Ao contar histórias que envolvem o Glamour, tenha em mente que se trata de uma fonte de energia única: ela tem vontade própria. Todas as diretrizes detalhadas neste capítulo devem ser completamente ignoradas toda vez que interferirem com o andamento da história. O Glamour deve ser sempre misterioso, imprevisível e estimulante. Se os jogadores considerarem o Glamour como simples pontos nas fichas de seus personagens, você não estará fazendo seu trabalho. O Glamour não tem a ver com pontos, e sim com a imaginação.
Uma maneira de transmitir a noção de que o Glamour não se trata de uma simples regra de jogo é a descrição. Ao descrever o Glamour, recorra a todos os cinco sentidos: ele é cálido, quente, frio, macio, sedoso ou áspero. Tem cheiro de pétalas de rosa, almíscar, óleo de patchuli, trevo-de-cheiro ou brisa noturna. Tem sabor de mel ou vinho. Parece um arco-íris aprisionado numa camiseta psicodélica. Move-se como a água, como o vento morno da savana. E a aurora boreal, o fogo-de-santelmo ou o brilho nos olhos do ser amado,
Você também pode falar do Glamour em termos estritamente alegóricos: “Você é tomado pela sensação de se apaixonar pela primeira vez.” “É tão brilhante quanto a esperança e tão concreto quanto o desejo.” “Você se sente tão viçoso quanto um devaneio e tão inocente quanto um bocejo, mas ainda tão mundano quanto a inveja."
O mais importante é que o Glamour nunca fica parado muito tempo. Está sempre se revolvendo, movendo e fluindo. E infeccioso, bravio e incognoscível. Nunca será controlado nem contido. Na verdade, o fato de os changelings conseguirem modelá-lo é uma prova de que possuem espíritos de fada.