Medo

Medo. Temor, surto violento, grande inquietação em presença do perigo real ou imaginário. Psicologia. Existe um receio legítimo e razoável que fortifica ou dita a prudência e que se manifesta em presença ou perante a ideia do perigo. Quando, porém, falamos do medo, referimo-nos habitualmente a um sentimento despropositado, que se aplica, quer a um perigo imaginário, a escuridão, os fantasmas, por exemplo, quer a um perigo possível, mas improvável e exagerado. (1)

Medo. Fenômeno psicológico de forte caráter afetivo, marcado pela consciência de um perigo ou objeto ameaçador determinado e identificável. Difere da angústia, onde o objeto ameaçador não é identificado. Ver temor. (2)

Medo. Uma forte emoção que inibe um filosofar original. Alguns filósofos esposaram o irracionalismo por medo da ciência, o nominalismo por medo do idealismo, o idealismo por medo quer dar religião quer do marxismo, o holismo por medo da individualidade, o individualismo por medo do holismo, e assim por diante. (3)

Medo. Psic. Perturbação angustiosa causada pela presença ou perspectiva de uma situação em que se arrisca a segurança presente ou futura, é uma das principais manifestações da emoção. Na criança, inicialmente, o M. tem sua origem na falta de apoio ou é provocado por ruídos fortes. A sensação do M. tem repercussões no organismo que fica em estado de alerta: altera-se o ritmo da digestão, aumentam na corrente sanguínea as reservas de energia, sobe a pressão arterial. Se estas modificações fisiológicas se repetem com demasiada frequência, o organismo poderá sofrer consequências mais ou menos graves de caráter permanente. 

Dir. Can. O M. que perturba totalmente o uso da razão torna os atos nulos, por não serem atos humanos. 

Dir. Crim. e Dir. Civ. O M. insuperável de um mal maior, iminente ou em começo de execução, exclui a culpa. (4)

Medo. Do latim metu, medo, causador de cuidados, vocábulo que está na raiz de palavras aparentemente dissociadas, como médico, remédio, remediar, irremediável. Nada parece infundir mais medo do que o terrorismo. Para combater desafetos, os terroristas já não alvejam diretamente os seus inimigos ou inimigos de quem lhes financia as ações. Ao contrário, estão empenhados ema atacar inocentes com o fim de prejudicar terceiros. (5)

(1) GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.].

(2) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

(3) BUNGE, M. Dicionário de Filosofia. Tradução de Gita K. Guinsburg. São Paulo: Perspectivas, 2002. (Coleção Big Bang)

(4) ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE CULTURA. Lisboa: Verbo, [s. d. p.]

(5) SILVA, Deonísio da. De Onde Vêm as Palavras. São Paulo: A Girafa, 2004. (Coleção o mundo são palavras)