Caos

Caos. Do grego káos, do verbo khainen, abrir-se, entreabrir-se. 1. Termo utilizado aparentemente pela primeira vez na Teogonia de Hesíodo (séc. VIII a.C.), designando o vazio causado pela separação entre a Terra e o Céu a partir do momento de emergência do Cosmo. Designa também para os gregos o estado inicial da matéria indiferenciada, antes da imposição da ordem dos elementos. 

2. Na física moderna, designa a imprevisibilidade de sistemas complexos, isto é, a existência de fenômenos em relação aos quais não é possível fazer previsões ou cálculos precisos dadas alterações, mesmo que pequenas, nas condições iniciais. (1)

Caos. (do gr. khaos, que significa o que não tem formas, o que é confuso, o desordenado, o absolutamente sem leis). a) Para os gregos, caos era o que preexistia ao mundo atual. Etimologicamente significa abismo.

b) No livro do Gênesis é a mistura confusa dos elementos do mundo antes de receberem uma ordem, uma causa eficiente ordenadora.

c) No pitagorismo é o que ainda não recebeu a ordem. O que recebeu a ordem é o Cosmos (do gr. khosmos).

d) Por metáfora emprega-se esta palavra para referir-se a um conjunto de ideias desordenadas e desbaratadas.

e) Em estética o momento que antecede a criação. Na criação estética a imaginação criadora dá uma ordem a elementos dispersos, que em face da nova ordem, correspondem analogicamente ao caos, daí poder-se falar na passagem do caos à criação. (3)


(1) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

(2) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.