Decadialética

Decadialética. (do gr. deka, dez e dialéktikê, arte de esclarecer através das ideias)    Chamamos de decadialética o nosso método, aplicável à filosofia prática, que consiste em examinar cada tema, seguindo a ordem de análise que percorre dez campos, que são os seguintes: analisar do ângulo do sujeito e do objeto; ou seja, tomar o tema em estudo do ângulo subjetivo, da influência que pode exercer a nossa subjetividade no exame em questão e colocá-lo, a seguir, de modo objetivo. Subjetivamente devemos atentar para as influências da esquemática intuitiva e da esquemática racional, pois ambas influem em nossas assimilações. Cada uma deve ser considerada sob os aspectos que atualiza e os que virtualiza, pois tendemos a anotar certos aspectos e a desprezar outros, e essa intencionalidade muitas vezes ultrapassa a nossa consciência. Examinando um tema objetivamente, é conveniente observar o aspecto intensista e o extensista do mesmo, bem como ambos serem visualizados, segundo as atualizações e virtualizações, ou ainda sob os aspectos de atualidade e possibilidade, que apresentam, a fim de relacioná-lo completamente com a concreção da qual faz parte. É preciso salientar os aspectos variantes e os invariantes, para poder classificá-los segundo as diversas categorias, e poder captar a essência da coisa, e o que nela é meramente contingente e acidental.

A decadialética   e a pentadialética constituem algumas das providências, que compõem a nossa dialética concreta exposta em Filosofia Concreta e em Métodos Lógicos e Dialéticos.  (1)

(1) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.