Salmo Responsorial 66 (67) Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!
Evangelho Mateus 14,1-12
Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do rei Herodes. 2 Ele disse aos seus cortesões: “É João Batista! Ele ressuscitou dos mortos; por isso, as forças milagrosas atuam nele”. 3 De fato, Herodes tinha mandado prender João, acorrentá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4 Pois João vivia dizendo a Herodes: “Não te é permitido viver com ela”. 5 Herodes queria matá-lo, mas ficava com medo do povo, que o tinha em conta de profeta. 6 Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7 que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8 Instigada pela mãe, ela pediu: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista.” 9 O rei ficou triste, mas, por causa do juramento e dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10 E mandou cortar a cabeça de João, na prisão. 11 A cabeça foi trazida num prato, entregue à moça, e esta a levou para a sua mãe. 12 Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois vieram contar tudo a Jesus.
Bom dia! Vocês estão bem?
O Evangelho de Mateus, 14, 1 e 2, nos diz: “A fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. Ele disse aos servidores: É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”.
A cegueira espiritual e a falta de intimidade com o Senhor dos senhores, nos impede reconhecer a presença do Salvador no meio de nós. E assim, em qualquer momento, podemos perder a razão para agir em nome do prazer e da emoção.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço.
Pe José Antonio.
Meu irmão, minha irmã!
Lv 25,1.8-17
A leitura descreve como a lei do Ano Jubilar que é celebrado a cada cinquenta anos. O Jubileu tem alguns elementos surpreendentes: as terras alienadas são devolvidas aos seus primeiros donos, as dívidas são perdoadas, os escravos são libertados e a terra descansa.
Como se pode notar o objetivo do Jubileu tem forte caráter social. Com efeito todas as exigências do Jubileu têm como finalidade evitar a monopolização e a concentração da terra nas mãos de poucos e o excessivo enriquecimento destes mesmos poucos.
É preciso, no entanto, reconhecer que a finalidade social do Jubileu tem um fundamento religioso e teológico. O Jubileu procurava resolver os desequilíbrios e as desigualdades que se produzem na sociedade. Os bens vão, pouco a pouco, sendo acumulados nas mãos de uns poucos até que os mais pobres são obrigados a se sujeitar à escravidão para assim poder sobreviver. A lei do Jubileu denuncia e tenta corrigir esse mal da concentração da riqueza e das fontes de produção por um pequeno grupo de ricos. Tal concentração de riquezas sempre tem com consequência o empobrecimento de uma maioria que carece dos bens mais necessários, incluindo a própria liberdade.
Essa lei radical está fundamentada na concepção de que os bens deste mundo, segundo a vontade e desígnio de Deus, foram criados e são para todos. A terra é, no fim das contas, propriedade de Deus. Por isso, o ser humano o recebe para dela cuidar e cultivar, não para a explorar e a devastar. A natureza pertence a todos, também para as gerações futuras, por isso no ano jubilar a terra deve descansar. Na verdade, no ano jubilar todos devem descansar: os animais, os seres humanos e a terra.
Um bem inalienável é a liberdade humana. O destino da pessoa humana é ser livre, e a escravidão é uma anomalia que dever ser corrigida pelo ano jubilar.
Mesmo que não tenhamos mais essa instituição do Jubileu como o descrito no Levítico, a finalidade social e religiosa deve ser sempre buscada no presente e no futuro.