Maiêutica

Maiêutica. Inseparável da teoria platônica da reminiscência, a maiêutica - momento essencial da dialética - é o procedente de Sócrates que, a exemplo de sua mãe que era parteira, lhe permite "parir" os espíritos, ou seja, fazer seus interlocutores (re) descobrirem verdades que carregam em si sem saber, como mostra o interrogatório do jovem escravo em Mênon. O espírito da maiêutica encontra-se não apenas em qualquer pedagogia que insiste no valor insubstituível da reflexão pessoal, mas até na própria psicanálise. (1)

Maiêutica. (do gr. maieutikê, de maia, mãe, a arte de partejar). No Teeteto, Platão apresenta Sócrates que, sendo filho de uma parteira, também era prático em partos, mas sua maiêutica consistia em fazer "partejar as ideias", graças ao seu método exposto no Menon. O termo é empregado com certo laivo de ironia. (2)

(1) DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.

(2) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.