Esperança

Esperança. Do lat. “sperare”. Sentimento que leva o homem a olhar para o futuro, considerando-o portador de condições melhores que as oferecidas pelo presente, de tal sorte que a luta pela vida e os sofrimentos são enfrentados como contingências passageiras, na marcha para um fim mais alto e de maior valor. Do ponto de vista teológico, a Esperança é uma virtude sobrenatural, que leva o homem a desejar a Deus, como bem supremo. (1)

Esperança. (do lat. sperare: esperar) Expectativa aberta visando não resultados externos, mas a realização do ser pessoal ou uma mudança radical da condição humana: “Sem a esperança, não encontraremos o inesperado, que é inencontrável e inacessível” (Heráclito); “A esperança é o estofo de que nossa alma é feita; é um outro nome da exigência de transcendência, pois é a mola secreta do homem itinerante” (G. Marcel). (2)

Esperança É o substantivo feminino que indica o ato de esperar alguma coisa, pode ser também um sinônimo de confiança. Ter esperança é acreditar que alguma coisa muito desejada vai acontecer. A esperança pode ser fundamentada (ou realística) ou baseada em alguma utopia, algo que dificilmente será alcançado.

Em sentido figurado, a palavra esperança pode dizer respeito a alguma pessoa na qual é colocada um elevado grau de expectativa. Ex: A minha filha é muito inteligente. Ela é a minha esperança de um futuro melhor. (3) 

Esperança. Teol. É a 2.ª virtude teologal: por ela o homem tende para Deus enquanto seu bem supremo e último fim, confiado em que obterá a Sua posse graças ao Seu auxílio e apoiado em Suas promessas.

1) Este ato tem analogia com a paixão do apetite sensitivo conhecida pelo mesmo nome: só que o ato da virtude da E. é um ato da vontade, e é livre e honesto. O objeto primário da E. é a própria felicidade, isto é, Deus possuído, no mais além, por meio da visão beatífica. O objeto secundário é constituído por tudo aquilo que pode ser meio para conseguir o fim, principalmente os bens sobrenaturais. A E. é um movimento dinâmico dirigido a um objeto ausente, difícil de alcançar mas ao mesmo tempo acessível (S. Th., 1, 2, q 40 a 1).  (4)

(1) ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro: M.E.C., 1967.

(2) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

(3) https://www.significados.com.br/esperanca/

(4) Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura.