Os nobres têm muitos subordinados, chamados criados, que cuidam de suas necessidades e prestam serviços importantes. Os criados são semelhantes aos vassalos, mas não fazem parte da hierarquia dos nobres. Muitos, de fato, são plebeus que dedicam sua lealdade e seus serviços a um senhor em troca de uma posição confortável na corte. Os criados geralmente recebem algum tipo de pagamento, seja na forma de pequenos tesouros ou promessas e favores. Alguns plebeus fazem todo o possível para obter posições como criados a fim de colher os benefícios da associação com a nobreza. Muitas mixórdias menosprezam esses “vendidos”, pois acham que eles sacrificaram sua liberdade pessoal em troca de ganhos duvidosos.
Os arautos servem de mensageiros, diplomatas e estafetas para seus senhores. Isso lhes confere um certo grau de imunidade diplomática ao interagirem com as cortes de outros nobres, conquanto demonstrem o devido respeito a seus superiores. Os arautos costumam servir de espiões, já que seus deveres lhes permitem transitar livremente em vários círculos sem levantar muitas suspeitas. Os arautos costumam possuir tesouros presenteados por seus senhores que lhes permitem viajar rapidamente de um lugar a outro. Eles são responsáveis por recrutar os soldados plebeus quando os feudos são ameaçados.
Estes hábeis feiticeiros são os conselheiros de seus senhores. Entre suas responsabilidades estão: preocupar-se com possíveis ataques mágicos a seus senhores e feudos, presidir os rituais (como a cerimônia da Consignação) e aconselhar seus senhores quanto ao uso do saber tradicional e das quimeras. O domínio dos videntes sobre a magia às vezes angaria-lhes a desconfiança dos demais, apesar de a maioria deles proceder com uma honestidade escrupulosa.
Os chanceleres são os braços direitos de seus senhores, governam as terras de seus suseranos na ausência destes e ajudam a proteger os feudos de ataques. Seu profundo conhecimento do funcionamento das Propriedades Livres e das terras de seus mestres geralmente angaria-lhes a confiança e o respeito de seus senhores. Poucos chanceleres abusam dessa confiança; em troca, muitos são tão reverenciados quanto seus mestres.
Os bardos são os contadores de histórias e os guardiões do saber tradicional na corte. Essas pessoas são consideradas sagradas, e a má sorte perseguirá aqueles que agredirem deliberadamente um bardo ou travarem batalha com ele contra a vontade do mesmo. Acredita-se que as palavras dos bardos sejam proféticas. A maioria deles evita falar – a não ser quando estão se apresentando ou alguém lhes peça especificamente uma opinião – para não proferir inadvertidamente algo que (pelo fato de ter saído da boca de um bardo) tenha a força de uma profecia. Eles estão entre os criados mais respeitados.
Os bufões divertem a nobreza e prenunciam o Glamour em certas ocasiões festivas. Eles também são responsáveis por vigiar a Banalidade. Os bufões costumam indicar as fraquezas e os defeitos dos nobres de maneira a divertir sem humilhar e, desse modo, proporcionar um meio para que o nobre genioso corrija seu comportamento. E obrigação dos bufões identificar as coisas banais e destruí-las antes que se transformem numa séria ameaça a um feudo. Eles empregam truques e tesouros para cumprir esse importante dever.
Os trovadores são os músicos e os artistas da corte de um nobre. Eles também conduzem a corte na prática do amor cortês, atuando como cronistas e intermediários comum os próprios trovadores se envolverem nas tramas amorosas dos nobres. Eles executam as próprias obras, as baladas do passado e as canções encomendadas especialmente para homenagear seus patronos ou o ser amado.
Os escribas não só têm a função importantíssima de transcrever os procedimentos da corte como também a de registrar as lembranças que os cortesões porventura tenham de Arcádia ou de suas vidas passadas. Isso se dá do jeito antigo, escrevendo-se sobre pergaminho e velino com pena e tinta, formando tomos quiméricos encadernados com pele de grifo ou javali. Muitos escribas também iluminam seus textos para criar obras de beleza e repositórios de Glamour.
Os administradores são responsáveis pelos recursos do feudo e por organizar e gerir os bens de seu senhor. Eles controlam as finanças domésticas, distribuem armas quiméricas e “reais”, além de guardar os tesouros da corte. Os administradores também treinam e comandam os servos da família.
Os bailios atuam como os contatos oficiais entre um nobre e os plebeus que vivem em seu feudo. Eles também preenchem as posições de advogados dos plebeus e muitas vezes aparecem na corte para defender a causa de um plebeu ou dar voz a uma reclamação. Os bailios tomam conta das Propriedades Livres de um nobres; as cortes geralmente têm no mínimo tantos bailios quantas forem as Propriedades Livres do nobre. Apesar de não passarem de zeladores, muitos bailios acabam considerando suas Propriedades Livres um bem pessoal.
Os thanes são guerreiros plebeus que juraram lealdade a seus senhores. Eles são encarregados de procurar Glamour para seus mestres. Alguns senhores acham vantajoso colocar bandos de thanes no campo de batalha, pois esses guerreiros geralmente são mais eficazes que os cavaleiros da nobreza. Muitos dos thanes que organizaram a resistência durante a Guerra da Harmonia hoje servem aos senhores que um dia combateram. A aceitação desses rebeldes por parte da nobreza ajudou a amenizar as relações com os plebeus. E comum o nobre só conseguir o apoio dos plebeus de seu reino se tratar seus thanes com honra e respeito