22 de outubro - Santo Papa João Paulo II

Nasceu em 18 de maio de 1920, em Wadowice ao sul da Polônia, nome de batismo Karol Jozéf Woityla. Filho de Karol Woityla e Emilia Kaczrowska, mais novo dos três filhos. Sua mãe Emília, morreu em 13 de abril de 1929, com 45 anos, ele tinha 8 anos de idade. Sua irmã mais velha, Olga, já tinha morrido antes de seu nascimento, e ele ficou muito próximo de seu irmão Edmund, que era 14 anos mais velho e era chamado de Mundek, era médico, morreu com escarlatina (uma espécie de infecção de garganta), Karol ficou muito abalado. Quando garoto gostava de jogar futebol goleiro. Normalmente jogava uma disputa entre católicos e judeus, muitas vezes jogou pelo time Judeu.

Em 1938, Karol e seu pai mudaram-se para Cracóvia, onde frequentou a Universidade. Se dedicou a estudar filosofia e diversas línguas, também era voluntário na biblioteca. Teve que se alistar no exército, serviu na "Legião Acadêmica". Se recusava a atirar. Participou de grupos de teatro. Foi nesta época que aprendeu 12 línguas, das quais 9 usou somente quando era Papa.

Em 1939, os Nazista Alemãs, que invadiram a Polônio no início da Segunda Guerra mundial, fecharam a Universidade. Todos os homens eram obrigados a trabalhar e não podiam estudar, de 1940 até 1944. Trabalhou em restaurante, em mina de calcário e indústria química, assim evitava se deportado para a Alemanha. Seu pai, um suboficial do exército da Polônia, morreu em 1941. Com 20 anos tinha perdido todos os seus familiares. Assim, em 1942, foi a Cracóvia, estudar em um seminário clandestino, sobe a direção de Arcebispo de Cracóvia, Dom Adam Stefan. Lá começou a estudar e dar aulas, pelo grande grau de conhecimento que tinha.

Em 29 de fevereiro de 1944, Karol foi atropelado por um caminhão da Wehrmacht (forças armadas alemã), Foi socorrido e passou 2 semanas hospitalizado, ficando com sequelas do "acidente" nos ombros. Em 6 e agosto de 1944, o chamado "Domingo negro", a Gestapo (polícia secreta alemã), começou a prender todos os homens, principalmente jovens na Varsóvia. Ele escapou se escondendo no porão da casa de um tio, as tropas alemã vasculharam por toda a casa a procura por homens para leva-los, não o encontrando. Mais de 8 mil rapazes foram levado presos naquele dia. Ele se refugiou no palácio do Arcebispado onde permaneceu escondido por um grande período. Em 17 de janeiro de 1945, os alemães foram obrigados a fugir da cidade, os estudantes retornaram para o seminário, que estava quase que destruído. Karol e outros seminaristas começaram a faxina da imundice que ao tropa alemã deixou. Karol salvou Edith Zieres, judia de 14 anos, que fugirá de um campo de concentração alemã, em Czestochowa. Ela desmaiara na plataforma de trens, ele a colocou no trem e a protegeu durante toda a viagem até Cracóvia. Os judeus afirmam que Karol, protegeu muitos judeus poloneses dos nazistas, e tinha uma grande amizade com eles.

Em 1 e novembro de 1946, foi ordenado sacerdote, pelo arcebispo de Cracóvia dom Adam Sapieha. No dia seguinte o Padre Karol Woityla celebrou sua primeira missa, na Catedral de Wawel. Vai então estudar Teologia, na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino em Roma, onde se formou e fez o doutorado defendendo a tese A Doutrina da Fé segundo São João da Cruz.

Em 1948, retornou a Polônia, indo para Niegowic. Seu primeiro gesto ao chegar foi beijar o chão, que se tornou uma "marca registrada" sempre que como Papa visitava outros países. Em 1949 foi para a Paróquia de São Floriano, em Cracóvia. Lecionou Ética na Universidade Católica de Lublin ( que atualmente recebe seu nome). Quando era professor um grupo de 20 jovens que viviam em seu redor, se denominavam de Radzinka ( pequena família). Eles, se reunião para rezar, estudar filosofia e ajudavam os cegos e doentes. O grupo cresceu para mais de 200 pessoas, a "pequena família" pararam a fazer viagem anuais juntos (esquiar e andar de caiaque).

Em 1954, o Padre Karol Woityla, obteve o doutorado em Filosofia, defendendo uma tese contra o comunismo, mas as autoridades comunistas o impediram de divulgar sua tese e de que recebe-se o grau de doutorado, que veio a receber em 1957.

Ele escreveu vários artigos para o Jornal Católico de Cracóvia o "Semanal Universal", com assuntos da Igreja. Nos 12 anos como sacerdote criou várias obra literárias. Baseadas na guerra, na vida sob o comunismo e responsabilidades pastorais. Criou 2 pseudônimos (Andrzej Jaxien e Stanistaw Andrzej Gruda), para publicar obras em que abordava assuntos não relacionados a religião, mas com cunho moralizador e poético. Em 1960 publicou o livro teológico "Amor e Responsabilidade", em defesa aos ensinamentos tradicionais da Igreja sobre o casamento, sob o ponto de vista filosófico.

Em 4 de julho de 1958, quando estava andando de caiaque no norte da Polônia, fora ordenado Bispo Auxiliar de Cracóvia, pelo Papa Pio XII. Em 28 de setembro de 1958, foi ordenado Bispo de Ombi. Em 13 de janeiro de 1964, foi ordenado Arcebispo de Cracóvia, pelo Papa Paulo VI. Em 26 de junho de 1967, foi nomeado cardeal pelo Papa Paulo VI.

Em 1967, escreve a encíclica "Humanae Vitae", que reforça as questões contra o aborto e a favor controle de natalidade meios naturais, sendo proibido os não naturais (camisinha, pílula, etc.). Publicada pelo Papa Paulo VI. Em 1970, se posiciona contra uma carta dos governantes comunistas, que queriam atribuir aos cardeais poloneses, comemorar os 50 anos da Guerra Soviética. (Época que a Polônio estava sob o domínio dos Comunista Soviéticos).

Em 1977, consagrou a Igreja de Nossa Senhora Rainha da Polônia, em Nowa Huta. Na época uma capela, que se tornou o símbolo da luta contra o comunismo. Tanto, que já como Papa João Paulo II, foi em 1979 proibido de ir lá. Só indo, em 1983, onde celebrou para mais de 300 mil católicos.

Em agosto de 1978, morre o Papa Paulo VI, no Conclave Papal, o eleito foi o Papa João Paulo I, que morreu 33 dias após assumir. Após os funerais, em 14 de outubro de 1978, começou o conclave para a eleição de um novo papa, que acontecerem após 8 votações, pois para eleger o Papa tem que ter 2/3 de votação. Assim foram retirando os nomes nos menos votados, até restarem 2. Sendo eleito o Cardeal polonês Karol Józef Woityla, que tinha 58 anos considerado jovem demais para ser papa, mas obtivera 99 votos dos 111 Cardeais. Quando apareceu a varanda quebrou a tradições de só fazer o discurso formal e se dirigiu a multidão reunida na praça de São Pedro falando a elas, em discurso livre.

Escolheu o nome de seu antecessor assim ficando Papa João Paulo II, sendo o Papa de número 264, e o primeiro Papa não italiano em 455 anos. Com 58 anos foi o Papa mais jovem desde Pio IX que em 1846, fora eleito com 54 anos. Assim em 23 de outubro de 1978, dispensando a tradicional "Coroação Papal" como seu antecessor fizera. Durante a posse, os Cardeais deveriam ajoelhar-se e beijar seu "Anel de Pescador", mas ele quebrou esta tradição levantando o primeiro que se aproximou e deu-lhe um abraço. Seu lema "TOTVS TVVS" "Sou todo teu, Maria". Colocado seu pontificado nas mãos de Nossa Senhora.

O Papa João Paulo II, abriu um dialogo com as outras religiões, quebrando esta espécie de "briga" e austeridade que muitos tinham e outros pessoas, continuam a ter com pessoas de outra religião, como: Evangélico, Ortodoxos, e outros. Nos mostra que é possível evangelizar sem termos que estar a ofender irmãos de outras religiões. Assim no dia 27 de outubro de 1986, se reuniram em Assis Itália, com mais de 120 representantes de diferente religiões cristãs. Novamente em janeiro de 2002, o Papa João Paulo II se reúne e Assis com mais de 200 líderes religiosos, de diversas religiões. Nos mostrando que esta convivência é possível, não de pregarmos juntos, por doutrina diferente, mas convivermos como amigos.

Foi Papa por 26 anos, 5 meses e 17 dias, sendo o que teve o terceiro maior tempo no pontificado, sendo superado por São Pedro 37 anos, e Papa Pio IX 31 anos. O Papa João Paulo II foi o líder mais influente de século XX. Foi fundamental para o fim do comunismo na Polônia e por que não dizer em todo a Europa. Ele foi responsável por uma melhora nas relações da Igreja Católica com o Judaísmo, Islã, Igreja Ortodoxa, Religiões Orientais e a Anglicana. Se manteve firma contra a controle de natalidade artificial, contra ordenação de mulheres.

Visitou mais de 129 países durante o seu pontificado. Se expressava em italiano, francês, alemão, português, inglês, espanhol, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além de sua linguá natal, o polaco. Beatificou 1340 pessoas e Canonizou 483 santos, mais que seus predecessores juntos em 500 anos.

Morreu em 2 de abril de 2005, com 84 anos, tinha a doença de Parkinson. Sofre um atentado contra a sua vida na Praça de São Pedro o que prejudicou sua saúde. Seu sucessor papal o Papa Bento XVI o proclamou Venerável. Foi Beatificado pelo Papa Bento XVI, em 1 de maio de 2011. Foi Canonizado pelo Papa Francisco, em celebração juntamente com o Papa Emérito Bento XVI, em 27 de abril de 2014, dia que também foi canonizado o Papa João XXIII.

Santo Papa João Paulo II, rogai por nós !