Os monarcas de Concórdia são um grupo poderoso e engajado. Sua influência nos assuntos da Concórdia é considerável, mas muitas vezes prejudicada pela nobreza de "segundo escalão" do reino. Estes nobres são um conjunto dinâmico, astuto e pomposo. Eles variam muito em seu comportamento, objetivos e métodos. Embora a lista abaixo consista predominantemente de nobres Seelie, alguns Unseelie tem ganhado destaque (ou, para ser mais preciso, notoriedade).
O Professor Edgewick é um estudioso e Reformista barbagris, respeitado entre os fae de diversos campos. Ele é o chanceler do Rei David e também foi conselheiro do Rei Dyfell. Assim sendo, ele conhece muitos dos segredos da alta nobreza, apesar de seu título relativamente baixo. Ele também é o tutor da herdeira do Grande Rei, a Princesa Lenore. Apesar de muitas vezes parecer ausente ou mesmo tolo, ele é um dos principais pensadores e diplomatas de Concórdia. Seu talento como "mediador honesto" traz benefícios a quase todos os fae, pois ele negocia os piores conflitos entre as facções mais diferentes. Ele é especialmente reverenciado pelos Kiths plebeus (apesar de seu relacionamento com Dyfell). Ele conquistou sua confiança e amizade e é especialmente bem respeitado pelos Trolls. Ele também é reconhecido por negociar em nome de David com a Corte Sombria. Apesar de sua popularidade, ele tem vários inimigos poderosos. Edgewick é uma figura de destaque no Parlamento dos Sonhos e muitas vezes frustra as manipulações da Lâmina de Beltane naquele local. O Duque Dray é conhecido por ficar particularmente incomodado em ter seus esquemas cuidadosamente traçados atrapalhados por um "mero" barão.
O General Lyros é um ex-general da 4ª Infantaria Plebeia de Trolls e o atual "líder da oposição" no Parlamento dos Sonhos. Lyros é um poderoso Troll de ascendência nobre e pai do Duque Topaz. Embora hoje ele seja um forte Tradicionalista, ele também é um inimigo político da Lâmina Beltaine e do Duque Dray. Estas qualidades, comparadas com sua reputação de "dizer as coisas como elas são", lhe renderam a adoração, algumas vezes beirando o fanatismo, de muitos plebeus, especialmente de seus companheiros Trolls. Antes do Ressurgimento, Lyros era um dos mais poderosos plebeus nobilitados. Como tal, ele é visto como uma espécie de símbolo por muitos plebeus que se ressentem do domínio dos Sidhe. No entanto, Lyros fez suas pazes com os Sidhe vitoriosos. Ele agora procura construir uma sociedade melhor para todos os Kithain, sob o governo do Rei David. Lyros passa a maior parte de seu tempo fora de Propriedades Livres, viajando pelo país. Assim, ele se encontra em idade bem avançada.
Muitos plebeus depositam suas maiores esperanças por igualdade neste jovem e promissor Pooka, Pwyffelt é um diabinho Estouvado. Muitos Sidhe o consideram vulgar, mas ele apenas ri e convida mais de seus amigos plebeus a bagunçar os nobres saraus deles. No entanto, ele tem o respeito de alguns Sidhe, por causa de sua habilidade de revidar e anular seus ataques verbais, um após o outro. Alguns o consideram como tendo muita aparência e pouco conteúdo. Esta impressão, embora compreensível, é incorreta. Pwyffelt é um Modernista comprometido, tanto no sentido cultural quanto político. Ele faz mais do que ninguém para promover os ideais modernistas no Parlamento dos Sonhos. Seu estilo e seus ideais muitas vezes o colocam em alguma confusão ou outra. Ele muitas vezes se exime destas situações através de seus truques Pooka, embora em mais de uma ocasião ele tenha sido forçado a participar de um duelo. Ele é um dos melhores atiradores, ao utilizar uma pistola (real ou quimérica), de Concórdia.
O Conde Vogon é um dos poucos nobres abertamente Unseelie a deter um cargo de poder entre a nobreza Seelie. Um poderoso feiticeiro Sidhe, Vogon é temido por muitos dos fae que vivem em seu ducado em Pacifica. Alguns acreditam que ele possa ser responsável pela decadência da Rainha Aeron e seus flertes com a Corte Sombria. Ele é uma figura freqüente na Propriedade Livre da Rainha. Vogon também é membro do Parlamento dos Sonhos e freqüentemente tenta jogar os plebeus contra os Sidhe. Ele também é suspeito de ter contatos inescrupulosos entre os Pródigos e até mesmo, como alguns sussurram, com os Fomorianos. Lady Sierra foi recentemente mantida como prisioneira em sua Propriedade Livre. Ela não foi libertada, apesar de vários pedidos da rainha Mab. Embora ela tenha escapado, ele é considerado culpado por muitos pelo subsequente desaparecimento dela.
Abertamente Unseelie e implacavelmente indisciplinada, a Condessa Anne, no entanto, possui o respeito de alguns dos maiores monarcas de Concórdia. Ela é uma conselheira próxima da Rainha Mab e uma das forças mais ativas por trás da Cama de Gatos. Ela é uma Sidhe Estouvada, nascida depois do Renascimento. Ela é conhecida por ter pouca paciência com os "velhotes", especialmente com Lady Sierra, que ela considera como sendo muito cautelosa e ponderada. A Condessa Anne é um foco permanente de energia construtiva (e destrutiva). Ela frequenta uma escola preparatória de prestígio na Nova Inglaterra (sua república é considerada como irrecuperável), ao mesmo tempo em que desempenha suas responsabilidades na Cama de Gatos. Embora Unseelie, ela considera a maior parte da Corte Sombria tão obscura e dissimulada quanto a Corte de Seelie. Ela também é conhecida por ter vários contatos entre os filhos de Lilith conhecidos como Malkavianos.
Para a maioria dos Kithain (plebeus e nobres), o Duque Dray é uma piada inofensiva; um vilão de quadrinhos que torce seu bigode e pragueja em vão enquanto mais um de seus esquemas é frustrado. Em resumo, ele é considerado motivo de chacota, apesar de seu poder político. O Duque Dray não aceitaria que isso fosse de outra forma. O Duque sempre se coloca como alvo, um antigo mestre dos truques políticos e de ocultar intrigas o tempo todo. Para cada pequeno contratempo, muito bem divulgado, sofrido nas mãos da Cama de Gatos, do Ramo Vermelho (ou daquela intrépida mixórdia dos personagens dos jogadores), os planos de Dray avançam dois passos. Dray é considerado por todos um Unseelie, talvez um membro da Corte Sombria. Esta percepção é um dos maiores erros da política de Concórdia. O Duque é fanaticamente Seelie, tanto que ele tem pouco em comum com qualquer outro fae Seelie.
Dray é um dos "Arautos da Primavera" (ver Changeling: O Sonhar). Ele procura acelerar o Inverno que se aproxima através da imposição desequilibrada do poder Seelie sobre todos os fae. Neste sentido, sua participação na fundação e filiação na Lâmina de Beltane são apenas pequenas diversões. O sangue dos Grandes Reis corre nas veias de Dray (ele era primo do Rei Dyfell) e ele é velho, mesmo para os padrões dos Sidhe. Além de seu domínio político, Dray é um feiticeiro muitíssimo poderoso. Ele domina Artes perdidas até mesmo para o maior dos estudiosos feéricos. Ele é particularmente competente nas Artes da Soberania, Cronos e Ofício Onírico. Ele possui uma Propriedade Livre no Sonhar Distante. Para Dray, qualquer meio justifica seus fins. Ele, portanto, tem aliados de muitas facções, incluindo fae Unseelie. Um de seus mais recentes e poderosos aliados é Lady Alexandria, uma poderosa feiticeira independente, e uma das assassinas de Lorde Dyfell. (Veja a Cidade dos Goblins em Propriedades Livres e Clareiras Ocultas). Dray adora compartilhar sua astúcia com o líder dos Ranters, Ravachol.
Ravachol é, na melhor das hipóteses, uma figura sombria. Muitos acreditam que ele é um ex-nobre Sidhe, talvez da Casa Dougal. Ninguém sabe ao certo. Ele é um revolucionário ardente e violento que despreza o governo Sidhe em todas as suas formas. Os Ranters desprezam as facções mais moderadas entre os Sidhe tanto quanto odeiam os Tradicionalistas. Muitos nobres sentem que não existe realmente um Ravachol, que ele é uma figura fictícia semelhante ao General Ludd (o líder fictício dos Luditas). Ele é muitas vezes retratado como um gato preto trapaceiro, no folclore dos plebeus que o apoiam. Os Ranters não são revolucionários vacilantes e teóricos. Eles realmente botam a mão na massa. Apesar de ocasionalmente só acusarem a nobreza Sidhe, os Ranters muitas vezes vão além das palavras. Os Ranters são responsáveis por inúmeras atrocidades, embora nunca prejudiquem os plebeus, Ravachol é acusado de mais de 40 ações terroristas, incluindo sequestro e assassinato. Entretanto, as autoridades ainda não o pegaram e, a cada pequena fuga, sua popularidade aumenta entre os Kithain insatisfeitos de Concórdia. Muitos acreditam que, apesar de suas atividades violentas, Ravachol segue um forte código de honra interno.
O Duque Guile é às vezes chamado de "Feiticeiro Escarlate". Ele é o oposto completo dos barbagrises eruditos que a maioria associa com o Círculo de Cristal. Ele é dramático, extravagante e um mestre de Chicana e Ofício Onírico. Ele tem a tendência de aparecer nos momentos e lugares mais inesperados. Ele freqüentemente desaparece por longos períodos de tempo no Sonhar e retorna com contos e itens maravilhosos. Para aqueles que só o conhecem de vista, ele parece estar sempre trocando entre as duas cortes. Na verdade, ele caminha sobre uma linha tênue entre as duas, nunca indo completamente para nenhum dos dois lados. A maior força e também a maior fraqueza de Guile é que ele é um romântico irremediável. Seus romances são ecléticos, para assim dizer. Ele experimenta bastante em suas escolhas românticas, cortejando primeiro uma Duquesa Sidhe e depois seu jovem cavalariço Sátiro. A maioria o considera um Cirenaico, mas ele é realmente um romântico da Ordem de Shallot. Guile sabe mais sobre o Sonhar do que a maioria de seus compatriotas do Círculo de Cristal, mas ele raramente responde completamente às perguntas sobre o lugar.
Muitos fae, gallain, humanos e outros têm boas razões para agradecer a este cavaleiro de rua valente e mendicante. O Conde Chronos já foi um dos maiores cavaleiros do Ramo Vermelho, até sua expulsão forçada. Ninguém além do Ramo Vermelho conhece as circunstâncias de sua expulsão, mas não há um único cavaleiro do Ramo Vermelho que fale mal dele. Agora ele perambula pelo mundo, corrigindo injustiças, ajudando os necessitados e lutando por um mundo melhor para todos. Embora essencialmente um solitário, Chronos tem aliados espontâneos em toda Concórdia e além dela. Estes apoiadores são fae de todos os Kiths e campos, assim como muitos humanos, embora poucos suspeitem de sua natureza feérica. Há rumores de que ele possua uma amante mortal. Embora ele possa surgir em qualquer lugar, ele revela uma propensão especial para proteger os desabrigados. Ele é fiel confidente e parceiro ocasional de viagens de Lady Sierra. O Conde Chronos é um dos melhores espadachins de Concórdia. Ele também é um mestre das artes das Andanças e Cronos (é claro). O Conde Chronos se apresenta como um Sidhe Estouvado alto e imponente, já quase um Rezingão. Ele tem longos cabelos ruivos, começando a ficar brancos, e geralmente usa um casaco longo e sujo.
Um rio não poderia lavar todo o sangue das mãos de Alexandria. O seu desejo por assassinatos fez com que ela afogasse sua irmãzinha quando tinha quatro anos de idade. Os seus pais foram levados para uma emboscada no lado de fora da Propriedade de lorde Dafyll. Só ela sobreviveu (por que estava “se escondendo”). Ela foi adotada por lorde Dyfell. Depois da morte prematura de Dafyll, seus crimes foram se tornando mais espaçados para evitar suspeitas. Ela tem o carinho e é amada pelos plebeus, que decidiram perdoar e esquecer que ela era a filha do odiado Lorde Dafyll. Seu companheiro de infância, o Redcap Rat Breath, é ao mesmo tempo seu guarda-costas e seu amante mais leal. Apesar de tudo até agora ter acontecido de acordo com os seus planos, é possível que algum dia ela acabe por se dar mal. Ela despreza em segredo à Lady Sierra, que tem sido como uma mãe para ela. Ela também é uma feiticeira extremamente poderosa.
Lady Alexandria tem a pele como mogno polido, olhos como bronze na luz do fogo e as formas de uma deusa. Tem cabelos negros longos e lisos e se veste com sedas ornamentadas nas cores vermelho e ouro. Ela não anda; ela flutua. Na corte, carrega um bastão de madeira avermelhada com uma serpente esculpida enrolada à sua volta. Em todos os aspectos ela irradia a beleza, a força e a dignidade dos Sidhe. É pena que ela seja uma delinquente. (Para saber mais sobre Lady Alexandria, veja a Cidade dos Goblins em Propriedades Livres e Clareiras Ocultas).
Lady Sierra é uma guerreira Sidhe da Casa Gwydion e uma figura muito respeitada em Tara-Nar. A ajuda e o conselho de Lady Sierra são procurados por todos os monarcas Seelie de Concórdia, e ela é ouvida até pelo Grande Rei. Ela é também uma das mais antigas fadas conhecidas em Concórdia. Diz-se que ela se lembra de coisas da Idade das Lendas, embora ela não confirme nem negue isso. Embora suas atitudes sejam o tempo todo Seelie (uma Seelie-de-Verdade, segundo a condessa Anne), ela é conhecida por tolerar aqueles que não o são. Tal como o conde Chronos, Lady Sierra é uma protetora incansável dos inocentes e tem uma elevada reputação entre os plebeus de Concórdia. Embora poderosa, com força e sabedoria reunidas ao longo dos séculos, o seu poder parece estar em declínio. Aqueles que reparam neste fato lamentam isso mais do que lamentariam a morte de qualquer Rei. O seu lento declínio é visto por alguns como uma metáfora do poder decrescente do Sonhar: um prenúncio do início do Inverno.
Sua vida desde o Ressurgimento tem sido marcada pela tragédia. Ela foi por muito tempo uma parceira jurada e amante de Lorde Dafyll. Quando ele morreu, uma chama pareceu desaparecer dentro dela. Muito do seu amor desde então se concentrou na sua filha adotiva, Lady Alexandria. É uma ironia cruel, desconhecida por todos, que Lady Alexandria tenha sido a força por detrás do assassinato de Dyfell. Lady Sierra é, talvez, a principal força por detrás da Cama de Gatos. Ela realiza regularmente muitas tarefas árduas em nome da unidade dos Kithain e é conhecida por ter muitos contatos entre os plebeus e os Pródigos. O seu recente desaparecimento causou grande consternação entre os monarcas de Concórdia, sobretudo porque aqueles que se encontram nos centros mais altos do poder descobriram provas do envolvimento dos Fomorianos neste episódio.
O Conde Flavius não é muito respeitado pelos seus companheiros nobres, mas no mundo mortal ele é considerado uma espécie de deus. Belo ao extremo, ele faz um sucesso tremendo no mercado de romances de banca. Os seus traços glamorosos agraciam as capas de centenas de livros, envoltos por flores e imagens sedutoras. Suas fãs são na grande maioria donas de casa aborrecidas. Ele até já tentou escrever algo deste tipo, mas infelizmente não possui talento algum para a escrita. Muitos Sidhe admitem (embora com relutância) que ele é uma pessoa decente, apenas cansativa. Ele é extremamente Seelie, mas alguns rumores dizem que é porque o seu lado Unseelie foi arrancado em algum tipo de acidente quimérico. Rumores falam sobre ele possuir um “Gêmeo-Maligno”, algo relacionado com um espelho mágico.
Quando o Duque Asterlan desapareceu em 1976, isso causou grande tristeza entre as fadas. Embora alguns dos seus feitos mais citados contenham certo exagero, ele era um homem de grande valor. Um pequeno culto dedicado à sua memória se espalha hoje por toda Concórdia, formado principalmente por Estouvados (nobres e plebeus), estas fadas se esforçam para honrar a memória do Duque, tentando imitar seus feitos heróicos. Alguns descrentes desprezam este movimento e até insinuam que Asterlan não era um herói, mas sim um déspota. Eles apontam as inconsistências lógicas e históricas nos relatos de suas façanhas. A história de sua busca por Arcádia é o principal alvo de suas zombarias. Mas poucos Kithain se deixam levar por este negativismo histórico. A lenda de Asterlan continua a crescer.
Alguns consideram Asterlan como o “Elvis Presley dos Kithain”, por causa dos muitos episódios envolvendo ele e sua comitiva, nos últimos anos. Embora a maioria acredite que Asterlan morreu enquanto buscava Arcádia, os relatos de pessoas que dizem tê-lo avistado só aumentam. Normalmente estas testemunhas falam de serem salvas de perigos por um grupo de Kithain fantasmagóricos, envoltos por uma névoa cinzenta acompanhada de um vento uivante. Um fato comum em todos estes relatos descreve como a Banalidade diminui miraculosamente na presença desta tropa. Estas histórias estão se popularizando entre os tolos e supersticiosos. Os Kithain mais sofisticados, é claro, preferem ignorá-las.