Boa parte da história Kithain é desconhecida pelos changelings, ou no mínimo, é mais mito que fato. Como os changelings esquecem sua natureza mágica à medida que envelhecem, a história de seu povo é muitas vezes esquecida, e relembrada em surtos durante uma nova encarnação. A forma mais comum de aprender sobre o passado é através da arte da narrativa. Nos dias atuais mesmo com a escassez de Lumeeiras, nenhuma Propriedade Livre ignora um contador de histórias, pois seu talento em tecer contos anteriores à Fragmentação é inigualável e maior que qualquer coisa que os historiadores acadêmicos possam apresentar. Atos de vilania e heroísmo, esperança e desespero já esquecidos, ganham vida através de suas palavras, deixando o público cativado com a esperança de um dia voltar para Arcádia, e a ideia de que talvez sejam eles mesmos, aqueles que realizarão esse feito épico. Somente é necessário acreditar que, apesar de todas as dores e horrores que recaem sobre os Kithain, sua história ainda tem um final feliz.
Apesar de toda a emoção em ouvir lendas sendo trazidas à vida pelos contadores de histórias, a história acadêmica é um fator muito importante na busca por conhecimentos feéricos já esquecidos, transformando os mitos em verdades. Muitos changelings - especialmente os Sluagh – vivem entre um grande número de tomos e textos antigos, na esperança de conseguir algum prestígio, e possivelmente encontrar pistas sobre Arcádia neste processo. Trabalhar com itens que antecedem a Fragmentação requer pessoas com alta resistência e paciência.
Textos antigos são escritos em várias línguas, muitas vezes pictográficas e feéricas, e muitas vezes as palavras aparentemente ganham vida, constantemente se realinhando, girando e mudando de lugar para evitar serem decodificadas. O Sonhar protege seus segredos, mas não há consenso entre os Kithain do motivo pelo qual estas informações continuam escondidas também deles. Mesmo quando existem indícios suficientes para uma decodificação decente, os resultados finais geralmente geram mais perguntas, do que respostas.
A última aquisição de Tara-Nar veio de uma Propriedade Livre recém-descoberta no Sonhar Próximo perto da Bretanha e, apesar de ter sido estudada durante a última década, só foi possível traduzir uma única linha: “A trégua está acabando e o Céu Escurecido anuncia o fim dos sonhos”.