Além dos Kiths do C20 Guia do Jogador, e dos Kiths africanos, há uma série de outros Kiths na América do Sul, sejam eles Kithain, Gallain ou Duendes.
Entre aqueles originários do México ou da América Central estão as Calacas, os Centzon Totochtin, os Ciclopes da Costa de Miskito, os Duendes e os Quinametzin. Os Kiths nativos da Bellatierra incluem os Muquis e os Pomberos.
Além desses, ao longo da costa do Chile, uma mistura de mitos nativos e espanhóis se combinam na mitologia Chilota, que inclui sereias com belos cabelos loiros. As fêmeas têm escamas douradas, e são conhecidas como Sereias Chilotas ou Pincoyas, enquanto os machos tem o corpo de um leão marinho dourado, e são conhecidos como Pincoys. Em termos de regras eles são tratados como o kith Morganed.
Lembrando goblins existem Thallain nas ilhas conhecidos como Traucos e Fiuras, e as terríveis Imbunche, quimeras deformadas que servem aos misteriosos Brujos Chilote, um grupo de feiticeiros de Chiloé. Os machos entre os Traucos e as fêmeas entre as Fiuras são temidas por seus poderes de confundir e seduzir os mortais (e fadas) com seu hálito mágico e podem causar ferimentos apenas com o olhar. Por sorte, eles raramente são encontrados fora desta parte do mundo.
O Brasil possui lendas sobre a Iara, também conhecida como Uiara, Yara ou Mãe d’Água, figura mitológica dos povos tupis e guaranis. Seu nome significa senhora dos lagos ou rainha da água. Ela se parece com uma ninfa d’água ou sereia, dependendo do contexto das histórias contadas sobre ela.
Nas lendas a Iara é uma bela jovem, às vezes descrita como tendo cabelos verdes, pele castanha clara ou cor de cobre (como a de um índio, ou de um caboclo) e olhos castanhos que geralmente era encontrada sentada numa rocha à beira do rio penteando os cabelos ou descansando sob o sol. Quando a Iara sente a presença de um homem por perto ela começa a cantar gentilmente para atraí-lo. Uma vez sob o feitiço da Iara, o homem deixa tudo para viver com ela para sempre sob as águas, o que não é uma coisa ruim, afinal ela é linda e atenderá a todas as necessidades de seu amante pelo resto de sua vida. Diz-se que a Iara foi em tempos remotos um tritão de rio muito mais agressivo e monstruoso, conhecido como Ipupiara. A Iara pode ser comparada a muitas fadas sirênicas encontradas na América Latina, particularmente na América do Sul. Na prática, elas usam os mesmos Direitos Inatos e Fraquezas dos Morganed, só que elas são de água doce.
Outro Kith específico da Bellatierra são os Iwarrika: o povo macaco astuto e trapaceiro das lendas dos kalina, akawaio, macushi, patamona, pemon e outros povos da Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e extremo norte do Brasil. Tendo se espalhado por toda a Bellatierra, eles não são conhecidos fora dela, com exceção do sul do México e norte da América Central, onde se infiltraram na cultura feérica mesoamericana assumindo o nome de ozomatli. Fora destas regiões, eles são frequentemente confundidos com os Pooka.
Os fae trapaceiros ou guardiões das florestas com pés e pernas incomuns são comuns em grande parte das Américas. As Ciguapas, Curupiras e muitos outros Kiths deste tipo podem ser encontrados por toda a América Latina. Ambos são bem conhecidos em toda a América do Sul, embora os Curupiras estejam se popularizando também fora da região muitos de seus primos de outros Kiths tem reconhecimento apenas local.
Temidos entre os fae da Bellatierra estão os Kanaimas. Nascidos das lendas dos kalina, akawaio, macushi, patamona, pemon e outros povos do extremo norte da América do Sul, eles são espíritos malignos que possuem pessoas e as transformam em animais mortais e/ou as conduzem a ataques de fúria assassina. Através do uso de certas drogas ou participando de ritos específicos conduzidos por xamãs sombrios algumas pessoas, tais como assassinos ou nativos em busca de vingança por um parente assassinado, às vezes se oferecem para que os espíritos kanaima possam possuí-los. Na verdade, estes espíritos são Obscuros, uma variante da Adhene Fuath que existem somente na Bellatierra.
No Chile e Argentina os feiticeiros mais poderosos da cultura Mapuche, tanto Kithain quanto humanos, são chamados de kalkus. Eles têm domínio sobre os wefuke (“espíritos” ou “criaturas más”) como os nguruvilu (serpente raposa) e os chonchon (uma espécie de pássaro em forma de uma cabeça humana com penas, garras e grandes orelhas que funcionam como asas) e outras criaturas que podem ser variantes de espíritos, quimeras ou outras coisas estranhas. Uma versão distorcida e sombria destes feiticeiros seriam os Thallain Andarilhos-da-Pele que não apenas controlam estas criaturas, mas também se transformam nelas. Eles às vezes respondem aos chamados de kalkus humanos e Kithain enquanto põem em prática seus planos sombrios.
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Autor: Wind