Antropologia

Antropologia. Do grego anthropos, homem, e logos, teoria, ciência. Ciência do homem ou conjunto das disciplinas que estudam o homem. 

2. Antropologia física: conjunto das ciências naturais que estudam o homem enquanto animal.

3. Antropologia cultural: ciência humana que tem objeto de estudo as diferentes culturas e que investiga mais especialmente as camadas sociedades primitivas.

4. Antropologia filosófica: “Conhecimento pragmático daquilo que o homem, enquanto ser dotado de livre-arbítrio, faz, pode ou deve fazer dele mesmo” (Kant). (1)

Antropologia. (do gr. anthropos, homem e logos, palavra, tratado). a) Termo já usado por Aristóteles. Posteriormente adotou os mais variados significados até adquirir um sentido muito restrito, mas universalmente aceito. Nessa acepção, a antropologia é a ciência do homem, do ponto de vista naturalista. Quer dizer, não exclui do campo das suas investigações a atividade cultural e espiritual do homem, porém é fato inegável que ela nunca abandona o ponto de vista das ciências naturais, porque naqueles que têm o mérito de ter promovido essa nova ciência, evidentemente predomina a convicção de que os meios da ciência natural são suficientes para explicar também as formas superiores da vida humana, Subentendida essa hipótese, a antropologia reúne os resultados das mais variadas disciplinas, sem constituir uma ciência em sentido estrito. Física e química, todos os ramos da somatologia, anatomia, fisiologia, psicologia e a ciência da evolução biológica contribuem com os seus dados sem, no entanto, serem reivindicados por completo pela antropologia que se contenta, em cada caso, com uma monografia da espécie humana. Sociologia, etnologia, ética, história e arqueologia são absorvidas em sua totalidade pela antropologia, não porém sem introduzir nestas ciências um ponto de vista especial e unificador, que prescinde da atitude meramente descritiva, e considera os multiformes panoramas, histórica e geograficamente condicionados, como formas de adaptação do homem aos diferentes meios.

b) Em sentido teológico: modo de falar humanamente das coisas divinas.

c) No sentido neo-escolástico: estudo do homem integral considerado como unidade, opondo-se ao sentido cartesiano, que faz a distinção radical entre alma e corpo. (2)


(1) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

(2) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.