Salmo Responsorial 61(62) - R- Senhor, pagais a cada um conforme suas obras.
Evangelho Lucas 11,42-46
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse o Senhor: 42“Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso sem deixar de lado aquilo. 43Ai de vós, fariseus, porque gostais do lugar de honra nas sinagogas e de serdes cumprimentados nas praças públicas. 44Ai de vós, porque sois como túmulos que não se veem, sobre os quais os homens andam sem saber”. 45Um mestre da lei tomou a palavra e disse: “Mestre, falando assim, insultas-nos também a nós!” 46Jesus respondeu: “Ai de vós também, mestres da lei, porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis e vós mesmos não tocais nessas cargas nem com um só dedo”. – Palavra da salvação.
Vocês estão bem?
Hoje, quarta-feira.
No Evangelho de Lucas 11, 42, Jesus diz: “Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça, e o amor de Deus. Vós deveríeis, praticardes isso, sem deixar de lado aquilo”.
São as obras de justiça e caridade que transformam o mundo, pois, não existe Cristianismo sem a vivência do amor e a prática da justiça. O amor é engenhoso; com amor e justiça, das coisas pequenas obtém alegrias e méritos perante Deus.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe José Antonio.
Comentário mais extenso:
Meu irmão, minha irmã!
Os fariseus e os doutores da lei parecem ser pessoas muito preocupadas com o cumprimento de normas e também com a perfeição dos outros, mas não se preocupam minimamente com o compromisso interior com as mesmas normas e perfeição.
Jesus critica os fariseus por causa da hipocrisia: eles parecem ter uma vida piedosa e santa, mas, por baixo da aparência bonita, está uma vida cheia de corrupção e de pecado. Transformaram a religião em um espetáculo visível, esquecendo o que é mais importante, ou seja, o amor e a justiça.
É preciso que fique claro, na Escritura “justiça” e “amor” são equivalentes. Tanto a justiça quanto o amor estão relacionados ao mistério de Deus que quis estabelecer aliança com o seu povo na justiça e no amor. Assim, Deus é justo amando e perdoando o seu povo. O povo é justo recebendo o amor salvador de Deus e traduzindo-o na vida e nas relações concretas com as pessoas.
Jesus também critica duramente os doutores da lei, pois eles tinham desumanizado os antigos mandamentos de Deus, convertendo-os num peso insuportável de carregar. Conseguiram assim fazer com que a religião se tornasse num conjunto de regras e fizeram de Deus um juiz e um fiscal odioso. Pior ainda, exigindo dos outros perfeição, consideram-se isentos das obrigações impostas aos outros.
Não somos cristãos para anunciar uma religião feita somente de exterioridade e de legalismo. Como discípulos missionários somos enviados para partilhar com todos o tesouro do encontro com Cristo.