Beata Maria Rafols

30 de agosto - Beata Maria Rafols Bruna. Madre Rafols

Nasceu em 05 de novembro de 1781, em Villafranca del Penedes, Barcelona Espanha. Filha de um moleiro (dono de moinho). Uma família de 10 filhos. Quando seu pai morreu, sua mãe se casou novamente, com um homem de melhor situação financeira. Foi para uma escola particular em Barcelona. La conhece o padre Juan Bonal, vigário de hospital Santa Cruz. Que esta reunindo moças para trabalhar como consagradas no serviço hospitalar. Ela entra então para a Irmandade Hospitaleiras de São João de Deus.

O padre Juan,muda-se para Zaragoza. Em 28 de dezembro de 1804, o padre pede pessoas para o Hospital de Nossa Senhora da Graça em Zaragoza, vai para lá 12 moças, entre elas a Beata Maria Rafols, e 12 rapazes, da irmandade. ao chegarem, vão ir vão a imagem de Nossa Senhora do Pilar pedir proteção. Viram que o hospital passava por dificuldades, financeiras. Os trabalhadores do hospital os receberam com hostilidade. Devido ao problemas tempo depois os homens deixaram o hospital. Em contra partida as mulheres continuaram seus trabalhos silenciosos e incansáveis. Logo se perceberam muitas melhorias no hospital.

Juntamente com o padre Juan Bonal, fundam a Congregação das irmãs da Caridade de Santa Ana. Que nascera basicamente em 1804, tendo como superiora a Beata Madre Maria Rafols.

Ela com outras irmãs, foram diante da diretoria do hospital pedir para fazer a flebotomia (um tipo de cirurgia da época). Isto ficou como um peso sobre sua cabeça, pois o conselho se opunha, não acreditando na sua capacidade. Isto abriu uma procedência, para as mulheres poderem trabalhar um pouco mais, na medicina como "cirurgiãs".

Mas os problemas não caíram nos ouvidos de um Bispo surdo, muito pelo contrário o Bispo de Huesca propôs a criação de um hospital na cidade semelhante a Zaragoza.

A Guerra - As tropas de Napoleão Bonaparte invade a Espanha. Faz um investida contra Zaragoza. Em 1808 o Hospital de Nossa Senhora da Graças foi destruído por bombas, Madre Rafols e outras religiosas, passaram a cuidar de aproximadamente 6.000 pacientes em vários edifícios, oficiais e privados. A madre resgatou objetos religiosos e artísticos. Conseguia ajuda, pedindo insistentemente, não só do general Palafox, como dos moradores da cidade. A Beata Madre Maria Rafols, agia como uma verdadeira heroína, não só atendia os doentes, da cidades, como os soldados, tanto amigos como inimigos, de uma forma igual. Mesmo quando a guerra estava no auge, não desanimou, e saia pedido ajuda, às vezes, deixava de comer, para dar a comida a um doente, pois a falta de alimento era grande.

As tropa napoleônicas, se retiraram, mas esta "trégua" durou apenas 4 messe, em 10 de dezembro de 1808, começaram uma nova investida contra a cidade de Zaragoza. A cidade, ainda ficou mais trágica, pois uma epidemia de peste acontecia novamente na cidade.

Mas, Madre Rafols, como era chamada a beata, colocou sua fé acima de todas as coisas, e o que pareceria impossível, para muitos ela fez, que foi, com mais duas religiosas, saiu para pedir ajuda, só que desta vez foi diretamente nas linha inimigas, falar com o general francês Lannes. Quando passavam no meio da batalha pelos soldados, eram insultadas, mas conseguiram seus objetivo, chegaram ate o general. Pois para ela não existia, o lado dos amigos ou dos inimigos, cuidava de todos igualmente. Este gesto da Beata Madre Maria Rafols, "desarmou" o general Lennes, com seu tratamento delicado e respeitos, ficou comovido com aquele gesto de fé e de amor. Não só conseguiu recursos essenciais, como comida, remédios, mas também, proteção contra os doente, intercedeu com ele pelos prisioneiros, conseguindo a liberdade de muitos.

Acabando a guerra, assume uma nova diretoria no hospital, que começaram a perseguir os religiosos em geral. Ele tiraram o padre Juan Bonal, de lá. Em 12 de novembro de 1811, mandaram a Madre Rafols, e as outras religiosas embora. Elas então vão para Orcajo, Daroca. Mas, dois anos depois, a população da cidade, pede insistentemente a volta das irmãs. Para assumir a Casa de Caridade. Assim retornam.

Em 15 de julho de 1824, as Constituições da Congregação, foram aprovadas pela diocese, a Beata Madre Maria Rafols, foi reintegrada como superiora.

Em 1834, Madre Maria Rafols, é presa, acusada de ter conspirado contra a rainha Maria Cristina de Bourbon. Ficou presa juntamente com as pessoas acusadas pela Inquisição. Mesmo depois de comprovada sua inocência, não pode retornar, foi mandada para o exílio, em sua cidade natal. Tendo ficado doente, pediu para ser transferida para Huesca, onde havia fundado uma Casa da ordem. Ficou lá por 6 anos, em silêncio. Ninguém a ouvia fazer um reclamação sequer. Confiava acima de todo em Deus. Em 1841, pode regressar para o hospital de Nossa Senhora da Graça. Podendo cuidar dos doentes. Em 1845, adoeceu e parou com os trabalhos no hospital. Seus últimos anos de vida foram de orações e contemplação, e fazendo seus escritos espirituais.

Morreu em 30 de agosto de 1853, com 71 anos, em Zaragoza, Espanha. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II, em 16 de outubro de 1994. Já tinha, sido declarada Heroína da Caridade em 1908. Seu corpo foi enterrado na Capela da Congregação das Irmãs da Caridade de Santa Ana, em Zaragoza, Espanha.

Beata Madre Maria Rafols, rogai por nós !