Imoralismo

Imoralismo. a) Nome dado por Nietzsche à sua concepção sobre a moral. Ele considerava-se o grande imoralista de sua época. Opondo-se ao que julgava ser o fundamental da moral cristã, propunha uma posição por ele julgada anti-moral. Seus paradoxos tornaram-se famosos, e simbolizando em Zaratustra as suas ideias principais, julgou que combatia o cristianismo, que ele nem sempre compreendera. O fim do homem não é o prazer, mas a sua elevação superior. A dor é útil e mestre do homem. Saber sofrer é um ponto alto de sua moral. O prazer mais elevado da vida é algo heroico, pois é na heroicidade que funda a sua moral. Para alcançar o mais alto, deve o homem desprezar tudo quanto o humilha, amesquinha, diminui. Por amor ao super-homem, ideal que nem sempre é bem preciso, e que tem levado a tantas discussões entre os exegetas do seu pensamento, devia o homem palmilhar o caminho da vida, sentindo-se como um viandante que marcha para o superior, uma ponte para o mais elevado. O valor mais alto é o heroico, e é ele que dá nobreza aos atos mais simples do homem. Na vida humana há sempre um risco. É preciso saber afrontá-lo por amor ao mais alto. O homem só alcança a superação de si mesmo, quando vence o que nele constitui a sua fraqueza. Vide Amoralismo.

b) Diz-se da predominância da prática dos atos imorais. (1)

(1) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.