Ficção

Ficção. Qualquer coisa que não se ajusta aos fatos. Exemplos: matemática pura, teologia, ficção científica, artes plásticas não-representacionais e idealizações deliberadas utilizadas na ciência e na tecnologia — como as rodas sem fricção, a competição perfeita e a "posição original sob um véu de ignorância" de J. Raws.  A ficticidade vem em graus, da mera simplificação até a fantasia desbragada. (1)

Ficção. Em latim o verbo fingere significa "modelar", "representar", e daí "preparar", "imaginar", "disfarçar", "supor" etc. As coisas podem ser arranjadas, modeladas, disfarçadas, e com isso se transformam em ficti. Fala-se de fictus amor, ou aparência de amor, e de ficti dei, ou falsos deuses. (2)

Ficção científica. Gênero, literário ou cinematográfico, que antecipa o que pode ser objeto de estudo da ciência no futuro, através da representação fictícia do universo, no espaço e no tempo, de uma forma lógica e científica. (3)

Ficção. (do lat. fingere: fingir, imaginar) Em seu sentido filosófico, é uma construção elaborada pela imaginação graças à qual um indivíduo acredita poder resolver um problema real (metafísico, lógico, moral ou psicológico). Ex.: o Gênio Maligno de Descartes (4)

Ficção. Do latim "fictio" (fingimento). Criação literária que retrata fatos e figuras imaginários. Seus gêneros principais são: a) o romance, que é uma narrativa longa; b) a novela, narrativa de tamanho intermediário; c) o conto, que é uma narrativa breve. Todos esses gêneros exigem imaginação, arranjo e apresentação, expressos com beleza de forma, organicidade estrutural e unidade de efeito. (5)

(1) BUNGE, M. Dicionário de Filosofia. Tradução de Gita K. Guinsburg. São Paulo: Perspectivas, 2002. (Coleção Big Bang)

(2) MORA, J. Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2004.

(3) Enciclopédia Barsa Universal. Editora Planeta, 2007.

(4) JAPIASSU, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.

(5) ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro: M.E.C., 1967.