Subjetivo, Subjetivismo, Subjetividade
Subjetivo. É subjetivo o que pertence a um sujeito: na medida em que ele é consciente (pode-se desse modo denominar de psicologia subjetiva a que procede por introspecção); na medida em que difere dos outros (o termo pode então ser pejorativo). Qualquer tendência ou teoria que privilegie o subjetivo ao objetivo é chamada de subjetivismo. No sentido comum, a subjetividade abrange o conjunto das particularidades psicológicas que só pertencem a um sujeito. Mais filosoficamente, subjetividade é sinônimo de vida consciente, tal como o sujeito pode captá-la nele, e, onde delimita sua singularidade. (1)
Subjetivismo. 1. Tendência viciosa para a subjetividade. 2. Filos. Tendência filosófica que pretende reconduzir qualquer juízo de valor ou da realidade a estados ou atos de consciência dos indivíduos concretos. 3. Teoria de que a necessidade de certas formas lógicas deriva só da contribuição do nosso espírito. 4. Doutrina que considera que o supremo bem apenas depende da experiência subjetiva. (2)
Subjetividade. Característica do sujeito; aquilo que é pessoal, individual, que pertence ao sujeito e apenas a ele, sendo portanto, em última análise, inacessível a outrem e incomunicável. Interioridade. Vida interior. A filosofia chama de “subjetivas” as qualidades segundas (o quente, o frio, as cores), pois não constituem propriedades dos objetos, mas “afetações” dos sujeitos que as percebem. Nenhum objeto é quente ou frio, mas cada um possui apenas uma certa temperatura. Toda impressão é subjetiva. Por isso, Kant chama de subjetivos o espaço e o tempo, porque não são propriedades dos objetos, não nos são dados pela experiência, mas pertencem ao sujeito cognoscente: são “formas a priori da sensibilidade”. Assim, a subjetividade caracteriza a teoria do conhecimento de Kant. (3)
Subjetivismo. a) Tendência filosófica que consiste em reduzir todo juízo de valor ou de existência aos atos e estados de consciência.
b) Tendência a reduzir toda existência à existência do sujeito. Vide Solipsismo.
c) Na lógica é a posição que nega caráter de objetividade ao verdadeiro e ao falso, que passam a ser meramente subjetivos.
d) Na ética é a redução do bem e do mal apenas aos esquemas subjetivos.
e) Na estética redução dos juízos de valor estéticos a meros juízos de gosto.
f) Na psicologia tendência a atualizar o subjetivo e dar superior valor a este sobre o objetivo. (4)
Subjetivo. a) É o que pertence ao sujeito.
b) O que é individual.
c) O que pertence ao pensamento humano
d) O que é meramente imaginativo, ilusório, irreal.
e) O que pertence ao pensamento humano em oposição às coisas existentes extra-mentis.
f) O que é portador de algo (sentido usado pela escolástica para afirmar a existência de algo em si). (4)
(1) DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.
(2) Enciclopédia Barsa Universal
(3) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
(4) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.