Salmo Responsorial 97(98) R= Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus
Evangelho: João 14,7-14
roclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me, eu estou no Pai, e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa dessas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei”. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
At 13,44-52
Os pregadores do Evangelho, Paulo e Barnabé, atraíram para o culto sinagogal do sábado uma multidão de pessoas. Quase toda a cidade de Antioquia da Psídia se reuniu na sinagoga. De fato, a notícia foi difundida e comentada pelas pessoas e no sábado quase toda a cidade quer escutar os novos pregadores e ouvir essa mensagem tão nova “sobre o Senhor”. Muitos dos que foram à Sinagoga eram prosélitos e pagãos o que deixou na minoria os judeus, que sentem inveja do sucesso dos recém-chegados, de seu novo ensinamento e temem perder o privilégio de povo escolhido.
Eles então se opõem a Paulo e Barnabé com argumentos e insultos. Eles não aceitam ter que partilhar com os pagãos a condição de Povo de Deus. Segundo a concepção deles, para participar da dignidade de Povo de Deus é preciso antes se tornar judeu. Eles se fecham no seu particularismo e rejeitam a mensagem universalista do Evangelho.
Paulo e Barnabé toma posição e a declaram abertamente: “era preciso anunciar a Palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que nos vamos dirigir aos pagãos”. Paulo e Barnabé reconhecem o privilégio dos judeus. De fato, Jesus se dirigiu exclusivamente aos judeus e ordenou que os discípulos fizessem o mesmo. Além disso, o povo judeu foi o depositário e herdeiros de todas as promessas do Antigo Testamento. Paulo e Barnabé não negam esse privilégio que infelizmente foi entendido pelos judeus como exclusivismo e particularismo. Paulo e Barnabé entendem o privilégio dos judeus de outra forma: como serviço e responsabilidade. O privilégio de ser Povo de Deus está a serviço da salvação de todos os povos.
Ao mesmo tempo, o que Paulo e Barnabé declaram no caso particular de Antioquia da Psidía se tornará em um programa para toda a atividade missionária deles: em cada cidade eles anunciarão o Evangelho primeiro aos judeus e, depois que ele for rejeitado, se dirigirão aos pagãos. Assim o anúncio do Evangelho será em parte motivado pela rejeição deste pelos judeus. Além da rejeição dos judeus, Paulo e Barnabé baseiam a decisão de se dirigir aos pagãos na Escritura que fala da luz das nações, mais exatamente em Isaías 49,6: “Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra”.
Com a decisão de Paulo e Barnabé, uma decisão não apenas provocada pela rejeição, mas certamente conduzida pela Espírito Santo, a Igreja chegou à convicção de que também os pagãos estão destinados para a vida eterna. Assim a separação entre o Evangelho e o Judaísmo se converteu em nosso favor e da nossa salvação.
O relato termina com uma observação positiva: os pagãos ficaram muito contentes ao saberem que também estavam destinados à vida eterna.
Alegremo-nos com o precioso dom do Evangelho da salvação que nos foi feito.
Jo 14,7-14
Entre Jesus e o Pai não há inveja nem concorrência. Pelo contrário há comunhão e generosidade. Jesus diz que “quem me vê, vê o Pai”. Diz ainda: “eu estou no Pai, e o Pai está em mim”.
O Pai se revela em Jesus. O seu amor se revela no amor do Filho. E esse amor é tão generoso que também nos envolve na comunicação eterna e infinita que ocorre entre o Pai e o Filho. “Quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas”.
Jesus não considera as suas obras como propriedade exclusiva. Ele não reservou para si obra maiores, como acontece conosco. Nós deixamos as obras menores para os outros e reservamos as maiores, as mais bonitas, as mais vistosas para nós. Jesus não faz isso. Ele reservou as obras maiores para que nós as façamos. Jesus é o Filho de Deus enviado a nós, e seria justo e até normal que somente ele fizesse as obras maiores. Mas Jesus enriquece generosamente e infinitamente os que creem nele.
Quais são as obras maiores que Jesus reservou para você?
Mesmo que exigentes, essas obras maiores Jesus a reservou para você não para o seu orgulho, mas para o seu enriquecimento e salvação.