Nasceu em 24 de abril de 1581, em Pouy, França, foi batizado no mesmo dia. Filho de Jean Paul e Bertrande de Moras. O casal teve 6 filhos sendo ele o terceiro. Eram Camponeses. Foi sua mãe que educou os filhos na religião católica.

Foi estudar em Dax, onde após 4 anos passou a ser professor. De família pobre, mas ser professor, lhe permitiu, estudar teologia na Universidade de Toulouse.

Em 23 de setembro de 1600, com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote. Em seguida, uma viúva, que gostava muito de suas pregações e não tinha herdeiro, deixou sua herança para ele. Era uma propriedade e uma quantia em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha. O Padre Vicente vai até lá receber a herança, sua intenção era ajudar a quem precisava.

Em 1605, quando retornava de Marselha, o navio que vinha foi atacado por piratas turcos, o Padre Vicente foi preso e vendido em Túnis como escravo. Primeiro a um pescador, que o vendeu para um químico, que morrendo o deixou de herança a um sobrinho, que o vendeu para um fazendeiro, que era católico, mas se tornou muçulmano, com medo da perseguição. Este tinha três esposas, Padre Vicente vivia cantando, uma delas, que era turca, ao ouvi-lo cantar, quis saber o significado do que ele cantava. O Padre lhe contou toda a história, falou sobre o cristianismo. Ela se comoveu e se converteu, chamando a atenção do marido por ter abandonado a religião. O seu patrão propôs a São Vicente, ajuda-lo a fugir para a França, que aconteceu 10 meses depois, em 1607. Foram escondidos em uma pequena embarcação, atravessaram o Mar Mediterrâneo, chegando a costa francesa, encontraram o Vice-Legado do Papa e o Padre Vicente retornou as suas atividades de sacerdotes. Seu ex-dono foi para um mosteiro e se tornou monge.

Padre Vicente, foi para Roma estudou Direito Canônico, se formando. O Papa precisava mandar um documento para ao rei Henrique IV da França, Padre Vicente foi quem o levou. O rei então o nomeou Capelão da Rainha Margarida de Valois, rainha Margot. Padre Vicente ficara encarregado de distribuir esmolas aos pobres e visitava os doentes no hospital. Fazia em nome da Rainha, mas com muito zelo e amor. Em 1610 o rei Henrique foi assassinado. São Vicente foi para a Sociedade do Oratório, ficando lá um ano. Em seguida o Cardeal Pierre de Bérulhe, Bispo de Paris, o nomeou, vigário de Clichy, um bairro da cidade.

São Vicente fundou a Confraria do Rosário, que se dedicava a visitar e cuidar de doentes todos os dias.

Depois se tornou Capelão Geral e Real da França. Aí, ele fundou a Congregação da Missão, dos Padres Lazarista, que evangelizava os camponeses. Esta Congregação iniciou-se em 1625 e foi aprovada em 12 de janeiro de 1633, pelo Papa Urbano VIII.

Em uma homilia feita em Châtillon, São Vicente inspirou a fundação a Confraria da Caridade (Senhora da Caridade). A primeira religiosa foi Irmã Margarida Sasseau, com a ajuda de Santa Luísa de Marillac. Depois ficou o nome, Confraria das Irmãs da Caridade, atualmente conhecida como Filhas da Caridade. São Vicente, fez muita obras de caridades.

Em 1833, 173 anos após sua morte, é que foi fundada, as Conferência Vicentina, que conhecemos atualmente, por Antônio Frederico Ozanam, que a fundou.

São Vicente, morreu em 27 de setembro de 1660, com 79 anos, em Paris. Foi sepultado na capela da igreja de São Lázaro, em Paris. Foi beatificado em 13 de agosto de 1729. Foi canonizado em 16 de junho de 1737, pelo Papa Clemente XII.

Quando, 52 anos após sua morte, foi exumado o corpo de São Vicente, encontrava-se incorrupto, tinha sinais de deterioração no nariz e nos olhos. Na época dois médicos atestaram que isto não poderia ter ocorrido de forma natural. Vinte anos mais tarde, devido a canonização, ao voltarem a examina-lo, seu corpo já havia se deteriorado, devido as inundações, que ocorreram onde se encontrava seu corpo. O corpo de São Vicente exposto atualmente é um corpo de cera, reconstruído através de fotos antigas. Estão expostos à visitação na Capela de São Vicente de Paulo, em Paris.

São Vicente de Paulo, rogai por nós !