de Deus, atira-Te para baixo, porque está escrito:

   Ele dará ordem a Seus Anjos a Teu respeito, e Eles Te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra."

   7Respondeu-lhe Jesus: "Também está escrito:


   Não tentarás ao Senhor Teu Deus."


   8Tornou o diabo a levá-Lo, agora para um monte muito alto. E mostrou-Lhe todos os reinos do mundo com o seu esplendor 9e disse-Lhe: "Tudo isto Te darei, se, prostrado me adorares". 10Jesus lhe disse:

   "Vai-te, satanás, porque está escrito:

Ao Senhor Teu Deus adorarás e só a Ele prestarás culto."


   11Com isso, o diabo O deixou. E os Anjos de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-Lo.


Jesus volta a Galileia - 12Ao ouvir que João Batista tinha sido preso, Jesus voltou para Galileia 13e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, à beira-mar, nos confins de Zabulon, 14para que se cumprisse o que foi dito pelo Profeta Isaías:

   15Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região além do Jordão, Galileia das nações!

   16O povo que jazia nas trevas viu uma grande Luz; aos que jaziam na região sombria da morte, surgiu Uma Luz.

   17A partir deste momento, começou Jesus a pregar e a dizer: "Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus".


Os quatro primeiro Discípulos - 18Estando Jesus a caminhar junto ao mar da Galileia, viu dois irmão: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam a rede ao mar, eram pescadores. 19Disse-lhes: "Segue-Me e Eu vos farei pescadores de homens". 20Eles, deixando imediatamente as redes, o seguiram.

   21Continuando a caminhar, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com o pai Zebedeu, a consertar as redes. E os chamou. 22Eles, deixando imediatamente o barco e o pai, seguiram Jesus.


Jesus ensina e realiza milagres - 23Jesus percorria toa a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo. 24A sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo que Lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidade, bem como endemoninhados, lunáticos e paralíticos. Jesus os curava. 25Seguiam-No multidões numerosas vinda da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e da região além do Jordão.

2-  Discurso do Evangelho -


 5 - As bem-aventuranças - 1Vendo Jesus as multidões, subiu à montanha. ao sentar-se, aproximaram-se os Seus Discípulos. 2E Jesus começou a falar, os ensinando, dizendo:


   3"Bem aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

   4Bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra.

   5Bem aventurados os aflitos, porque serão consolados.

   6Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

   7Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

   8Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

   9Bem aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

   10Bem aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.

   11Bem aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de Mim. 12Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos Céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.


Sal da terra e luz de mundo - 13Vos sois o sal da terra. Ora, se o sal se torna insonso, com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.

   14Vos sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. 15Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo de uma cesta, mas no candelabro, e assim ela brilha para todos os que estão na casa. 16Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos Céus.


Cumprir a Lei - 17Não peseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento, 18porque em verdade Vós digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado. 19Aquele, portanto, que violar um só desses Mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céu. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no reino dos Céus.


A nova Lei é superior a antiga - 20Com efeito, Eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Ceus.

   21Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal. 22Eu, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá que responder no tribunal; aquele que chamar seu irmão 'Cretino!' estará sujeito ao julgamento do sinédrio; aquele que lhe chamar 'Louco!' terá de responder no fogo do inferno. 23Portanto, se estiver para trazer a tua oferta ao altar e ali lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta. 25Assume logo uma atitude conciliadora com o teu adversário enquanto está com ele no caminho, para não acontecer que o teu adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, seja lançado na prisão. 26Em verdade Te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.

   27Ouvires que foi dito: Não cometerás adultério. 28Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultérios com ela em seu coração. 29Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o e lança-o longe de ti, pois é preferível que se perca um dos membros do que todo o teu corpo seja lançado no fogo do inferno. 30Caso a tua mão direita te leve a pecar, corta-a e lança-a para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos membros do que todo o teu corpo vá para o fogo do inferno.

   31Foi dito: Aquele que repudiar a sua mulher, dê-lhe uma carta de divórcio. 32Eu. porém, vos digo: todo aquele que repudiar sua mulher, a não ser por motivo de 'fornicação', faz com que ele adultere; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério.

   33Ouvistes também que foi dito aos antigos: Não deves jurar, mas cumprirás o teus juramento para com o Senhor. 34Eu, porém, vos digo: não jureis em hipótese nenhuma, nem pelo Céu, porque é o Trono de Deus, 35nem pela Terra, porque é o solo dos seus pés, nem por Jerusalém, porque é a Cidade do Grande Rei, 36nem jures pela tua cabeça, porque tu não tens o poder de tornar um só cabelo branco ou preto. 37Seja o vosso 'sim', sim, e o vosso 'não', não. O que passa disso vem do maligno.

   38Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. 39Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes àquele que te fere na face direita oferece-lhe também a esquerda; 40e àquele que quer lutar contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe também a veste; 41e se alguém te obrigar a nadar uma milha (1,6 km), caminha com ele duas. 42Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que te pede emprestado.

   43Ouviste que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e rezai pelos que vos perseguem; 45desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos Céus, porque Ele faz nascer o Seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos. 46Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa tendes? não fazem também os publicanos a mesma coisa? 47Se saudais apenas os vosso irmãos, que fazeis de mais? Não fazem também os gentios a mesma coisa? 48Portanto, devei ser perfeitos como o vosso Pai Celeste É Perfeito.

 6 - Fazer o bem em segredo - 1Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles. Do contrário, não recebeis recompensa junto ao vosso Pai que está nos Céus. 2Por isso, quando  deres esmola, não te ponhas a anunciar em público, como fazem o hipócrita nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 3Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, 4para que a tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.


Rezar em segredo - 5Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 6Tu, porém, quando fores rezar, entra no teu quarto e, fechando a porta, reza ao teu Pai que está lá, no segredo; e o teu Pai, que vê  no segredo, te recompensará.


Oração do Pai-nosso - 7Nas vossas orações não seis de muitas palavras de repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. 8Não sejais como ele, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade ante de Lhe pedir. 9Portanto, rezai desta maneira:


   Pai nosso que está nos Céus, Santificado seja o Teu Nome,

   10Venha a nós o Teu Reino, seja feita a Tua Vontade na terra, como no Céu.

   11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.

   12E perdoa-nos as nossas dívidas como também nós perdoamos aos nossos devedores.

   13E não nos exponha à tentação mas livrai-nos do maligno.

   14Pois, se perdoardes aos homens os seus delitos, também o vosso Pai Celeste vos perdoará; 15mas se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também, não perdoará os vosso delitos.


Jejuar em segredo - 16Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio como fazem os hipócritas, pois eles desfiguram seu rosto para que seu jejum seja percebido pelos homens. Em verdade Vos digo: já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, unge tua cabeça e lava teu rosto, 18para que os homens não percebam que estás jejuando, mas apenas o teu Pai, que está lá no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.


Verdadeiro tesouro - 19Não ajuntei para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, 20mas ajuntai para vós tesouros nos Céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; 21pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração.


O olho é a lâmpada do corpo - 22A  lâmpada do corpo é o olho. Portanto, se o teu olho estiver são, todo o teu corpo ficará iluminado; 23mas se o teu olho estiver doente, todo o teu corpo ficará escuro. Pois se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão as trevas!


Deus e o dinheiro - 24Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.


Confiar na Providência de Deus - 25Por isso vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa? 26Olhai as aves do céu: não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiro. E, no entanto, vosso Pai Celeste as alimenta. Ora, não valeis vós mais do que elas? 27Quem dentre vós, com as suas preocupações, pode acrescentar um só minuto à duração da sua vida? 28E com a roupa, por que andais preocupado? Aprendei dos lírios do campo, como crescem, e não trabalham  nem fiam. 29E, no entanto, Eu vos asseguro que nem Salomão, em toda sua glória, se vestiu, como um deles. 30Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada ao forno, não fará Ele muito mais por vós, homens fracos na fé? 31Por isso, não andeis preocupados, dizendo: Que iremos comer? Ou, que iremos beber? Ou, que iremos vestir? 32De fato, são os gentios que estão à procura de tudo isso: o vosso pai Celeste sabe que tendes necessidade de todas as coisas. 33Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua Justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 34Não vos preocupeis portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu mal.

 7 - Não julgar - 1Não julgueis para não serdes julgados. 2Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis serei medidos. 3Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão, quando não percebes a trave que está no teu? 4Ou como poderia dizer a teu irmão: 'Deixa-me tirar o cisco do teu olho', quando tu mesmo tem uma trave no eu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.


Cuidado com as coisas Santas - 6Não deis aos cães o que é santo , nem atireis as vossas pérolas aos porcos, para que não as pisem e, voltando-se contra vós, vos estraçalhem.


Seja firma na Oração - 7Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; 8pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate lhe será aberto. 9Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? 10Ou lhe dará uma cobra, se este lhe pedir peixe? 11Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas dadivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos Céus dará coisas boas aos que Lhe pedem!"


Regra de vida - 12Tudo aquilo, portanto que quereis que os homens vos façam, fazeis vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas.


Os dois caminhos -  13Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. 14Estreita, é a porta e apartado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o encontram.


Falsos profetas - 15Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçado de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. 16Pelos seus frutos os conheceis. Por acaso colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos? 17Do mesmo modo, toda árvore boa dá bons frutos, mas a árvore má dá frutos ruins. 18Uma árvore boa não pode dar frutos ruins, nem uma árvore má dar bons frutos. 19Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. 20É pelos seus frutos, portanto, que os reconheceis.


Os verdadeiros discípulos - 21Nem todo aquele que Me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de Meus Pai que está nos Céus. 22Muitos Me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em Teu Nome que profetizamos e em Teu Nome que expulsamos demônios e em Teu Nome que fizemos milagres?' 23Então Eu lhes declararei: 'Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade'.

   24Assim, todo aquele que ouve as Minha Palavras e as põe em prática será comparado a um homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha. 26Por outro lado, aquele que ouve essa Minhas Palavras, mas não as pratica, será comparado a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande sua ruína!"


Admiração pela Palavras de Jesus -  28Aconteceu que ao terminar Jesus essas Palavras, as multidões ficaram extasiadas com o Seu ensinamento, 29porque as ensinava com autoridade e não como os seus escribas.

III - Pregação do Reino dos Céus

1 - Narrativa dos dez milagres.


 8 - Cura de um leproso - 1Ao descer da montanha, seguiam Jesus, uma multidão numerosa, 2quando de repente um leproso se aproximou e se prostou diante de Jesus, dizendo: "Senhor, se queres, tens poder para purificar-me". 3Jesus estendeu a mão e, tocando-o disse: "Eu quero, seja purificado". E imediatamente ele ficou livre ad lepra. 4Jesus lhe disse: "Cuidado não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-se ao sacerdote e apresenta a oferta prescrita por Moisés, para que lhes sirva de prova".


Cura do servo do centurião - 5Jesus, quando entrou em Cafarnaum, chegou até Ele um centurião que lhe implorava e dizia: 6"Senhor, o meu criado está deitado em casa paralítico, sofrendo dores terríveis". 7Jesus lhe disse: "Eu irei cura-lo". 8Mas o centurião respondeu-Lhe: "Senhor, não sou digno de receber-Te sob o meu teto, basta que digas uma palavra e o meu criado ficará são. 9Com efeito, também eu estou debaixo de ordem e tenho soldados sob meu comando, e quando digo a um 'Vai!' ele vai, e a outro 'Vem!' ele vem; e quando digo ao meu servo: 'Faze isto', ele o faz'. 10Ouvindo isso, Jesus ficou admirado e disse aos que O seguiam: "Em  verdade vos digo que, em Israel, não achei ninguém que tivesse tal fé. 11Mas Eu vos digo que virão muitos do oriente e do ocidente e se assentarão à mesa no Reino dos Céus, com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os filhos do Reino serão postos para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes". 13Em seguida, Jesus, disse ao centurião: "Vai! Como creste, assim te seja feito!" Naquela mesma hora o criado ficou são.


Cura da sogra de Pedro - 14Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra deste, que estava de cama e com febre. 15Logo tocou-lhe a mão e a febre a deixou. ela se levantou e pôs-se a servi-Lo.


Diversas curas - 16Ao entardecer, trouxeram-Lhe muitos endemoniados e Jesus, com uma palavra, expulsou os espíritos e curou todos o que estavam enfermos, 17a fim de e cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías:

   Levou nossas enfermidades e carregou nossas doenças.


Exigência da vocação Apostólica - 18Vendo Jesus que estava cercado de grandes multidões, ordenou que partissem para a outra margem do lago. 19Então chegou-se a Jesus um escriba e disse: "Mestre, eu te seguirei para onde quer que vás". 20Ao que Jesus respondeu: "As raposas têm tocas e as aves do céu, ninhos, mas o filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça".

   21Outros dos discípulos lhe disse: "Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai". 22Mas Jesus lhe respondeu: "segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos".


Acalma a tempestade - 23Depois disso, Jesus entrou no barco e os Seus Discípulos O seguiram. 24E, nisso, houve no mar uma grande agitação, de modo que o barco era varrido pelas ondas. Jesus, entretanto, dormia. 25Os Discípulos chagaram até Jesus e o despertaram, dizendo: "Senhor, salva-nos, estamos perecendo!" 26Disse-lhes Jesus: "Por que tendes medo, homens fracos na fé?" Depois, pondo-se de pé, conjurou severamente os ventos e o mar. E houve uma grande bonança. 27Os homens ficaram espantados e diziam: "Quem é Este a quem até os ventos e o mar obedecem?"


Dois endemoninhados gadarenos - 28Ao chegar ao outro lado, ao pais dos gadarenos, vieram ao encontro de Jesus dois endemoninhados, saindo dos túmulos. Eram tão ferozes que ninguém podia passar por aquele caminho. 29E eis que se puseram a gritar. "Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?" 30Ora, a certa distância deles havia uma manada de porcos que estava pastando.  31Os demônios Lhe imploraram, dizendo: "Se nos expulsar, manda -nos para a manada de porcos".  32Jesus lhes disse: "Ide". Eles, saindo, foram para os porcos e logo toda a manada se precipitou no mar, do alto de um precipício, e morreram nas águas. 33Os que as apascentavam fugiram e, dirigindo-se à cidade, contaram tudo o que acontecera, inclusive o caso dos endemoninhados. Diante disso, a cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. ao vê-Lo, rogaram-Lhe para que se retirasse do seu território.

 9 - Cura de um paralítico -  1E entrado em um barco, Jesus atravessou e foi para a sua cidade.  2Aí lhe trouxeram um paralítico deitado numa cama. Jesus, vendo tão grande fé, disse ao paralítico: "Tem ânimo, meu filho; os teus pecados estão perdoados". 3Ao ver isso alguns dos escribas diziam consigo: "Está blasfemando". 4Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: "Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações?  5Com efeito, que é mais fácil dizer 'Teu pecados são perdoados', ou dizer 'Levanta-te e anda?'  6Pois bem, para que saibas que o filho de Deus tem poder na terra de perdoar pecados..." disse ao paralítico: "Levanta-te, toma tua cama e vai para casa".  7Ele se levantou e foi para casa. 8Vendo o ocorrido, as multidões ficaram com medo e glorificaram a Deus, que deu tal poder aos homens.


Chamado de Mateus - 9Seguindo, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: "Segue-Me". Este levantou-se, e O seguiu.


Na mesa na casa de Mateus -  10Estando, Jesus, sentados à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e se assentaram à mesa com Jesus e Seus Discípulos. 11Os fariseus, vendo isso, perguntaram aos Discípulos : "Por que come o vosso mestre com os publicanos e os pecadores?" 12Jesus, ao ouvir o que diziam, respondeu: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. 13Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia é que Eu quero, e não sacrifício. Com efeito, Eu não vim chamar justos, mas pecadores".


Sobre o jejum - 14Vieram procurar Jesus, os Discípulos de João com está pergunta: "Por que razão nós e os fariseus jejuamos, enquanto os Teus Discípulos não jejuam?" 15Jesus respondeu-lhes:

   "Por acaso podem os amigos do noivo estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão, quando o noivo lhes será tirado; então, sim, jejuarão. 16Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgo torna-se maior. 17Nem se põe vinho novo em odre velhos; caso contrário, estoura os odres, o vinho se entorna e os odres ficam inutilizados. Antes, o vinho novo se põe em odres novos, assim ambos se conservam". 


Cura da mulher com hemorragia e ressurreição de uma menina - 18Enquanto Jesus lhes falava, veio um chefe e prostrou-se diante de Jesus dizendo: "Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe-lhes a mão, e ela viverá". 19Levantando-se, Jesus o seguia, juntamente com os Seus Discípulos.

   20Enquanto ia, certa mulher que sofria de um fluxo de de sangue fazia doze anos, aproximou-se de Jesus por trás e tocou-Lhe a orla da veste, 21pois dizia consigo: "Será bastante que eu toque a sua veste e ficarei curada".

  22Jesus, voltando-se e vendo-a, disse-lhe: "Ânimo, minha filha, a tua fé te salvou". Desde aquele momento, a mulher foi salva.

   23Jesus, ao entrar na casa do chefe e ver os flautistas  e a multidão em alvoroço, disse: 24"Retirai-vos todos daqui, porque a menina não morreu está dormindo". E caçoavam Dele. 25Mas, assim que a multidão foi removida para fora, Jesus entrou, tomou-a pela mão e ela se levantou. 26A notícia do que aconteceu espalhou-se por toda aquela região.


Cura de dois cegos - 27Partindo Jesus dali, puseram-se a segui-lo dois cegos, que gritavam e diziam: "Filho de Davi, tem compaixão de nós!" 28Quando Jesus, entrou em casa, os cegos aproximaram-se Dele. Jesus lhes perguntou: "Credes vós, que tenho poder de fazer isso?" Eles responderam: "Sim, Senhor". 29Então, Jesus, toou-lhes os olhos de disse: "Seja feito segundo a vossa fé". 30E os seus olhos se abriram, Jesus, porém, os admoestrou com energia: "Cuidado, para que ninguém o saiba". 31Mas eles, ao saírem dali, espalharam sua fama por toda aquela região.


Cura de um endemoninhado mudo - 32Logo que saíram, eis que Lhe trouxeram um endemoninhado mudo. 33Jesus, expulsou o demônio, e o mudo falou. A multidão ficou admirada e pôs-se a dizer: "Nuca se viu coisa semelhante em Israel!" 34Os fariseus, porém, diziam: "É pelo príncipe dos demônios que Ele expulsou os demônios".


Missericórdia da Multidão - 35Jesus percorria todas as cidades e povoados ensinando em suas sinagogas e pregando o Evangelho do Reino, enquanto curava todas as doenças e enfermidades.

   36Ao ver a multidão teve compaixão dela, porque estava cansada e abatida como ovelha sem pastor. Então, Jesus, disse aos Seus Discípulos: 37"A colheita é grande, mas poucos os operários. 38Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita."

2 - Aos Doze Apóstolos


 10 - Missão dos doze - 1Jesus, chamou os Doze Discípulos e deu-lhes autoridade de expulsar os espírito imundos e de curar toda a sorte de males e enfermidades.

   2Estes são os nomes dos Doze Apóstolos: primeiro, Simão, também chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; 3Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, o filho de Alfeu, e Tadeu; 4Simão, o Zelota e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. 5Jesus enviou estes Doze com estas recomendações:

   "Não tomeis o caminho dos gentios, nem entreis em cidades de samaritanos. 6Dirigi-vos, antes, ás ovelhas perdidas da casa de Israel. 7Dirigindo-vos a elas, proclamai que o Reino dos Céus está próximo. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graças recebestes, de graças dai. 9Não leveis ouro, nem prata, nem cobre nos vossos cintos, 10nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado, pois o operário é digno do seu sustento.

   11Quando entrardes numa cidade ou num povoado, procurai saber de alguém que seja digno e permanecei ali até vós retirardes do lugar. 12Ao entrardes na casa, saudai-a. 13E se for digna, desça a vossa paz sobre ela. Se não for digna, volte a vós a vossa paz. 14Mas se alguém não vos recebe e não dá ouvido às vossas palavras, sai daquela casa ou daquela cidade e sacudi o pó de vossos pés. 15Em verdade vos digo: no Dia do Julgamento haverá menos rigor para Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade. 16Eis que Eu vos envio como ovelhas entre lobos. Por isso, sede prudente como as serpentes e sem malícia como as pombas.


Os missionários são perseguidos - 17Guardai-vos dos homens, eles vos entregarão aos sinédrios e vos flagelarão em suas sinagogas. 18E, por causa de Mim, sereis conduzidos à presença de governadores e de reis, para dar testemunho perante eles e perante as nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados em saber como ou o que haveis de falar. Naquele momento vos será indicado o que deveis falar, 20porque não sereis vós que estareis falando, mas o Espírito Santo de vosso Pai é que falará em vós.

   21O irmão entregará o irmão á morte e o pai entregará o filho. Os filhos se levantarão contra os pais e os farão morrer. 22E sereis odiados por todos por causa do Meu Nome. Aquele, porém, que persevera até o fim, esse será salvo.

   23Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. E se vos perseguirem nesta, tornai a fugir para uma terceira. em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel até que venha o filho de Deus.

   24Não existe discípulo superior ao mestre, nem servo superior ao seu senhor. 25Basta que o discípulo se torne o mestre e o servo como o seu senhor. Se chamaram beelzebu ao chefe da casa, quanto mais chamarão assim aos seus familiares.


Pregar abertamente e sem medo - 26Não tenhais medo deles, portanto. Pois nada há de encoberto que não venha a ser descoberto, nem de oculto que não venha a ser revelado. 27O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia: o que vos digo aos ouvidos, proclamai-o sobre os telhados.

   28Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode destruir a alma e o corpo no fogo do inferno. 29Não se vendem dois pardais por um asse? E, no entanto, nenhum deles cai em terra sem o consentimento do vosso Pai! 30Quanto a vós, até mesmo os vossos cabelos foram contados. 31Não tenhais medo, pois valeis mais do que muitos pardais.

   32Todo aquele, portanto, que se declarar por Mim diante dos homens, também Eu Me declararei por ele diante de Meu Pai que está nos Céus. 33Aquele, porém, que Me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de Meu Pai que está nós Ceus.


Divisões por causa de Jesus - 34Não penseis que vim trazer paz a terra. Não Vim trazer paz, mas espada. 35Com efeito, vim contrapor o homem ao seu pai, a filha à sua mãe e a nora à sua sogra. 36Em suma: os inimigos do homem serão os seus próprios familiares.


Seguir a Jesus é renunciar a si mesmo - 37Aquele que ama pai ou mãe mais do que a Mim não é digno de Mim. E aquele que ama filho ou filha mais do que a Mim não é digno de Mim. 38Aquele que não toma a sua cruz e Me segue não é digno de Mim. 39Aquele que acha a sua vida, vai perdê-la, mas quem perde a sua vida por causa de Mim, vai achá-la.


Conclusão - 40Quem vos recebe, a Mim Me recebe, e quem Me recebe, recebe Ao que Me enviou.

  41Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá uma recompensa de profeta. E quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá uma recompensa de justo.

   42E quem der, nem que seja um copo d'água fria a um destes pequeninos, por ser Meu discípulo, em verdade vos digo que não perderá sua recompensa."

IV - O Reino dos Céus

1 -  Narrativa


 11 - 1Quando Jesus acabou de dar instruções a Seus Discípulos, partiu dali para ensinar e pregar nas cidades deles.


Testemunho de Jesus e pergunta de João Batista - 2João, ouvindo falar, na prisão a respeito das obras de Cristo, enviou a Jesus alguns dos seus discípulos para lhe perguntar: 3"És Tu Aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?" 4Jesus respondeu-lhes: "Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: 5os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados. 6E bem aventurado aquele que não ficar escandalizado por causa de Mi!"

   7Ao partirem eles, começou Jesus a falar a respeito de João ás multidões: "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 8Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas finas vivem nos palácios dos reis. 9Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais do que um profeta. 10É dele que está escrito.


   Eis que envio o Meu mensageiro à Tua frente; ele preparará o Teu caminho diante de Ti.


   11Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista, e, no entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. 12Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos se apoderam Dele. 13Porque todos os profetas bem como a Lei profetizaram até João. 14E, se quiserdes dar crédito, ele é o Elias que deve vir. 15Quem tem ouvido, ouça!


Jesus compara sua geração - 16A quem Vou comparar essa geração? Ela é como crianças sentadas nas praças, a desafiarem-se mutualmente:

 

   17'Nós vos tocamos flauta e não dançastes!

   Entoamos lamentações e não batestes no peito!'


   18Com efeito, veio João, que não come nem bebe, e dizem: 'Um demônio está nele'. 19Veio o Filho de Deus, que come e bebe, e dizem: 'Eis aí um glutão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores'. Mas a sabedoria foi justificada pelas Suas obras".


Desgraça para as cidades ás margem do lago - 20Então Jesus começou a falar das cidades onde havia feito a maior parte dos Seus milagres, por não se terem arrependido: 21"Ai de ti, Corazim! Ai de ti Betsaida! Porque se em Tiro e em Sodônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito se teriam arrependido, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza. 22Mas Eu vos digo: No Dia do Julgamento haverá menos rigor para Tiro e Sodônia do que para vós. 23E tu, Cafarnaum, por acaso te elevarás até o céu? Antes, até o inferno descerás. Porque se em Sodoma tivessem sido realizados os milagres que em ti se realizaram, ela teria permanecido até hoje. 24Mas Eu vos digo que no Dia do Julgamento haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para vós".


O Pai e o Filho - São revelado aos simples - 25Pôs Jesus a dizer: "Eu Te Louvo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque ocultasse estas coisas aos sábios e doutores e as revelastes aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do Seu agrado. 27Tudo me foi entregue por Meu Pai,  e ninguém conhece o filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o filho e aquele a quem o filho o quiser revelar.


O fardo de Jesus é leve - 28Vinde a Mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e Eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque Sou Manso e Humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossas almas, 30pois o Meu julgo é suave e o Meu fardo é leve".

 12 - Colher espiga ao sábado - 1Jesus passou, num sábado, pelas plantações. Os Seus Discípulos, que estavam com fome, puseram-se a arrancar espigas e a comê-las. 2Os fariseus, vendo isso, disseram: "Olha só! os Teus Discípulos a fazerem o que não é lícito fazer num sábado". 3Jesus respondeu-lhes: "Não lestes o que fez Davi e seu amigos quando estavam com fome? 4Como entrou na Casa de Deus e como eles comeram os pães da proposição, que não era lícito comer, nem a ele, nem aos que estavam com ele, mas exclusivamente aos sacerdotes? 5Ou não lestes na Lei que com os seus deveres sabáticos os sacerdotes no Templo violam o sábado e ficam sem culpa? 6Digo-vos que aqui está Alguém maior do que o Templo. 7Se soubésseis o que significa: Misericórdia é que Eu quero e não sacrifício, não condenaríeis os que têm culpa. 8Pois o Filho de Deus é Senhor do sábado".


Cura de um homem com mão atrofiada - 9Partindo dali, Jesus, entrou na sinagoga deles. 10Ora, ali estava um homem com a mão atrofiada. Então perguntou-lhes, a fim de acusá-los. "É lícito curar aos sábados?" 11Jesus respondeu: "Quem haverá dentre vós que, tendo uma ovelha e caido ela numa cova em dia de sábado, não vai apanhá-la e tirá-la dali? 12Ora, um homem vale muito mais do que uma ovelha! Logo, é lícito fazer o bem aos sábados". 13Em seguida, disse ao homem: "Estenda a mão". Ele a estendeu e ela ficou sã, como a outra. 14Então  os fariseus, saindo dali, tramaram contra Jesus, sobre como acabariam com Jesus.


Jesus é o "Servo de Deus" - 15Ao saber disso, Jesus afastou-se dali. Muitos o seguiram, e Ele os curou a todos. 16E os proibia severamente de torná-lo manifesto, 17a fim de que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías:

   18"Eis o Meu Servo, a Quem Escolhi, o Meu Amado, em quem Minha alma se compraz.

   Porei o Meu Espírito sobre Ele e Ele anunciará o direito às nações.

   19Ele não discutirá, nem clamará; nem Sua voz nas ruas se ouvirá.

   20Ele não quebrará o caniço rachado nem apagará a mecha que ainda fumega, até que conduza o direito ao triunfo.

   21E no Seu Nome as nações porão Sua esperança".


Jesus e beelzebu - 22Então trouxeram até Jesus um endemoninhado cego e mudo. E Jesus o curou, de modo que o mudo podia falar e ver. 23Toda a multidão ficou espantada e pôs-se a dizer: "Não será este o Filho de Davi?" 24Mas os fariseus, ouvindo isso disseram: "Ele não expulsa demônio, senão por beelzebu, príncipe dos demônios.

   25Conhecendo os seus pensamentos, Jesus lhes disse: "Todo reino dividido contra si mesmo acaba em ruína e nenhuma cidade ou casa dividida contra si mesmo poderá subsistir. 26Ora, se satanás expulsa satanás, está dividido contra si mesmo. como, então, poderá subsistir seu reinado? 27Se Eu expulso os demônios por beelzebu, por quem os expulsam os vossos adeptos? Por isso, eles mesmo serão os vossos juízes. 28Mas se é pelo Espírito de Deus que Eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós.

   29Ou como pode alguém entrar na casa de um homem forte e roubar os seus pertences, se primeiro não o amarrar? Só então poderá roubar a sua casa. 30Quem não está a Meu favo, está contra Mim, e quem não ajunta Comigo, dispersa. 31Por isso vos digo: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. 32Se alguém disser contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro.


As palavras dizem do coração - 33Ou declarais que a árvore é boa e o seu fruto é bom, ou declarais que a árvore é má e o seu fruto é mau. É pelo fruto que se conhece a árvore. 34Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, se sois maus? Porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio. 35O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, mas o homem mau, do seu tesouro tira coisas más. 36Eu vos digo que de toda palavra inútil, que os homens disseram, darão conta no dia do Julgamento. 37Pois por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado."


O sinal de Jonas - 38Nisso, alguns escribas e fariseus tomaram a palavra dizendo: "mestre, queremos ver um sinal feito por Ti". 39Jesus replicou: "Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas. 40Pois, como Jonas esteve na barriga da baleia por três dias e três noites, assim ficará o Filho de Deus três dias e três noites no seio da terra. 41Os habitantes de Ninive se levantarão no Julgamento, juntamente com esta geração, e a condenarão, porque eles se converteram pela pregação de Jonas. Mas aqui está Alguém maior do que Jonas! 42A rainha do sul se levantará no Julgamento juntamente com esta geração e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Mas aqui está Alguém que é mais que Salomão!


Retorno do espírito impuro - 43Quando o espírito impuro sai do homem, perambula por lugares árido, procurando repouso, mas não o encontra. 44Então diz: 'Voltares para a minha casa, de onde saí'. Chegando lá, encontra-a desocupada, varrida e arrumada. 45Diante disso, vai e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele, e vêm habitar aí. E, com isso, a condição final daquele homem torna-se pior do que antes. eis o que vai acontecer a esta geração má."


Os parentes de Jesus - 46Estando Jesus ainda a falar às multidões, sua mãe e seus irmãos estavam do lá procurando falar com Ele. (E lhe dizem isto 47). 48Jesus respondeu àquele que O avisou: "Quem é Minha Mãe e Meus irmãos?" 49E apontando para os discípulos com a mão, disse: "Aqui estão a Minha mãe e os meus irmãos, 50Porque aquele que fizer a vontade de Meu Pai que está nos Céus, esse é Meu irmão, irmã e mãe".

2 - Discursos das parábolas.


13 -  Introdução - 1Naquele dia, saindo Jesus de casa, sentou-se à beira-mar. 2Em torno Dele reuniu-se uma grande multidão. Por isso, entrou num barco e sentou-se, enquanto a multidão estava em pé na praia. 3E disse-lhes muitas coisas em parábolas:


Parábola do semeador - 4"Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram. 5Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. 6Mas, ao surgi o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. 7Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. 8Outra parte, finalmente caiu em terra boa e produziu fruto, uma cem, outra sessenta e outra trinta. 9Quem tem ouvidos, ouça!"


Por que Jesus fala em par[abola - 10Aproximando-se os discípulos perguntaram-Lhe: "Por que lhes falas em parábolas?" 11Jesus respondeu: "Porque a vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não. 12Pois aquele que tem, lhe será dado e lhe será dado em abundância, mas ao que não tem, mesmo o que tem será tirado. 13É por isso que lhes falo em parábolas: porque veem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender. 14É neles que se cumpre a profecia de Isaías, que diz:

   Certamente haveis de ouvir, e jamais entendereis. Certamente haveis de enxergar, e jamais vereis. 15Porque o coração deste povo se tornou insensível. E eles ouviram de má vontade, e fecharam os olhos, para não acontecer que vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e entendam com o coração, e se convertam, e assim Eu os cure.


  16Felizes os vossos olhos, porque veem, e os ouvidos, porque ouvem. 17Em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejavam ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis e não ouviram.


Explicação da parábola do semeador- 18Ouvi, portanto, a parábola do semeador. 19Todo aquele que ouve a Palavra do Reino e não a entende, vem o maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração. Esse é o que foi semeado à beira do caminho. 20O que foi semeado em lugares pedregosos é aquele ouve a Palavra e a recebe imediatamente com alegria, 21mas não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando surge uma tribulação ou uma perseguição por causa da Palavra, logo sucumbe. 22O que foi semeado entre espinhos é aquele que ouve a Palavra, mas os cuidados do mundo e a sedução da riqueza sufocam a Palavra e ela se torna infrutífera. 23O que foi semeado em terra boa é aquele que ouve a Palavra e a entende. Esse dá fruto, produzindo à razão de cem, de sessenta e de trinta".


Parábola do joio - 24Jesus contou-lhes outra parábola: 

   "O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e foi-se embora. 26Quando o trigo cresceu e começou a gramar, apareceu também o joio. 27Os servos do proprietário foram procurá-lo e lhe disseram: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como então está cheio de joio?' 28Ao que este respondeu: 'Um inimigo é que fez isso'. Os servos perguntaram-lhe: 'Queres, então, que vamos arrancá-lo?' 29Ele respondeu: 'Não, para não acontecer que, ao arrancar o joio, com ele arranque também o trigo. 30Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: 'Arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado: quanto ao trigo, recolhei-o no meu celeiro' ".

 

   Parábola do grão de mostarda - 31Jesus, contou-lhes outra parábola:

   "O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. 32Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é a maior das hortaliças e torna-se árvore, a tal ponto que as aves do céu se abrigam nos seus ramos".

 

   Parábola do fermento - 33Jesus, contou-lhes outra parábola:

   "O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e pôs em três medidas de farinha, até que tudo ficasse fermentado".

 

   À multidão Jesus só fala em parábolas - 34Jesus falou tudo isso às multidões por parábolas. E sem parábolas nada falava, 35para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta:

   Abrirei a boca em parábolas; proclamarei coisas ocultas desde a fundação do mundo.

 

   Explicação da parábola do joio - 36Então, Jesus, deixando as multidões, entrou em casa. E os discípulos chegaram-se a Jesus, pedindo-lhe: "Explica-nos a parábola do joio no campo". 37Jesus respondeu: "O que semeia a boa semente é o filho de Deus. 38O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do maligno. 39O inimigo que semeou é o diabo. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os Anjos. 40Da mesma forma que se junta o joio e se queima no fogo, assim será no fim do mundo: 41o Filho de Deus enviará Seus Anjos e Eles apanharão do Seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade 42e os lançarão na fornalha ardente. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no Reino de Seu Pai.

   O que tem ouvidos , ouça!


   Parábola do tesouro e da pérola - 44O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo.

   45O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que anda em busca de pérolas finas. 46Ao achar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.


   Parábola da rede - 47O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que apanha de tudo. 48Quando está cheia, puxam-na para a praia e, sentados, juntam o que é bom em vasilhas, mas o que não presta, deixam fora. 49Assim será no fim do mundo: virão os Anjos e separarão os maus dentre os justos 50e os lançarão na fornalha ardente. Ali haverá choro e ranger de dentes.


   Conclusão - 51Entendestes todas essas coisas?" Responderam-lhe: "Sim". 52Então lhes disse: "Por isso, todo escriba que se tornou discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e velhas".


V - A Igreja, início do Reino dos Céus

1- Parte Narrativa


   Visita a Nazaré - 53Quando Jesus acabou de falar essas parábolas, partiu dali 54e dirigindo-se para sua pátria, pôs-se a ensinar as pessoas que estavam na sinagoga, de tal sorte que elas se maravilhavam e diziam: "De onde Lhe vêm essa sabedoria e essses milagres? 55Nõa É Ele o Filho do carpinteiro? Não se chama a Mãe dele Maria e os Seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56E as Suas irmãs não viovem todas entre nós? Donde então vêm todas essas coisas?" 57E se escandalizavam de Jesus. Mas Jesus lhes disse: "Não há profeta sem honra, excedo em sua pátria e em sua casa". 58E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.

14 - Jesus e Herodes - 1Naquele tempo, Herodes, o tetrarca, veio a conhecer a fama de Jesus 2e disse aos seus servidores: "Certamente se trata de João Batista: ele foi ressuscitado dos mortos e é por isso que os poderes operam através Dele.


   Execução de João Batista - 3Herodes, havia mandado prender João. E o acorrentar e lançar no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe, 4pois João Batista lhe dizia: "Não te é permitido tê-la por mulher". 5Queria matá-Lo, mas tinha medo da multidão, porque esta o considerava um profeta. 6Ora, por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou ali e agradou a Herodes. 7Por essa razão prometeu, sob juramento, dar-lhe qualquer coisa que pedisse. 8Ela, instruida por sua mãe, disse: "Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Batista". 9O rei se entristeceu, por causa do seu juramento e diante dos convidados presentes, ordenou que lhe dessem. 10E mandou decapitar João Batista no cárcere. 11E, a cabeça de João foi trazida num prato e entregue à moça, que a levou à sua mãe. 12Vieram então os discípulos de João Batista, pegaram o seu corpo e o sepultaram. Em seguida, foram anunciar o ocorrido a Jesus.


   Primeira multiplicação dos pães - 13Jesus, ouvindo isso, partiu dali, de barco. para um lugar deserto, afastado. Assim que as multidões souberam, vieram das cidades, seguindo-O a pé. 14Assim que desembarcou, viu uma grande multidão e, tomado de compaixão, curou os seus doentes. 15Chegando a tarde, aproximaram-se Dele os Seus discípulos, dizendo: "O lugar é deserto e a hora já está avançada. Despede as multidões para que vão ao povoado comprar alimento para si". 16Jesus, lhes disse: "Não é preciso que vão embora. Dai-lhes vós mesmo de comer". 17Ao que os Discípulos responderam: "Só temos aqui cinco pães e dois peixes". Disse Jesus: 18"Trazei-os aqui". 19E, tendo mandado que as multidões se acomodassem na grama, tomou os cincos pães e os dois peixes, elevou os olhos ao Céu e abençoou. em seguida, partindo os pães, deu-os aos discípulos e os discípulos às multidões. 20Todos comeram e ficaram saciados, e ainda recolheram doze cestos dos pedaços que sobraram. 21Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.


   Jesus caminha sobre as água - 22Logo em seguida, forçou os discípulos a embarcar e aguarda-Lo na outra margem, até que ele despedisse as multidões. 23Tendo-as despedido, Jesus, subiu ao monte, a fim de rezar a sós. Ao chegar a tarde, estava ali sozinho. 24O barco, porém, já estava bem distante da terra, agitado pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Na quarta vigília da noite (entre 3 e 6 horas da madrugada), Jesus dirigiu-se a eles, sobre o mar. 26Os Discípulos, vendo que Jesus caminhava sobre o mar, ficaram atemorizados e diziam: "É um fantasma!" E gritaram de medo. 27Jesus, logo lhes disse: "Tende confiança, Sou Eu, não tenhais medo. 28Pedro, interpelando-o, disse: "Senhor, se És Tu, mande que eu vá ao Teu encontro sobre as águas". 29Jesus, respondeu: "Vem". Descendo do barco, Pedro caminhou sobre as águas e foi ao encontro de Jesus. 30Mas, sentindo o vento, ficou com medo e, começou a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" 31Jesus estendeu a mão prontamente e o segurou, repreendendo-o: "Homem fraco na fé, por que duvidaste?" 32Assim que subiram no barco, o vento acalmou-se. 33Os que estavam no barco prostaram-se diante de Jesus dizendo: "Verdadeiramente, Te És o filho de Deus!"


Jesus cura em Genesaré - 34Terminada a travessia, chegaram a terra em Genesaré. 35Quando os habitantes daquele lugar, reconheceram Jesus, espalharam a notícia de Sua chegada por toda a região. E lhe trouxeram todos os doentes, 36rogando-Lhe tão somente tocar a orla de Sua veste. E todos os que a tocaram foram salvos.

15 - Jesus fala sobre as tradições dos judeus - 01Chegaram ate Jesus fariseus e escribas vindos de Jerusalém e disseram: 02"Por Que os Teus discípulos violam a tradição dos antigos? Pois que não lavam as mãos quando comem". 03Jesus respondeu-lhes: "E vos, por que violais o Mandamento de Deus por causa da vossa tradição? 04Com efeito, Deus disse: Honra pai e mãe e aquele que maldisser pai ou mãe certamente deve morrer. 05Vós. porém, dizeis: Aquele que disser ao pai ou à mãe 'Aquilo que de mim poderias receber foi consagrado a Deus' 06esse não está obrigado a honrar pai ou mãe. E assim invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa tradição. 07Hipócrita! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, quando disse: 

   08Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de Mim.

   09Em vão Me prestam culto, pois o que ensinam são mandamentos humanos."


Sobre o puro e o impuro - 10Em seguida, Jesus chamando para junto Dele a multidão, disse-lhes: "Ouvi e entendei! 11Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca, isto sim o torna impuro".

   12Então os Discípulos, aproximando-se de Jesus, disseram-lhe: "Sabes que os fariseus, ao ouvirem o que disseste, ficaram escandalizados?" Jesus respondeu-lhes: "Toda planta que não foi plantada por Meu Pai Celeste será arrancada. 14Deixai-os. São cegos conduzindo cegos! Ora, se um cego conduz outro cego, ambos acabarão caindo num buraco".

   15Pedro interpelando-O, pediu-Lhe: "Explica-nos a parábola". 16Disse Jesus: "Nem mesmo vós tendes inteligência? 17Não entendeis que tudo o que entra pela boca vai para o ventre e daí para a fossa? 18Mas o que sai da boca procede do coração e é isto que torna o homem impuro. 19Com efeito, é do coração que procede mas intenções, assassínios, adultérios, prostituições, roubo, falsos testemunhos e difamações. 20São essas coisas que tornam o homem impuro, mas o comer sem lavar as mãos não o tornará impuro".


Cura da filha de uma mulher cananeia - 21Jesus, partindo dali, foi para a região de Tiro e Sidônia. 22E eis que uma mulher cananeia, daquela região, veio gritando: "Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim: a minha filha está horrivelmente endemoninhada". 23Jesus, porém, nada lhe respondeu. Então os Seus Discípulos chegaram a Jesus e pediram-Lhe: "Despede-a, porque vem gritando atrás de nós". 24Jesus respondeu: "Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel". 25Mas ela, aproximou-se postou-se diante de Jesus e pôs-se a rogar: "Senhor, socorre-me!" 26Jesus tornou a responder: "Não fica bem tirar o pão dos filhos e atira-lo aos cachorrinhos". 27Ela insistiu: "Isso é verdade, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos!" 28Diante disso, Jesus lhe disse: "Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como queres!" E a partir daquele momento sua filha ficou curada.


Jesus realizou numerosas curas junto ao lago - 29Jesus, partindo dali, foi para cercanias do mar da Galileia e, subindo a uma montanha, sentou-se. 30Logo vieram até Jesus numerosas multidões trazendo coxos, cegos, aleijados, mudos e muitos outros, e os puseram aos seus pés e Jesus os curou, 31 de modo que as multidões ficaram espantadas ao ver os mudos falando, os aleijados são, os coxos andando e os cegos vendo. E renderam Glória ao Deus de Israel.


Segunda multiplicação dos pães - 32Jesus, chamando os discípulos , disse: "Tenho compaixão da multidão, porque faz três dias que está comigo e não tem o que comer. Não quero despedi-la em jejum, de modo que possa desfalecer pelo caminho". 33Os discípulos Lhe disseram: "De onde tiraríamos, num deserto, tantos pães para saciar uma tal multidão?" 34Jesus lhes disse: "Quantos pães tendes?" Responderam: "Sete e alguns peixinhos". 35Então, mandou que a multidão se assentasse pelo chão, 36tomou os sete pães e os peixes e, depois de dar Graças, partiu-os e dava-os aos discípulos, e os discípulos à multidão. 37Todos comeram e ficaram  saciados, e ainda recolheram sete cestos cheios dos pedaços que sobraram. 38Ora, os que comeram eram quatro mil homens, sem contar mulheres e crianças. 39Tendo despedido as multidões, entrou no barco e foi para o território de Magadã.

16 - Pediram a Jesus um sinal do Céu. - 01Os fariseus e os saduceus vieram até Jesus e pediram-Lhe. para pô-Lo à prova, que lhes mostrasse um sinal do Céu. 02Mas Jesus lhes respondeu: "Ao entardecer dizeis: Vai fazer bom tempo, porque o céu esta avermelhado, 03e de manhã: Hoje teremos tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. com o aspecto do céu, sabeis interpretar, mas os sinais dos tempos , não podeis! 04Uma geração má e adultera exige um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, se não o sinal de Jonas". E, deixando-os, foi-se embora.


O fermento dos saduceus e dos fariseus - 05Ao passarem para a outra margem do lago, os discípulos esqueceram-se de levar pães. 06Como Jesus lhes dissesse: "Cuidado, acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus!", 07puseram-se a refletir entre si: "Ele disse isso porque não trouxemos pães". 08Jesus, percebendo, disse: "Homens fracos na Fé! Por que refletir entre vós por não terdes pães? 09Ainda não entendeis, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos recolhestes? 10Nem dos sete pães para quatro mil homens e de quantos cestos recolhestes? 10Como não entendeis que Eu não estava falando de pães, quando vos disse: 'Acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus'?" 12Então compreenderam que não dissera: Acautelai-vos do fermento do pão, mas sim do ensinamento dos fariseus e dos saduceus.


Profissão de Fé de Pedro - 13Chegando jesus ao território de Cesária de Filipe, perguntou aos Discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho de Deus?" 14Disseram: "Uns afirmam que é João Batista, outros que é Elias, outros, ainda que é Jeremias ou um dos profetas". 15Então, Jesus, lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que Eu Sou?" 16Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu És o Cristo, o filho do Deus Vivo". 17Jesus respondeu-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o Meu Pai que está nos Céus. 18Também  Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra Ela. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos Céus, e o que desligares na terra será desligado nos Céus". 20Em seguida, Jesus, proibiu severamente aos Discípulos de falarem a alguém que Ele era o Cristo.


Primeiro Anúncio da Paixão - 21A partir dessa época, Jesus começou a mostrar aos Seus Discípulos que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse muito por parte dos anciões, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, e que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia. 22Pedro, chamando Jesus, á parte, começou a repreende-Lo, dizendo: "Deus não o permitirá, Senhor! Isso jamais Te acontecerá!" 23Jesus, voltando-se para Pedro, disse: "Afasta-te de Mim, satanás! Tu me serves de pedra de tropeço, porque não pensais as coisas de Deus, mas as dos homens!"


Condição para seguir Jesus - 24Disse Jesus aos Seus Discípulos: "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. 25Pois aquele que quiser salvar a sua vida , vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de Mim, vai encontrá-la. 26De fato, que aproveitará ao homem se ganha o mundo inteiro mas arruinar a sua vida? Ou que poderá o homem dar em troca de sua vida?

   27Pois o Filho de Deus há de vir na Glória do Seu Pai, com Seus Anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com seu comportamento. 28Em verdade Vos digo que alguns dos que aqui estão não provarão a morte até que vejam Filho de Deus vindo em Seu Reino."

 17 - A Transfiguração - 01Seis  dias depois, Jesus chamou Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou para um lugar à parte, sobre uma alta montanha. 02E ali foi transfigurado diante deles. O Seu Rosto resplandeceu como o sol e as Suas vestes tornaram-se alvas como a luz. 03E eis que lhes apareceram Moisés e Elias conversando com Jesus. 04Então Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, levantarei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias". 05Ainda flava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e uma voz, que saia da nuvem disse: "Este É o Meu Filho Amado, em quem Me comprazo, ouvi-O!" 06Os discípulos, ouvindo a voz, muito assustados, cairam com o rosto no chão. 07Jesus chegou perto deles e, tocando-os, disse: "Levantai e não tenhais medo". 08Erguendo os olhos, não viram ninguém: jesus estava sozinho.

A respeito de Elias - 09Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes: "Não conteis a ninguém esta visão, até que o Filho de Deus ressuscite dos mortos". 10Os Discípulos perguntaram a Jesus: "Por que razão os escribas dizem que é preciso que Elias venha primeiro?" Respondeu-lhes Jesus: "Certamente Elias terá de vir para restaurar tudo. 12Eu vos digo, que Elias já veio, mas não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com Ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho de Deus irá sofrer da parte deles". 13Então os Discípulos entenderam que se referia a João Batista.

O endemoniado -  14Jesus, ao chegar junto da multidão, aproximou-se Dele um homem que, de joelhos, lhe pedia: 15"Senhor, tem compaixão de meu filho, porque é lunático e sofre muito com isso. Muitas vezes cai no fogo e outras muitas na água. 16Eu o trouxe aos Teus Discípulos, mas eles não foram capazes de curá-lo". 17Ao que Jesus replicou: "Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei convosco? Até quando vos suportarei? Trazei-o aqui". 18Jesus o conjurou severamente e o demônio saiu dele. E o menino ficou são a partir desse momento. 19Então os discípulos, procurando Jesus a sós, disseram: "Por que não pudemos expulsá-lo?" 20Jesus respondeu-lhes: "Por causa da fraqueza da vossa Fé, pois em verdade vos digo: se tivestes fé como um grão de mostarda, dirás a esta montanha: transporta-te daqui para lá, e ela se transportará, e nada vos será impossível". (21)

Segundo anúncio da Paixão -  22Estando Jesus e os Discípulos reunidos na Galileia, Jesus lhe disse: "O Filho de Deus vai ser entregue às mãos dos homens 23e eles O matarão, mas no terceiro dia ressuscitará". E eles ficaram triste.


Jesus paga tributo ao Templo - 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores de didracmar aproximaram-se de Pedro e lhe perguntaram: "O Vosso mestre não paga o didracma?" 25Pedro respondeu: "Sim". Ao entrar em casa, Jesus antecipou-se lhe dizendo: ""Que te parece, Simão? De quem recebem os reis da terra tributos ou impostos? Dos seus filhos ou dos estranhos?" 26Como Ele respondeu: "Dos estranhos", Jesus lhe disse: "Logo, os filhos estão isentos. 27Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar e joga o anzol. O primeiro peixe que subir, segura-o e abre-lhe a boca. Acharás aí um estáter. Pega-o e entrega-o a eles por Mim e por ti".

2 - Discurso sobre a Igreja

18 - Quem é o maior - 01Nesta ocasião, os discípulos aproximaram-se de Jesus e Lhe perguntaram: "Quem é o maior no Reino dos Céus?" 02Jesus chamou para perto Dele uma criança, colocou-a no meio deles, 03e disse: ""Em verdade Vos digo que, se não vos converterdes e não tornardes como as criança, de modo algum entrareis no Reino dos Céus. 04Aquele, portanto, que se tornar pequenino como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.


O escândalo - 05E

Em construçao estamos em no capítulo 18 de 28

São Mateus