Ídolos

Ídolos. (do gr. eidolon, plural eidola, e do lat. idolum, no plural idola, imagem ou semelhança). Para Demócrito, a percepção realizava-se pela captação dos idola emitidos pelas coisas; ou seja, pequenas partículas. Na Idade Média, os idola eram considerados pouco importantes e nenhum valor se dava à teoria de Demócrito. Francis Bacon, que os reviveu em seu Novum Organum, classificou os erros mais gerais em quatro espécies que chamava: idola tribus (fraqueza do conhecimento próprio da espécie humana), dos quais nos devemos precaver, que têm por causa a tendência a só tomar em consideração o que é mais simples e mais uniforme, bem como a tendência a crer que o mundo é mais simples e mais uniforme do que é na realidade; idola specus (da caverna, à semelhança de Platão), erros que têm por causa o temperamento, a educação, os preconceitos individuais e os defeitos mentais; idola fori (faltas da linguagem na comunicação das ideias), ideias confusas, palavras que dão aparência de realidade a quimeras e, finalmente, os idola theatri, a filosofia sofística, faltas no modo de filosofar, a explicação do real por meio de abstrações, a superstição na filosofia, a interpretação histórico-física do livro do Gênesis, etc. (1)

(1) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.