Salmo Responsorial 14(15)-R- O justo habitará no Monte Santo do Senhor!
Evangelho Lucas 8,16-18
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 16“Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz. 17Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. 18Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa será dado ainda mais; e àquele que não tem será tirado até mesmo o que ele pensa ter”. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
Pr 3,27-34
A leitura nos ensina quais são os deveres para com o nosso próximo (27-31) e quais são as razoes para esses deveres (32-35). Os deveres para com o próximo são: fazer o bem a ele; não adiar o bem que eu posso lhe fazer; não tramar o mal contra ele; e não abrir processo contra ele sem motivo.
Por que eu devo fazer o bem ao próximo? São duas as razões: porque o próximo necessita de meu favor e porque eu posso. O poder fazer o bem e a necessidade do outro são as razões de eu fazer o bem ao próximo: “não recuses um favor a quem dele necessita, se tu podes fazê-lo”.
Não se deve adiar o bem que pode ser feito. O bem é urgente e não deve ser deixado para depois. Na verdade, tardar o bem é o mesmo que negá-lo. É melhor “um toma” do que dois “eu te darei”. “Não digas ao próximo: ‘Vai embora, volta amanhã, então eu te darei’, quando tu podes dar logo”.
O dever de fazer o bem nos proíbe de tramar o mal contra o próximo. Tramar o mal contra o próximo é um pecado premeditado que assume uma forma ainda mais agressiva se o outro convive conosco e confia em nós. Trata-se de um agravante tirarmos proveito da confiança de quem convive conosco para premeditar o mal: “Não trames o mal contra o próximo, quando ele vive contigo cheio de confiança”.
Por fim, Deus condena quem se utiliza da justiça para causar a injustiça. É uma contradição que prejudica não só o injustiçado, mas toda uma coletividade, pois se utiliza das estruturas e dos agentes de justiça para cometer injustiça: “Não abras processo contra alguém sem motivo, se não te fez mal algum”.