Redução

Redução. a) Reduzir é tornar à forma primitiva, ao primeiro estado; é restituir, é reconduzir ao ponto de partida. Assim se diz quando se pretende mostrar os elementos primitivos que compõem determinada realidade. Tal ato é a redução; ou seja, a restituição dessa realidade aos elementos primeiros. Assim se fala em reduzir uma verdade, cujo resultado é um resumo do que a constitui. É empregado comumente para indicar a ação de diminuir, de tornar menos importante. Redução é assim a ação e o efeito de reduzir.

b) Na lógica é a operação pela qual se transforma um silogismo da segunda ou da terceira, ou da quarta figura a uma das quatro fundamentais: Barbara, Celarent, Darii, Ferio.

Redução ao Impossível. A letra C indica-nos a redução pelo impossível de um silogismo ao de inicial correspondente. Baroco pode-se reduzir em Barbara, pela redução ao impossível. Vejamos o silogismo: Toda virtude é boa; ora, alguma ira não é boa; logo, alguma ira não é virtude. Digamos que um adversário concede validez às premissas, mas nega validez à conclusão. Toma-se, por exemplo, a conclusão na qual se havia afirmado "alguma ira não é virtude" pela contraditória: "toda ira é virtude". E assim se procede porque se a conclusão é falsa, a sua contraditória é verdadeira. Neste caso teríamos o silogismo construído deste modo: "toda virtude é boa; ora, toda ira é virtude; logo, toda ira é boa". Como consequência teríamos uma conclusão falsa, o que demonstra a validez do primeiro silogismo ante o adversário que formulasse a declaração de falsidade daquela sob a alegação que fizera. Para realizar-se a retorsão (e em lógica chama-se retorquir um silogismo), é mister que se faça o adversário aceitar a validez das premissas e negar validez à conclusão. (1)

(1) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.