TERÇA-10TC

SÃO BARNABÉ APÓSTOLO

11/06/2024

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Leitura: Atos dos Apóstolos 11,21-b-26;13,1-3

Salmo Responsorial 97(98)- R- O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça

Evangelho: Mateus 10,7-13

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O reino dos céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento. 11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. 


Meu irmão, minha irmã!

Mt 10,7-13

O evangelho de hoje é um discurso missionário. Ele revela a magnanimidade de Jesus. A pobreza do evangelho não deve ser entendida como limitação e estreiteza, mas como abertura na confiança e na generosidade. É isso que Jesus ensina, e foi isso que viveu São Barnabé. Jesus quer que sejamos pobres porque nos quer livres para poder nos doar generosamente a todos: recebestes de graça, dai de graça. Essa é a lei e a lógica do Reino. Somos pobres, por isso devemos receber (não podemos comprar nem conquistar). E porque recebemos sem nosso merecimento, também damos gratuitamente.

Na história de São Barnabé vemos realizada essa lógica. Nos Atos dos Apóstolos, vemos que Barnabé, possuindo um campo, vendeu-o para dar o produto da venda aos Apóstolos, colocando em prática aquilo que Jesus tinha pedido ao jovem rico: “vai, vende o que tens, entrega-o aos pobres, depois vem e segue-me”. Diferente do jovem rico, Barnabé fez isso com alegria e desprendimento porque encontrou o tesouro muito mais valioso do Reino e da comunhão com Jesus.

A confiança em Deus motivou a esse gesto de Barnabé. De fato, só podemos renunciar aos bens necessários para a nossa sobrevivência se confiarmos mais em Deus do que nos bens deste mundo. 

Essa confiança em Deus de Barnabé vem acompanhada da confiança nos outros. Ele foi um dos poucos que confiou nos pagãos de Antioquia que se converteram ao cristianismo. Foi ele também que confiou no neoconvertido Paulo, indo ao encontro dele em Tarso para trazê-lo a Antioquia. 

Confiança e generosidade fundadas na pobreza do coração são as virtudes que brilham na vida de São Barnabé. Peçamos ao Senhor que nos ajude a viver com alegria e a sermos pessoas de benevolência, disponibilidade e de encorajamento a todos que se aproximam de nós.



DOM JULIO ENDI AKAMINE 

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba

Créditos do áudio: Rádio Uniso