Filosofia Medieval. Na Idade Média não existia uma Filosofia, mas correntes de opiniões, doutrinas e teorias, denominadas de Escolástica. Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho são seus principais representantes. Buscava-se conciliar fé com razão. O método utilizado é o da disputa: baseando-se no silogismo aristotélico, partiam de uma intuição primária e, através da controvérsia, caminhavam até às últimas consequências do tema proposto. A finalidade era o desenvolvimento do raciocínio lógico.
Esquema Gráfico (1)
Filosofia Medieval. Com este nome é designado o período da história da filosofia que abarca do século IX ao XIV. Esses limites temporais são de certo modo didáticos. Por um lado, já que vários temas da filosofia medieval procedem de Santo Agostinho, às vezes os limites da filosofia medieval foram estendidos até o século V. Por outro lado, já que depois do século XIV persistem não poucas formas e não poucos temas medievais na filosofia, às vezes se estendem o citado período até o século XV e XVI. Contudo, tal extensão é excessiva. Os séculos imediatamente anteriores ao IX podem ser designados mais propriamente como os da Patrística (ver); os séculos imediatamente posteriores ao XIV podem ser designados mais propriamente como a filosofia do Renascimento (ver).
Alguns autores acham que a filosofia medieval seja exclusivamente a filosofia medieval cristã, mesmo que esta ainda seja considerada a parte mais importante e influente dela.
Em primeiro lugar, é característico da filosofia medieval o fato de não ser, como a filosofia grega, um originar-se do pensamento filosófico ab ovo (ou quase ab ovo), mas em grande medida uma continuação, por mais importantes que sejam as modificações introduzidas, de uma tradição anterior. Essa tradição é a grega, e a chamada greco-romana.
Em segundo lugar, mesmo continuando a mencionada tradição, a filosofia medieval não é uma repetição dela. De qualquer modo, é uma continuação a partir de um horizonte intelectual e afetivo distinto. Este horizonte é, em geral, o religioso, e, no caso que nos ocupa principalmente, o cristão. Portanto, há na filosofia medieval um importante componente teológico que não existe na grega.
Nesta análise, não podemos descartar a Revelação. (2)
(1) DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.
(2) MORA, J. Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2004.