A concessão de títulos e a aquisição de posições sociais constituem o âmago da sociedade feudal das fadas. Do Rei ao escudeiro, cada posto tem os próprios direitos, responsabilidades e tesouros que simbolizam seu poder.
Entre as fadas, a ressonância do Sonhar cria uma relação íntima entre o monarca e a terra. De várias maneiras, o Rei é a terra. As ações tomadas pelo monarca, por mais inconsequentes que possam parecer, afetam seu domínio. Geralmente, o reino reflete a personalidade de seu soberano. Se o Rei se torna meditabundo ou é acometido pelo desespero, a escuridão e a frialdade tornam-se manifestações físicas em seu reino. Se a Rainha está muito deprimida por causa de um amor não correspondido, seu país pode ter chuvas constantes e enchentes. A indiferença de um velho Rei traz uma friagem enregelante para seu reino, enquanto a paixão indomável de uma jovem Rainha leva o caos e a violência a todo o seu domínio. Em tempos de guerra, o Rei ou a Rainha passa a ser o comandante supremo de todos os exércitos do reino.
A forma de tratamento para Reis e Rainhas é "Vossa Majestade” ou, ocasionalmente, “Vossa Alteza Real” (este é mais comum ao se dirigir a um Príncipe ou a uma Princesa).
Os Tesouros Reais: Os Reis e as Rainhas possuem coroas que lhes permitem saber a localização de todos os pendões do reino (os indicadores de seu território); cetros que lhes permitem extrair Glamour de qualquer Lumeeira do reino; selos capazes de revogar ordens com o sinete de qualquer Duque e uma arma que é considerada a extensão da vontade real.
São os nobres de posição mais elevada depois do Rei ou da Rainha. Eles têm o direito de posse sobre, um grande número de Propriedades Livres (governadas em seu nome por senhores menores). Seus domínios geralmente abrangem cidades inteiras ou grandes áreas rurais. Eles podem ter até cinco Condes e Barões como vassalos. Alguns servem a seu Rei ou a sua Rainha como diplomatas e percorrem a sociedade dos Kithain em missões importantes e delicadas. Em tempos de guerra, os Duques e as Duquesas são os generais e marechais das forças do monarca e os comandantes-em-chefe de exércitos específicos.
A forma de tratamento para Duques e Duquesas é “Vossa Alteza”.
Os Tesouros Ducais: Os Duques e as Duquesas possuem sinetes que lhes permitem assinar tratados, lotear terras, fazer proclamações e emitir mandados. Esses contratos só têm validade legal dentro dos feudos ducais. Além disso, os duques e as duquesas possuem pendões que lhes permitem instituir Propriedades Livres como seus feudos pessoais, suplantando a reivindicação de qualquer Conde. Eles também possuem pedras de lareira que lhes permitem extrair Glamour de qualquer Lumeeira em seu feudo. Por último, eles portam armas que simbolizam seu direito de comandar os exércitos reais.
Estes nobres se encontram logo abaixo dos Duques e das Duquesas, mas são considerados poderosos senhores mesmo assim. Suas terras são conhecidas como condados e ocupam porções significativas de uma cidade ou áreas rurais menores. Os Condes e as Condessas têm a fidelidade de um ou dois Barões e alguns cavaleiros poderosos. Por ocuparem uma posição intermediária na nobreza, sua reputação costuma ser a de maquinadores e conspiradores, sempre invejosos daqueles que estão acima e prontos para manipular aqueles que estão abaixo. Os Reis e as Rainhas geralmente vigiam de perto seus Condes e Condessas. Em tempos de guerra, esses nobres são subcomandantes, organizadores dos regimentos e coordenadores das atividades de retaguarda e apoio. Eles não costumam ir ao campo de batalha, a não ser que sejam guerreiros renomados,
A forma de tratamento para Condes e Condessas é "Vossa Excelência".
Os Tesouros Condais: Os Condes e as Condessas possuem pendões usados para identificar seus condados. Seu domínio é suplantado apenas por Duques e Reis. Os Condes também possuem lareiras poderosas e têm o direito de exigir dízimos em Lia de seus vassalos para ajudar a alimentar essas Lumeeiras. Cada Conde ou Condessa porta uma arma usada a serviço de seus superiores.
Os Barões e as Baronesas geralmente têm o direito de posse de uma única Propriedade Livre. Muitos Barões se ressentem de seus senhores, consideram gananciosos os Condes imediatamente acima deles e cobiçam o poder e as terras de seus suseranos. Os Barões e as Baronesas se apegam obstinadamente ao poder. Por se acharem mais próximos de seus seguidores que a maioria dos outros nobres de posição – mais elevada, eles geralmente desfrutam do apoio de seus vassalos. Os baronatos costumam abranger três ou quatro cavaleiros que devem lealdade diretamente a seu senhor. Alguns Barões também abrigam vários cavaleiros andantes que não devem lealdade a ninguém.
As formas de tratamento para os Barões e as Baronesas são respectivamente “milorde” e “milady".
Os Tesouros Baroniais: Os Barões e as Baronesas têm somente as próprias lareiras e armas cavalheirescas. Eles têm o direito de colher Glamour em seus feudos, podendo exigir pequenos dízimos em Lia de seus cavaleiros.
“Cavaleiro” é tanto um título quanto uma condição honrada. Os cavaleiros são a espinha dorsal da sociedade feudal e servem a seus senhores como guerreiros e mensageiros. Às vezes, os cavaleiros também recebem um pequeno feudo diretamente das mãos de seu Barão. Os nobres geralmente recebem o título de cavaleiros ao serem proclamados membros da nobreza. Os cavaleiros sem posses constituem a classe mais baixa da nobreza.
A forma de tratamento para os cavaleiros é “Sir” ou “milady” (apesar de algumas mulheres da classe preferirem o título “Dama”).
Os Tesouros Cavalheirescos: A arma de um cavaleiro é o símbolo de sua honra, uma extensão de sua vontade e sua proteção. Diz a lenda que a espada de um cavaleiro jamais se quebrará enquanto ele for fiel a seu senhor.
Os escudeiros não pertencem exatamente à nobreza, mas servem pessoalmente aos nobres (geralmente aos cavaleiros). A maioria está em treinamento para se tornar cavaleiro e, desse modo, entrar para a nobreza. Apesar de alguns escudeiros ganharem fama lutando ao lado de seus mestres, eles geralmente não entram em combate e só dão apoio a seus cavaleiros, recuperando ou substituindo armas perdidas e "recolhendo" quimeras desobedientes.
Os escudeiros não têm tesouros propriamente ditos, mas recebem um pequeno auxílio em lia de seus mestres.
Os escudeiros não têm nenhuma forma de tratamento especial.