Salmo Responsorial 97(98)-R- O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações
Evangelho Lucas 16,1-8
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
Rm 15,14-21
É admirável a delicadeza de Paulo para com a comunidade cristã de Roma. Ele quase pede desculpas por sua intromissão em uma Igreja que não fundou e justifica o desejo de fazer uma visita à comunidade. A sua linguagem é educada e moderada. Ele afirma que não pretende evangelizar bons cristãos, mas recordar coisas já sabidas: “Estou convencido de que vós tendes bastante bondade e ciência, de tal maneira que podeis admoestar-vos uns aos outros. Eu vos escrevo com certa ousadia, como para reavivar a vossa memória, em razão da graça que Deus me deu”.
Outro ensinamento importante de Paulo nesta carta é a relação intrínseca que há entre evangelização e liturgia. Para Paulo, evangelizar é um rito sagrado que implica tanto oferecer sacrifícios a Deus quanto ter um forte compromisso evangelizador. “Eu fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite, santificada no Espírito Santo”.
A separação entre evangelização e liturgia é uma separação muito prejudicial, tanto quanto a separação entre pregação e oração, entre vida ativa e vida contemplativa.
Na verdade, evangelização e liturgia são dois aspectos de uma mesma realidade. Quando a litúrgica se separa da evangelização, ela se converte em uma evasão feita de belos ritos incompreensíveis e vazios sem responsabilidade e comprometimento pessoal.
Quando a evangelização não leva à liturgia, ela corre o grave risco de se converter em pura ideologia ou filosofia humana.