Alegoria da Caverna

Alegoria da Caverna. Também chamada de mito da caverna, é uma parábola escrita pelo filósofo Platão, e encontra-se na obra intitulada A República (livro VII). Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade. Alguns ainda a chamam de Os prisioneiros da caverna ou menos comumente de A parábola da caverna. (1)

Mito da Caverna. Segundo J. Ferguson, Platão teria em mente uma caverna real. Homens sentados e virados para a parede do fundo, acorrentados nos pescoços e nos braços e pernas, de modo a nem se moverem ou saírem de sua estátua postura, apenas podendo ver impressões sensíveis naquele fundo e ouvir a ressonância de vozes o que aconteceria se um dos escravos fosse libertado das cadeias e pudesse "virar a cabeça para trás" — essa torção ou "conversão" há de indicar a essência da educação (como metanóia). [República, VII, 518d] (2)

Mito da Caverna. Não é exatamente um mito, mas a figura ou alegoria apresentada por Platão para mostrar os níveis em que nossas naturezas podem ser iluminadas ou não. No primeiro nível estão os prisioneiros, amarrados de tal maneira que conseguem perceber apenas sombras na parede da caverna. Mas, se  um prisioneiro se soltar das amarras, poderá voltar-se e ver, primeiro, os próprios objetos artificiais, depois o fogo, seguindo-se então o mundo real e, por fim,  o Sol. Cada estado dessa ascensão será difícil e estranho e, no fim, o indivíduo iluminado será incapaz de comunicar seu conhecimento aos prisioneiros que ficaram na caverna. Esse mito pode apenas ser interpretado como um convite a que reflitamos com cuidado em vez de confiarmos nas aparências das coisas. (3)

Caverna. Alegoria empregada por Platão na República, pelo qual a alma humana no seu estado atual, unida ao corpo, é comparada a um prisioneiro encadeado numa caverna, de costas voltadas para a luz, não podendo ver as coisas reais, mas apenas as sombras projetadas no fundo do subterrâneo. Na verdade Platão quer dizer que o conhecimento do mundo pelo homem, processando-se por meio de uma assimilação aos esquemas anteriormente dados, não é de per si suficiente para captar a realidade das coisas, pois a verdadeira realidade das coisas está na proporção em que elas imitam as formas.

Bacon, fundando-se na alegoria platônica, chama de ídolos da caverna os erros que surgem da natureza, da composição de corpo e alma e também da educação e dos costumes, que acontecem com o ser humano. (4)


(1) http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito_da_caverna

(2) LOGOS – ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE FILOSOFIA. Rio de Janeiro: Verbo, 1990.

(3) BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Consultoria da edição brasileira, Danilo Marcondes. Tradução de Desidério Murcho ... et al. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

(4) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.