Reconhecemos a importância deste princípio na prevenção da anarquia em Concórdia, mas acreditamos que a autoridade oferecida por ele deve ser conquistada e não concedida. Os Sidhe, ou quaisquer outros, só têm o direito de governar se provarem ser governantes justos e competentes. Embora reconheçamos a autoridade, também não nos limitamos a ignorá-la. Aqueles que tratam bem seus hóspedes merecem respeito em troca. Aqueles que não oferecem hospitalidade, ou exigem respeito quando não é merecido, rapidamente se encontrarão como governantes de uma casa vazia.
Mesmo o mais rebelde de nós se recusará a se envolver em Enlevo ou outras práticas que possam impedir que um mortal volte a sonhar. Todas as coisas sonham e merecem esse direito. Quando interferimos nesse direito, acabamos morrendo de fome. A humanidade é capaz de milagres espantosos quando lhe é dada esta oportunidade.
Somos práticos o bastante para saber que às vezes esta regra deve ser flexibilizada, se não quebrada, mas em geral ela é respeitada como uma precaução. Além disso, assim como nós preferimos a vida mais simples em comparação aos nossos companheiros Kithain, também devemos respeitar os habitantes do Mundo Outonal. Se eles desejam levar suas vidas sem perseguir dragões, que assim seja.
Isso não significa que você não pode interagir com a sociedade mortal, apenas respeitar os limites que ela possui. Existem pessoas que não entendem o que é realmente o Glamour, e reagem mal em sua presença. Não cause sua própria desgraça ao usar o Glamour de forma errada. É mais seguro para todos nós.
Como um Kith que segue isso como parte de nossa natureza, nós apoiamos de todo o coração esta regra das Redevances. Eu só queria que os outros Kithain não precisassem de uma lei para convencê-los a ajudar outro changeling em necessidade.
Como o Direito ao Resgate, este princípio (também conhecido como Direito à Hospitalidade) é algo trivial para nós. Os Sidhe criaram toda uma besteira sobre formalidades ligadas a esse direito — o número de dias em que se deve receber hospitalidade, os direitos do convidado, a posição do convidado no jantar, o discurso de boas-vindas do anfitrião e todo tipo de outras bobagens destinadas a evitar que facções rivais se matem umas às outras na mesa de jantar. Mas no seu cerne, o Direito ao Santuário é apenas ser simpático e gentil.
Muito semelhante ao “Não matarás” dos Dez Mandamentos, este princípio é rapidamente posto de lado em tempos de guerra. No entanto, matar um companheiro Kithain é, em última análise, suicídio. Todos os sinais apontam que o Longo Inverno está próximo de nós, e quando ele chegar, só teremos um ao outro para confiar. Não é ruim o bastante saber que lentamente nos afastamos cada vez mais de nossas verdadeiras vidas feéricas, e agora temos que derramar sangue a cada oportunidade? Nossos números são cada vez menores a cada noite que lutamos, e agora há rumores de que o ferro frio está sendo usado. Eu não sei o que há de errado com o resto dos Kithain, será que eles não podem ver como isso é perigoso para todos nós.