Aristocracia

Aristocracia. Do grego aristos (melhor) e kratos (poder), "governo dos melhores". A aristocracia — pelo menos em Platão — não implica a princípio a ideia de transmissão hereditária de privilégios sociais que prevaleceu em seguida. Regime político no qual o poder é exercido por uma minoria que se pretende a elite da sociedade, a aristocracia baseava-se numa classe ou casta sacerdotal (com base na religião) ou militar (nascimento). Na nossa época, desapareceu como forma de governo; convém então falar de oligarquias (pequeno número de pessoas) que detêm o poder em virtude do seu poder financeiro. (1)

Aristocracia. (do gr. aristos, melhor, e kratos, o poder). a) Etimologicamente é o governo exercido por uma classe social considerada a melhor (aristos), e a ela cabe a direção e as normas que devem predominar na sociedade.

b) Confunde-se geralmente com a nobreza e fundamenta-se na hereditariedade dos caracteres superiores.

c) Emprega-se também para referir-se ao grupo social ou classe que exerce o poder, a qual passa metaforicamente a ser considerada a aristocracia.

O verdadeiro ideal aristocrático consiste em dar o papel de dirigente aos mais aptos e mais competentes. Na vida humana todos procedem obedientes, conscientemente ou não, ao princípio aristocrático, pois procura-se o julgado mais apto para assumir a função diretiva. O tema da aristocracia, ante as deficiências reveladas pela democracia, passa a ter nova atualidade e merece uma maior atenção. Vide Cráticas (Fases Cráticas da História). (2)


(1) DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.

(2) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.