Adquirido / Inato

Adquirido/Inato. Na linguagem filosófica, o inato e o adquirido se restringem estritamente ao domínio da teoria do conhecimento, nada tendo a ver com uma diferença qualquer entre homens. Assim, as ideias inatas, defendidas por Descartes, são as ideias de nosso espírito que não nos advêm pela experiência. Ex.: as ideias de Deus, de causa, de pensamento. As ideias adquiridas, ao contrário, são as que são apreendidas pela experiência: as ideias de cor, de consistência, de sabor etc. Trata-se de uma distinção essencialmente lógica, não cronológica. Em termos modernos, psicólogos e e biólogos preferem falar de disposições inatas; p. ex., o homem, a faculdade de falar. (1)

(1) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.