SEXTA-13TC

6ª FEIRA DA 13ª SEMANA COMUM

05/07/202

Sto. Antônio Maria Zaccaria

LINKS AUXILIARES:


1ª Leitura: Amós 8,4-6.9-12

Salmo Responsorial 118 (119) R- O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus! 

Evangelho Mateus 9,9-13 

Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse- lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu-o. 10Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e disseram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?” 12 Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. 13 Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores”. 


Meu irmão, minha irmã! 

Am 8,4-6.9-12

Novamente o profeta Amós se dirige aos negociantes ávidos de dinheiro e privados de qualquer respeito aos direitos dos outros: “Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais a prostração dos pobres da terra”. Além de não respeitar os direitos humanos, eles não respeitam também a Deus. Eles não veem a hora de passar os feriados religiosos a fim de poder continuar comerciando de modo desonesto e vil. Eles não hesitam em aumentar o próprio lucro sem respeitar nem a lei nem a moral. “Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? E o sábado, para darmos pronta saída o trigo, para diminuir medidas, aumentar os pesos, e adultera as balanças”. Essa injustiça social clama pela vingança de Deus! É por isso que Amós anuncia severos castigos: “mudarei em luto vossas festas e em pranto todos os vossos cânticos”. 

Ao ouvir essa profecia não devemos cair no erro do farisaísmo, ou seja, no erro de pensar que isso não é dito para nós. Não pensemos que os maus sejam só os outros e que sejam eles a merecerem o castigo de Deus. Devemos, pelo contrário, confessar que pertencemos a um mundo onde reina a avareza e a cobiça por riqueza a todo custo. A cobiça é, de fato, a causa da injustiça e nós, infelizmente, contribuímos para agravar a situação toda vez que nos deixamos levar pela avareza em pensamentos, atos e omissões. 

Para as coisas que nos interessam sempre arranjamos tempo. Para visitar um doente, prestar um serviço gratuito, sempre falta tempo, da mesma forma como falta tempo para a oração. No fim das contas, nós nos tornamos semelhantes aos mercadores ricos e egoístas criticados por Amós. 

Entre os castigos ameaçados pelo profeta, o último é decerto o mais terrível: “Eis que virão dias em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor. Os homens vaguearão de um mar a outro mar, circulando do norte para o oriente, em busca da palavra do Senhor, mas não a encontrarão”. É algo tremendo e trágico: buscar a palavra do Senhor e não poder encontra-la. Essa é desolação espiritual, causada por uma longa e contínua infidelidade e desobediência ao Senhor. É preciso que tenhamos medo de cair nessa desolação espiritual.


DOM JULIO ENDI AKAMINE 

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba 

Créditos do áudio: Rádio Uniso