QUARTA-2TC

4ª FEIRA DA 2ª SEMANA COMUM 

17/01/2024 

S.Antão

LINKS AUXILIARES:

 

Leitura: 1 Samuel 17,32-33.37.40-51 

Salmo 143 (144) R- Bendito seja o Senhor, meu rochedo! 

Evangelho de Marcos 3,1-6 

 

Naquele tempo: 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: 'Levanta-te e fica aqui no meio!' 4E perguntou-lhes: 'É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?' Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: 'Estende a mão.' Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo. Palavra da Salvação


Meu irmão, minha irmã! 

Mc 3,1-6

O episódio da cura da mão seca durante o culto sinagogal no dia de sábado mostra o ponto alto da tensão que há entre Jesus e os seus inimigos. Essa tensão chega até mesmo à ruptura provocada pela pergunta de Jesus: “é permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixa-la morrer?”

Os rivais observam e espiam Jesus. Eles não estão interessados em resolver uma questão religiosa. A intenção deles é a de desacreditar Jesus, a de ter um pretexto para acusá-lo.

Jesus percebe a má intenção dos seus inimigos e, mesmo assim, tenta um vez mais fazer com que eles reflitam e façam uma opção ética. A decisão que Jesus põe diante dos adversários consiste em fazer o bem ou o mal; inclusive o mal por omissão do bem. Essa pergunta de Jesus atinge em cheio os seus rivais pois eles, com seu legalismo, acabam proibindo o bem da cura e se permitindo o mal da intenção perversa de espiar Jesus. Os inimigos de Jesus escolheram sacrificar a saúde de um infeliz com a má intenção de acusar Jesus de uma desobediência à lei divina. 

Jesus, por sua vez, faz uma outra escolha. A sua decisão ética é a de ajudar o doente e de, com isso, considerar as instituições religiosas e humanas relativas ao bem da pessoa. Os rivais de Jesus pensam que se deva sacrificar a pessoa à instituição. Jesus não aceita isso e coloca a instituição a serviço da pessoa humana.

  


DOM JULIO ENDI AKAMINE 

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba 

https://pt-br.facebook.com/domjulioendi.akamine 

Créditos do áudio: Rádio Uniso