Nasceu em 05 de julho 1182, em Assis, Itália. Batizado com o nome de , Giovanni (João em português) di Pietro di Bernardone. Filho de comerciante, rico. Mais tarde passou a ser chamado de Francisco pelo pai, não se sebe ao certo a origem este nome. Quando Jovem era excêntrico e indisciplinado, popular entre seus amigos, gastava seu dinheiro , com bebidas e bens materiais. Com 20 anos entrou exército, foi capturado e ficou um ano preso. Quando libertado adoeceu. Recuperado entrou novamente para o exército. Mas o chamado de Deus foi mais forte, e o jovem Giovanni, apelidado de Francisco, voltou-se para Cristo.

São Francisco, mesmo sendo comerciante, trabalhava para ter lucros, não era apegado ao dinheiro, gostava de ajudar os pobre. Era gentil, paciente, afável e manso, mas gostava de levar uma vida mundana. Quando um pobre, entrou em seu comércio lhe pedindo esmola em nome de Deus, estava ocupado, e negou, mas sua consciência o ficou acusando, pensou, como posso recusar algo que pedem em nome de Deus, então se decidiu que chamais negaria esmola a quem pedisse em nome de Deus. São Francisco passou assim a ajudar que precisasse, pensando no amor ao próximo, que lera nas Sagradas Escrituras. Passou a ser alvo de crítica e deboche, pelos habitantes, e seu pai apegado ao dinheiro, passou a ter raiva dele. Seu pai Pedro de Bernardone, levou o caso ao bispo, acusando a igreja que por causa de seus ensinamentos, seu filho estava lhe roubando para dar aos pobre.

São Francisco, toma uma decisão, diante de seu pai e do Bispo, pegou tudo que tinha, inclusive retirando roupa do corpo, ficando apenas com uma espécie de roupa de couro cobrindo as partes intimas, e diz ao seu pai: "de agora em diante não mais lhe chamarei de pai Pedro de Bernardone, e sim, só chamarei de pai o "Pai nosso que estais no Céu". São Francisco e coberto pela capa cedida pelo Bispo, e em seguida renuncia publicamente à herança; pediu a bênção episcopal e partiu para uma vida de pobreza. Tinha 24 anos quando se propôs a viver na pobreza, obediência e castidade. Fez seguidores, fundou a Ordem dos Frades Menores (franciscanos), que hoje existe no mudo todo. Fundou com a Santa Clara de Assis, a Ordem das Clarissas. Obteve do Papa Inocêncio III o reconhecimento do direito de ser pobre e de nada possuir. São Francisco chamava a pobreza de "minha senhora", uma explosão que significava na época, obediência, a uma coisa que tanto admirava.

A pobreza, o desapego material, o desapego ao sucesso, são as virtudes, que mais nos aproxima de Deus.

São Francisco nos chama a paz, não só a exterior, como também a paz interior, para o Santo a paz e o amor devem andar de mãos dadas, e devemos ter e transmitir esta paz e este amor para com o próximo. Disse ele comentado as palavras de Jesus, "bem aventurados os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus". São verdadeiros pacíficos, os que no meio de tudo, que padece este mundo, se conservam em paz, interior e exterior, mas tudo por amor a Jesus Cristo.

São Francisco nos diz para colocarmos, no lugar dos que sofrem, que devemos amar os doentes, não só as pessoas que podem nos servi. Amar o amigo que esta longe, como se tivesse ao nosso lado. Não dizer na ausência de alguém, alguma coisa que não possa dizer na presença e com amor.

Uma vez, quando caminhava encontrou-se com um leproso, vindo em sua direção, ficou apavorado, quis se desviar, mas não o fez, chegou perto do doente e beijo-lhe as mãos e o rosto, em deu-lhe umas moedas. Ao se retirar se sentiu vitorioso, e virou-se para olhar novamente para a pessoa, mas não tinha ninguém na estrada, o homem desapareceu misteriosamente. Este foi uma chamado de Deus.

Outra ocasião, São Francisco em oração numa Capela abandonada de São Damião, frente a um crucifixo pedia a Deus a graça de agir sempre segundo a vontade de Deus. Mas aquieta seu coração. Um dia ouviu claramente: "Francisco, não vês que a minha casa está em ruínas ? Restaurá-la para mim!". Então apoiado pelo bispo, São Francisco veste-se como eremita e começa a reconstrução da Capela de São Damião e ali cuida dos leprosos. Mas, o que São Francisco recuperou, não foi simplesmente a Igreja, mas a fé do povo, em Jesus Cristo e em sua Igreja, que foi restaurada, quando São Francisco viveu o que diz o Evangelho em suas vida.

Em 14 de setembro de 1224, no dia da festa da Exaltação da Cruz, São Francisco recebeu os estigmas, foi o primeiro cristão a ser estigmatizado, mas, se por um lado isto lhe era alegria por ser o sinal do sofrimento de Jesus na Cruz, também foi motivo de muito sofrimento. Tinha também dores de cabeça terríveis, que o deixou quase cego. Recebeu ordens para procurar um médico, mas estes nada podiam fazer para aliviar as dores. Passou algum tempo sobre o cuidados de Santa Clara.

Melhorando, foi para um eremitério perto de Cortona, mas piorou novamente, e foi levado para Assis, ficando na casa do Bispo. Depois pediu para ser levado à Porciúncula, queria estar com os irmãos.

Sentindo a fraqueza de seu corpo, solicitou a uma amiga romana, que preparasse o necessário para seu sepultamento. Pediu-lhe também para cozinhar para ele, para lhe aliviar seu sofrimento, já que gostava muito de sua comida, quando esteve em Roma.

Morreu na noite do dia 3 de outubro de 1226, com 44 anos. Perto e seus irmãos e amigos. Somente após sua morte e que sua estigmas, foram divulgadas, pois as mantinha em segredo. Várias pessoas testemunharam seu "ferimentos", nas mãos, nos pés e também do lado do corpo, o local onde Jesus foi furado pela lança. Foi enterrado no dia 4 de outubro na Igreja de São Jorge. Dois anos após sua morte o Papa Gregório IX foi a Assis, para canonizá-lo, que aconteceu no dia 6 de julho de 1228. Em 1230, foi inaugurada uma Basílica em Assis, que é a Basílica de São Francisco de Assis, onde estão suas relíquias e seu túmulo.

Sua Oração da paz, espelho do amor ao próximo é uma das mais conhecidas e recitadas e cantada no mundo todo:

Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar que ser consolado. Compreender que ser compreendido; amar que ser amado. Pois é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna.

São Francisco de Assis, rogai por nós !