Embora possa ser terrivelmente familiar, o Mundo das Trevas não é o nosso mundo. É o aqui e agora, mas dominado por males antigos e sombras escuras e arrepiantes. No Mundo das Trevas, nossos piores medos e pesadelos caminham entre nós.
Aqui a chuva, afiada e ácida, machuca a pele. Aqui, a escuridão envolve profundamente aqueles que percorrem as ruas degradadas das cidades. Aqui é heroico (e talvez inútil) realizar simples atos de bondade. As linhas dos serviços de ajuda contra o suicídio tocam sem serem atendidas. O sangue contaminado corre através de veias inchadas, transportando drogas que matam, degeneram e iludem. As crianças desaparecem sem aviso e nunca mais são vistas ou se ouve falar delas.
A dor é bem-vinda, pois confirma que você ainda está vivo, que ainda consegue lutar, que ainda consegue se mover. E a dor está disponível em inúmeras formas - de fato, alguns procuram a dor e pagam pelo privilégio de serem feridos ou machucar outros.
Até mesmo os fae são afetados por este cenário trágico. Muitos changelings nascem, vivem e morrem sem nunca saber o que grita dentro deles. Eles vivem suas vidas presos em sua vida mortal, presos ao mundo que enxergam ao seu redor. Pior ainda, muitos changelings despertam para sua verdadeira natureza apenas para serem suplantados pelo peso absoluto da Banalidade, a maldição do mundano. Alguns enlouquecem em busca por respostas; outros rejeitam a luz e mantem suas partes feéricas trancadas dentro de si.
No entanto, apesar disso, nem tudo está perdido. Alguns poucos changelings ainda acreditam - e, mais importante, sonham - que as coisas podem ser diferentes. Esses sonhadores - essas criaturas feéricas - ainda retêm o que falta a muitos humanos. Eles ainda não foram maculados de forma irreversível pelo ambiente que os rodeia. Embora contaminados com a brutalidade do mundo, eles também trazem consigo as sementes da verdade e da beleza.