Nossa Senhora de Avioth - 16 de julho.

Nossa Senhora não fica alheia aos esforços das pessoas cheias de fé.

Igreja enorme, em uma cidade pequena, 6 Km de extensão. São menos de 200 pessoas, vila francesa, a poucos quilômetros da fronteira com a Bélgica, toda a população na Igreja, ela fica basicamente vazia. Ficamos imaginando, o porque de uma cidade tão pequena e uma Catedral tão grande.

Vamos a história:

No ano de 1100, os lavradores encontraram uma imagem, no meio dos espinho, o local se chamava "D'avvo", que acabou se transformando em Avioth. Levaram a imagem para a Igreja de Saint Brice, a 2 Km daquele local. Mas, de manhã a imagem não estava mais na Igreja, tinha voltado para o lugar que a encontraram. Decidiram deixar a imagem naquele local, para ali ser venerada.

A imagem, Nossa Senhora tem um cetro na mão direita e o Menino Jesus na mão esquerda. Análise da imagem esculpida na madeira, comprovam que ela é do ano 1000, aproximadamente.

As pessoa logo começaram a peregrinação ao local, e muitos milagres e curas aconteciam e números cada vez maior

Um dos peregrino a visitar o local foi São Bernardo de Claraval. Que ordenou, que após a Santa Missa, ali, fosse rezada a Salve Rainha.

Com as peregrinações, em 1180 Avioth, já era um povoado. Assim, construíram uma capela a Nossa Senhora. De, por volta de 1300, construíram uma grande Igreja. O auge das peregrinações foi por volta do ano de 1500.

Muitos falam, - "porque construir uma Igreja tal grande, num povoado tão pequeno?" - Mas a fé do povo local e dos peregrinos na época, era tanta, que nada pareceu grande, ainda mais sendo para Nossa Senhora. Por contra partida o número muito grande de peregrinos justificava a construção.

Nossa Senhora de Avioth, é conhecida como padroeira das doenças sem cura. Muitos que iam lá na época era pessoas contaminadas com lepra, tuberculose, e outras doenças que não existia cura naquela época. Estas pessoas simplesmente eram afastadas da sociedade para esperarem a morte e evitar contágio. Levavam também muito doentes mentais, e muito saiam curados.

Muito também levavam os corpos de crianças que morriam sem receber o batismo. Mas para serem batizadas as crianças tinham que estarem viva, se achava que a alma levava duas horas para abandonar o corpo. Assim os pais vinham de uma distância de até 60 Km de Avioth, trazendo seu filho morto, que colocavam aos pés da imagem durante uma hora. Aí, esperavam um sinal qualquer que achavam ser de vida, Exemplo, um sangramento, um suor, efusão de sague, etc. qualquer coisa sinal mínimo, chamavam o sacerdote e este batizava a criança falecida. E assim acreditavam que a criança iria para o Céu. Depois de algum tempo esta prática foi proibida.

Em 1905, na França se aprovaram a lei contra a religião, no qual todos os bens da igreja passa a ser propriedade do governo. Todos os objetos das igrejas eram catalogados. O Pároco, padre Soyez, simularam junto com outros quatros moradores o roubo da imagem, só que não levaram a roupa, a coroa e o cetro, que tinham valores materiais. Claro que a polícia suspeitou do roubo, mas como, o que lhes interessavam era objetos de valor, assim, catalogaram o que tinha na Igreja e se deram como satisfeito.

A imagem foi deixada em uma casa onde só o Padre e os quatros sabiam. Um dia ao passar pela casa o Padre Sovez deixou escapar uma saudação a Nossa Senhora de Avioth. Todos da cidade suspeitaram de que a imagem estava ali, mas e mantiveram em silêncio. Quando acabou a perseguição religiosa, a imagem voltou em procissão para a Igreja.

Na Primeira Guerra Mundial, quando os soldados alemães, lá chegaram, transformaram a Basílica em cavalariça! Pregaram nas paredes ferros para amarrar os cavalos. Esses ferros estão até hoje, lá.

Em 1934 a Virgem foi coroada solenemente, e todos os anos a procissão da imagem se realiza a 16 de julho.

Doce Coração de Maria, sede nossa proteção!

Nossa Senhora de Avionth, rogai por nós que recorremos a Vós!

Catedral de Avioth

Procissão em 1934