Raciocínio

Raciocínio. Do latim "ratiocinium". Raciocínio é o ato pelo qual se chega a uma nova verdade, partindo de verdades já conhecidas. O processo do raciocínio inclui cinco fases que, embora não apareçam todas de modo claro em cada ato de raciocínio, estão sempre nele implícitas. 1.ª) Inicialmente, algum problema teórico ou prático surge diante do indivíduo, exigindo uma solução. 2.ª) Diante do problema, o indivíduo reage, procurando limitá-lo e defini-lo claramente - esta é a fase do diagnóstico. 3.ª) Uma vez delimitado o problema, o indivíduo busca uma solução entre as diversas alternativas possíveis, isto é, elabora uma hipótese. 4.ª) O exame das hipóteses será feito através da dedução e da indução. 5.ª) Finalmente, a hipótese escolhida é aplicada à realidade. (1)

Raciocínio Instrumental. Raciocínio que procura adaptar meios a fins; é uma função característica da razão. A afirmação controversa a este respeito, associada a Hume e a Weber, é a de que essa razão instrumental ou técnica esgota o papel da razão no domínio prático. Nesta perspectiva, as questões dos fins não estão sujeitas à razão, mas, pelo contrário, são questões não racionais de emoção ou de desejo. A razão não pode, portanto, decidir entre fins incompatíveis, mas apenas dizer-nos como atingi-los. Para muitos, a identificação da razão com o raciocínio instrumental é um sintoma das sociedades industriais e técnicas. Ver também desencantamento, direito natural, teoria do. (2)

(1) ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro: M.E.C., 1967.

(2) BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Consultoria da edição brasileira, Danilo Marcondes. Tradução de Desidério Murcho ... et al. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.