O dialeto dos Nocker é uma mistura estranha de gírias do Bowery dos anos 40, das línguas iídiche, inglesa e irlandesa medieval, termos das forças armadas, jargão técnico e pragas incompreensíveis. Quando os Nockers começam a falar, eles são quase incompreensíveis. Às vezes, suas conversas acabam tomando o rumo daquelas típicas conversas de adolescentes dentro de vestiários, repletas de escatologia e conotação sexual. Na verdade, esta propensão para este humor raso é uma das coisas que os Nockers parecem ter em comum com Redcaps e os Pooka.
Entretanto as primeiras impressões sobre o linguajar dos Nocker podem ser bem enganosas. Escondidas debaixo da verborragia complexa e pungente do Kith estão discussões apaixonadas sobre alquimia, invenções e ofícios. Infelizmente, as palavras Nockers são tão duras que até as agradáveis têm um som agressivo ou timbre inóspito. Um Nocker consegue entender que outro não está falando nada demais quando ele o chama de “gebentsht balmalocha”, mas outros Kithain raramente se preocupam em aprender o verdadeiro significado de tais afirmações. Os Nockers soam como se estivessem praguejando o tempo todo, mesmo quando não estão.
Alter Kocker: Velho Peidorreiro. Um velho mal-humorado, exigente e inútil.
Badchen: Comediante. Um comediante profissional, um bobo da corte; um termo meio respeitoso para se referir aos Pooka.
Balmalocha: Especialista. Artesão, especialista; o maior elogio entre os Nockers.
Batlan: Vagabundo. Uma pessoa que não faz nada, um imprestável; um termo depreciativo frequentemente reservado para os Pooka, Exus e Sátiros.
Bes Din: Casa do Julgamento. Uma mistura de tribunal da corte e escritório de patentes; a autoridade Nocker mais importante.
Bogey: O traseiro. Sinônimos incluem: amassador de sofá, ancas, ás de copas, bagageiro, banda, bilha, bumbum, bunda, buzanfã, cadeiras, cagador, cagueiro, cu, glúteos, monstra, nádegas, garupa, pacote, padaria, países-baixos, peida, peidola, polpas, popa, popô, popozão, porta-malas, poupança, raba, rabão, rabicó, rabo, rego, retaguarda, traseiro e mais outros 200 termos.
Bubkes: Absolutamente nada, merda nenhuma. Uma forma desdenhosa de descrever algo tolo ou despropositado.
Cacafuego: Literalmente “cagar fogo”, uma pessoa muito difícil ou diabólica. Além disso, as fortes e cólicas e/ou diarreia que atingem um Redcap se ele comer um Nocker.
Cuck: Excremento. Também: barro, berdamerda, bolo fecal, borradela, bosta, caca, cagada, cagalhão, churros, cocô, cultivo, cunca, curuzu, dejeto, estrabo, esterco, estrume, excremento, fezes, marmota, menino, merda, obra, rabo-de-macaco, sorete, sujeira, sujidade, trampa, titica, torête, torôncio, toroço, troço, vidro-mole e mais de outros 100 termos.
Dayan: Juiz. Juiz do Bes Din.
Dreck: Traduzido literalmente como “merda de ovelha”; lixo, sucata; um insulto sério para a arte de um Nocker.
Falha Técnica: Um negócio ou projeto de risco, ou um problema inesperado. Imperfeições são FUBARs ou fogos fátuos “Unseelie”, e geralmente são responsáveis pelas falhas presentes em todas as invenções dos Nockers.
Farbissen: Amargurado, atormentado, maldoso. Quando os Nockers descrevem alguém usando este termo, realmente é uma má notícia.
Farblunjet: Confuso, misturado ou complicado.
Figgerfurbingurbinburbinburbibmurbinmitzermurbin! A palavra amaldiçoada que até mesmo os Nockers têm dificuldade em dizer. Reza a lenda que a cabeça de um duque derreteu quando ele a ouviu.
FUBAR: Um acrônimo para “Fucked Up Beyond All Recognition” algo que pode ser entendido como Fodeu Tudo; um erro muito ruim. Além disso, um fogo fátuo (uma quimera de fogo ou elétrica) usada para alimentar as invenções quiméricas dos Nockers. Veja também Falha Técnica.
Furk: Literalmente, copular; também pode significar enganar ou trapacear.
Gebentsht: Abençoado com dons excepcionais, um grande elogio.
Gematria: O uso de letras como números. Originalmente considerada numerologia cabalística, hoje é usada como uma linguagem matemática fundamental para o ofício dos Nockers.
Goblins: A raça Thallain relativa aos Nockers.
Golem: Um robô quimérico ou criação animada.
Gridzheh: Reclamar, chiar, resmungar.
Gurk: Uma emissão audível de gás intestinal. Também: bafio, bodum, bomba, borra-cuecas, bufa, catinga, cheiroso, espirro, estoura-tripas, fanfarra, farpa, fartum, fedentina, fedor, flato, fute, gases, peido, pum, traque, ventosa e aproximadamente outras 350 outras palavras.
Heebie-Jeebies: Arrepios-e-Calafrios. Algo medonho, que mexe com os nervos. Sluaghs.
Kibble: Ração de animais. “Coisas” acumuladas ao longo da vida de um Nocker.
K'Nocker: Grande arrogante. Um termo de respeito quando aplicado para outro Nocker.
Krechtz: Reclamar ou lamentar.
Mazuma: Dinheiro, Lia; o pagamento justo pelo trabalho duro.
Mishegoss: Insanidade, loucura. Especialmente a insanidade resultante do Desvario.
Momzer: Bastardo, tanto no sentido literal quanto no sentido figurado.
Mônada: O conceito de uma partícula fundamental de Glamour, similar aos quarks da física humana.
Naar: Tolo, bufão; um termo depreciativo para os Pooka.
Newton: Um plagiador ou ladrão de ideias, aplica-se a qualquer cientista banal. Termo em homenagem a Isaac Newton.
Nice-Nellies: Nada-Gentis: Hipócritas que acreditam que os Nockers só sabem esbravejar. (Quase todos os outros Kithain).
Ongepotchket: Juntado de qualquer jeito; algo construído sem qualquer senso de estética ou planejamento. Além disso, uma forma desdenhosa de descrever o trabalho dos Boggans. É um insulto supremo chamar o trabalho de outro Nocker de ongepotchket.
Pisher: Mijão.Alguém jovem, inexperiente e muitas vezes inconsequente; que ainda mija na cama. Considerado um termo afetivo quando aplicado a jovens Nockers, um insulto quando usado em relação a Boggans.
Sabor: Os diferentes tipos de mônadas (ver Capítulo Dois). Os sabores incluem: superior, inferior, estranho, fatídico, encanto, ana e kata.
Schlock: Tralha, quinquilharia. Um artigo de má qualidade e barato (o melhor que o trabalho de Boggan pode ser); apenas um passo acima do ongepotchket.
Shtunk: Um fedido, uma pessoa desagradável; qualquer Redcap.
Tsatske: Um brinquedo quimérico, uma bugiganga. Um tesouro útil de alguma forma, e muitas vezes uma arma.