Os Curupiras vivem em meio à natureza, em sintonia com os animais e as plantas das matas, sempre prontos para reagir a qualquer coisa que possa ameaçar seu querido lar. Com um profundo e permanente amor pela natureza e suas necessidades, os Curupiras assumiram a tarefa ingrata e monumental de protegê-la. Guardando de maneira altruísta seu habitat, eles estão sempre alerta contra os agressores em seus reinos. Eles permanecem escondidos até que consigam determinar corretamente as intenções do visitante desconhecido. Para discernir a natureza de um recém-chegado, o Curupira irá segui-lo de perto, prestando atenção meticulosa às suas ações. Poucos deles se revelarão, contando com a cooperação de seus irmãos da floresta, os animais, para testá-lo. Estes testes geralmente tomam a forma de tarefas simples: um pequeno animal em perigo, ou o início de um pequeno incêndio. Os mais ousados, porém, provavelmente questionarão o estranho diretamente, desaparecendo quando estiverem satisfeitos de que tudo está certo e bem.
Ai daqueles que desrespeitam o ambiente onde eles vivem ou, pior ainda, que têm intenções perversas, pois sofrerão a ira do Curupira que não irá parar por nada até se vingar de qualquer tipo de injustiça. Usando sua grande sabedoria sobre a natureza e seus Direitos Inatos, eles irão criar trilhas falsas e truques desconcertantes, levando o indivíduo a situações perigosas, ou deixando-o vagar, perdido e sozinho até que morra de inanição ou se arrependa. Nos piores casos, como no caso de um incêndio nas matas, o infrator será aniquilado pelo Curupira e pelos seus irmãos animais. Vivendo geralmente entre as tribos nativas sul-americanas, os Curupira são quase sempre Infantes ou Rezingões. Quando se tornam Estouvados, eles passam por um rito de passagem sendo enviados para viver isolados nas profundezas das matas. Lá eles devem confiar em suas próprias habilidades de sobrevivência, fazendo um Juramento que os impede de retornar por um ano. Aqueles que retornam são saudados com grande celebração, pois o Estouvado cumpriu seu período de transformação, abraçando a maturidade e a vida adulta como um Rezingão.
Aparência: Os Curupiras são selvagens e bestiais em seu Semblante Feérico, com orelhas pontiagudas, olhos vermelhos, e uma espessa pelagem que cobre seu corpo por inteiro, geralmente de cor neutra e sem brilho, permitindo uma melhor camuflagem. Eles não costumam usar roupas em seu voile, embora alguns usem um ou dois itens de vestuário que demonstram forte influência sul-americana. Seu Aspecto Mortal se assemelha ao das pessoas onde vivem, na maioria das vezes nativos, mas geralmente eles estão sujos e desgrenhados, e possuem um toque de selvageria nos olhos.
Estilo de Vida: Procurando viver entre as tribos nativas, os Curupiras levam uma vida sem grandes mudanças por muitos anos. No entanto, independente da sua natureza, nada é mais importante para eles do que a sagrada tarefa que assumiram para si, nem mesmo suas vidas.
Os Curupiras Infantes também chamados de curumim, passam a maior parte do tempo brincando nos arredores, procurando parques, bosques e matas onde possam dançar e brincar de perseguir e se esconder com os animais locais.
Os Curupiras Estouvados se submetem ao seu ritual de passagem de um ano, e são os mais ávidos e enérgicos em se provar.
Os Curupiras Rezingões muitas vezes parecem Estouvados, e de fato, pelos padrões da maioria dos fae muitos deles são, tendo passado apenas um ano como Estouvados. Entretanto, apesar de toda a sua aparente juventude, seus corações estão cheios de sabedoria, e um profundo respeito pela vida.
Afinidade: Natureza
Comunhão com a Natureza: O Curupira pode se comunicar com as plantas e os animais sem o uso de truques, embora a complexidade da informação obtida dependa em grande parte da criatura em questão. As plantas tendem a ser lentas e obscuras, definindo as coisas através de sensações táteis, enquanto os animais podem ter dificuldade em definir mais do que os conceitos e emoções mais básicas. Além disso, nenhum animal selvagem atacará de livre vontade um Curupira, e o ajudará da melhor forma possível. Os Curupira nunca sofrem falhas críticas em testes de Empatia com Animais, Sobrevivência (Matas) ou Furtividade.
Trilhas Torcidas: Com o gasto de um ponto de Glamour, um Curupira pode torcer os pés para trás, caminhando e criando um conjunto de trilhas que as pessoas se sentem compelidas a seguir. Para evitar esta compulsão é necessário um teste de Força de Vontade (dificuldade 8).
Coração Desconfiado: Os Curupiras são muito cautelosos com os estranhos, até terem a certeza que o indivíduo não representa qualquer ameaça. Até lá, os Curupiras sofrem uma dificuldade de +2 em todos os seus testes sociais com este indivíduo.
Juramento de Compromisso: Desde que se entendam como gente, todos os Curupira se dão conta de que são obrigados a proteger a terra. Não fazê-lo pode ser desastroso, fazendo com que eles percam dois pontos permanentes de Força de Vontade e ganhem um ponto permanente de Banalidade. Eles serão evitados e ostracizados pelos seus semelhantes, e apenas a maior das missões os redimirá.
Isolados por natureza, os Curupira têm pouco contato com outros Kithain, exceto aqueles que também vivem na América do Sul.
Boggans: Kithain finos e decentes, geralmente com bom coração.
"Eles se entregaram a uma causa digna".
Botos: Os Botos são bons companheiros, mas são terrivelmente alheios em relação à sua desgraça iminente. Se ao menos eles ouvissem nossas palavras, e lutassem por suas vidas, nós poderíamos ser capazes de salvá-los.
"A tarefa deles é honrada, mas, em último caso, fútil. Prefiro passar os meus últimos dias com alegria e gargalhadas."
Exus: Eles conhecem muitos segredos, mas não tantos quanto nós.
"Difíceis de serem encontrados e abordados, mas a perseverança é recompensada com muitas histórias interessantes".
Nockers: Eles não conseguem perceber como suas máquinas poluem o ar, destruindo tudo o que nos é querido. Eles deveriam procurar coisas melhores para construir.
"Eles não parecem gostar de nós, mas eu não vou perder o sono por causa desses merdinhas peludos".
Pooka: Eles acham que a natureza é um campo para brincarem.
"Eles são legais, mas levam tudo muito a sério. É difícil conseguir tirar um único sorriso deles".
Redcaps: Estes fae grotescos esqueceram sua conexão com a natureza.
"Quem se importa com estes fodidos?"
Sacis: Jogos e brincadeiras não machucam mas são causas de irritação e raiva.
"Eles são divertidos porque se irritam tão facilmente".
Sátiros: Eles deveriam parar de beber e festejar e nos ajudar a fazer nosso trabalho. Poucos se adaptariam tão bem ao trabalho.
"Suas festas são raras, mas cada uma delas é uma experiência mística".
Sidhe: Os Nobres perderam seu caminho, a natureza já não os inspira como deveria.
"Seu conhecimento é para ser respeitado, para não dizer seu estilo de vida".
Sluagh: Nós vivemos nas florestas, eles vivem na escuridão. Cada um vive onde se sente em casa.
"Nós não entramos nas terras deles, eles não entram nas nossas". Eles não gostam de onde nós vivemos, nós também não gostamos de onde eles vivem".
Troll: Estas pessoas devem ser honradas. Fortes, leais, e muitas vezes puros de coração.
"Eles juraram sua honra às florestas, e eu nunca conheci um deles desonrado".
Autores: Jose Alexandre Nalon e Colin Chapman
Local Original: https://changelingthedreaming.fandom.com/wiki/Curupira