Uma das alianças mais célebres da história da Ilha dos Poderosos entre magos e fadas ocorreu em Glastonbury. Embora tenha ocorrido há muitos séculos, os bardos ainda contam a história da batalha entre a feiticeira morta-viva Meerlinda e as legiões de fadas e magos que lutaram para proteger a terra que amavam.
Meerlinda era um dos membros do Círculo Interno que seguiu os Tremere até a morte, e a primeira escolhida para "supervisionar" as Ilhas Britânicas em nome de seu clã. Suas primeiras investidas no sudeste e em Londinium foram facilmente repelidas pelos Ventrue, que já haviam se estabelecido lá como os únicos governantes da região. Pressionada pelos Tremere e pelo Círculo Interno para estabelecer pelo menos uma área de poder, ela encontrou informações sobre a cidade de Glastonbury no País Ocidental. Situava-se a uma boa distância de qualquer cidade governada pelos Ventrue, e não era longe de uma baía na costa oeste da Ilha que poderia fornecer transporte rápido do continente. No entanto, ainda mais atraentes eram as lendas que falavam dos laços entre esta região e o sangue mágico. As crônicas falavam de pedras que se alimentavam de sangue, de um antigo cálice cheio do sangue de antigos feiticeiros e de uma fonte de sangue que corria no local onde o Santo Graal foi supostamente enterrado. Outros rumores falavam de dragões adormecidos, rios de Quintessência correndo sob a superfície da terra e coisas tão fantásticas que Meerlinda duvidou de sua veracidade. Mas, certamente, mesmo que a maioria dessas histórias tenham sido invenções de contadores de histórias e charlatões, deveria haver alguma verdade nelas. Tantas lendas centradas em um único lugar valiam pelo menos dar uma olhada.
Depois de investigar o local acompanhado por uma pequena patrulha de escolta. Meerlinda decidiu que havia encontrado o local ideal para sua nova base de operações. Ela voltou a Viena para preparar o exército invasor, certa de que uma nova Capela garantiria uma boa posição na hierarquia do clã.
Seus movimentos foram observados por um Sluagh que vivia nos pântanos fora de Glastonbury e que rapidamente informou a Megan, guardiã da Mansão da Noiva, de que algo estava acontecendo. Naquela mesma noite, um dos noviços da abadia teve uma visão. Alguns relacionam essa visão à uma das aparições acorrentadas à área, enquanto outros acreditam que foi uma revelação divina alertando sobre o que estava para acontecer. Uma mulher com presas de fera, banhada em sangue, estendia sua capa sobre a abadia. O noviço pensou que a visão havia sido enviada a ele para testar sua fé. Ele devidamente informou ao abade, que por sua vez consultou vários dos monges que tinham poderes precognitivos, eles chegaram à mesma conclusão que Megan e seus aliados feéricos: um exército morto-vivo estava prestes a atacar Glastonbury.
Os dois grupos juntaram forças, mas todos temiam que não fosse o bastante para organizar uma boa defesa. Quando a primeira onda de ataque de Meerlinda começou, eles tiveram a certeza de que tinham razão. Bestas deformadas feitas de pedra foram vistas nas florestas ao redor da cidade e logo aterrorizaram seus habitantes. Nenhuma arma parecia ter muito efeito sobre as feras, e os defensores de Glastonbury temiam que o fim estivesse próximo. Megan enviou mensageiros em corcéis feéricos para todas as clareiras e palácios próximos, enquanto os moradores da abadia familiarizados com as artes sobrenaturais, mesmo relutantes, contataram um círculo próximo de bruxas. Mesmo os espíritos da terra e os mortos que ainda estavam ligados a ela se aliaram às forças de defesa. Depois de três noites, dois exércitos montados às pressas aguardavam o próximo ataque das gárgulas de Meerlinda... mas naquela noite nada aconteceu. Meerlinda havia sido informada de que a cidade estava tentando organizar suas defesas, ela sabia que estas se desintegrariam em menos de duas semanas caso nenhum inimigo aparecesse. A feiticeira morta-viva poderia ser muito paciente, então ela decidiu esperar com suas tropas em uma caverna nos arredores de Wells até que os defensores se dispersassem.
Como ela havia previsto, tanto as fadas quanto os feiticeiros e monges começaram a ficar irritados. Muitos deles haviam viajado para Glastonbury de muito longe, mas a suposta ameaça não havia aparecido. Em pouco tempo, as forças reunidas ali se dispersaram.
Desesperada, uma das bruxas da região (uma futura Verbena) pediu aos líderes de ambos os grupos que se reunissem e formassem um exército comum. Depois de hesitar um pouco, representantes da abadia e das fadas se reuniram no topo do Tor ao pôr do sol e decidiram unir forças para tentar expulsar a feiticeira e seus asseclas. Juntos, os dois grupos traçaram seu plano de ataque ao longo da noite e, pouco antes do amanhecer, atacaram o acampamento de Meerlinda. Embora os mortos-vivos tentassem escapar se afundando no chão, muitos foram parados e começaram a queimar no momento em que o primeiro raio de sol iluminou a caverna.
Meerlinda escapou, mas suas esperanças de conquistar Glastonbury foram frustradas para sempre. Por vários séculos, a feiticeira morta-viva continuou a tentar estabelecer uma base permanente de operações na Grã-Bretanha, com resultados mistos entre fracassos e conquistas. Eventualmente, seu clã a colocou no comando do Novo Mundo, onde ela se saiu um pouco melhor. Embora, depois de passado o perigo, a aliança entre magos e fadas nunca tenha sido tão forte novamente, as relações entre os dois continuaram a ser cordiais no País Ocidental até hoje.