Energia

E = mc2  — Teorema da mecânica relativista que relaciona a energia e a massa de uma partícula. Vale apenas para entidades dotadas de massa e não para fótons. A ocorrência de c, a velocidade da luz no vácuo, mostra que a mecânica relativista não pode ser compreendida fora da eletrodinâmica. Embora uma das mais famosas leis físicas é também uma das menos entendidas. O mais comum dos mal-entendidos é considerá-la como lei que expressa a conversão da matéria em energia e inversamente. Isto é um erro porque massa e energia são propriedades e não coisas. (1) 

Energia. (do gr. enérgeia que, nesse idioma, significa ato, ser-em-ato. Enérgeia vem de energos, de erg, trabalho, em trabalho, em ação). Energia, em linhas gerais, é o poder pelo qual as coisas atuam, é a eficacidade ativa. Aristóteles empregava esse termo para expressar atualidade.

a) Na física é a capacidade para realizar trabalho e, na física atual, é equivalente à massa.

b) Na axiologia, valia de nível físico.

c) Na psicologia, vontade de empregar toda a sua força.

A energia pode ser atual ou virtual. A primeira é a energia já manifestada, no pleno exercício de si mesma; a virtual é a latente, a que ainda não está no pleno exercício de sua possibilidade atual, especificamente determinada. A energia virtual não é uma possibilidade energética, é uma energia já em ato, não porém sob uma determinada forma. Ela se torna atual quando é determinada segundo uma forma. A energia que se desprende do átomo, na desintegração atômica, está em ato nele na forma tensional da sua espécie, mas ao desintegrar-se daquele, ela toma nova forma e está no pleno exercício nessa forma. Há assim nítida distinção entre a energia virtual e a potencial. Esta, como mera possibilidade, refere-se apenas à nova forma, não quanto à sua fonte, pois a energia que se manifesta ora aqui, ora ali, já estava de certo modo latente nas suas causas, pois do contrário viria do nada, o que seria absurdo. (2)

(1) BUNGE, M. Dicionário de Filosofia. Tradução de Gita K. Guinsburg. São Paulo: Perspectivas, 2002. (Coleção Big Bang)

(2) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.