Senso Comum

Senso Comum. Faculdade ou juízo situados entre a especulação desbragada, de um lado, e, de outro, uma asserção bem fundada e uma suposição culta. O senso comum, que envolve tanto o conhecimento ordinário quanto a racionalidade, é um ponto de partida: ciência, tecnologia e filosofia começam quando o senso comum resulta insuficiente. O recurso ao senso comum é uma lâmina de dois gumes: pode desencorajar pesquisas sérias e não menos encorajar pesquisas insensatas. Por exemplo, a filosofia linguística – uma filosofia do senso comum – serviu de antídoto ao idealismo e à fenomenologia e, ao mesmo tempo, de inibidor ao exato e científico filosofar. (1)

Senso Comum. a) Chamava Aristóteles de koinê aisthesis (sensus communis, dos escolásticos) o sentido central cuja função é coordenar as sensações próprias de cada sentido em particular.

b) É usada para indicar o conjunto das opiniões geralmente admitidas, e que constituem a base da esquemática do procedimento social para cada um, cuja obediência é uma norma social, e cuja infração representa um ato anti-social, ou associal, dependendo do grau da infração. (2)

(1) BUNGE, M. Dicionário de Filosofia. Tradução de Gita K. Guinsburg. São Paulo: Perspectivas, 2002. (Coleção Big Bang)

(2) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.