SÁBADO DA 14ª SEMANA COMUM
1ª Leitura: Gênesis 49,29-32;50,15-26a
Salmo Responsorial 104 (105) Humildes, procurai o Senhor Deus e o vosso coração reviverá
Evangelho Mateus 10,24-33
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 24“O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. 25Para o discípulo, basta ser como o seu mestre; e para o servo, ser como o seu senhor. Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu, quanto mais aos seus familiares! 26Não tenhais medo deles, pois nada há de encoberto que não seja revelado e nada há de escondido que não seja conhecido. 27O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! 28Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno! 29Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. 30Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. 31Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais. 32Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. 33Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus”. – Palavra da salvação.
COMENTÁRIO AO EVANGELHO
Vocês estão bem?
Hoje, sábado, dia 12 de julho de 2025.
No Evangelho de Mateus, 10, 28, Jesus nos diz: “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!”
Em meio às dificuldades do testemunho cristão no mundo, nunca somos esquecidos, mas sempre assistidos pela solicitude amorosa do Pai. Pois a vida do cristão está nas mãos do Pai. Esta certeza leva-nos a permanecermos firmes diante de quem nos ameaça e quer nos tirar a vida.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe José Antonio.
COMENTÁRIO À PRIMEIRA LEITURA
A conclusão da história de José ilumina um problema que sempre nos atormenta: por que Deus permite que o ser humano faça tanto mal? Por que Deus permite tantos acontecimentos trágicos provocados pelo mal?
Ainda que devamos ser humildes e não pretender dar explicações que esgotem o mistério, a história de José pode nos ajudar e entender duas coisas fundamentais:
Deus respeita a liberdade das suas criaturas;
Deus permite o mal, não o provoca, porque pode fazer o mal servir ao bem.
Deus permitiu que os irmãos de José agissem com maldade e não os forçou a fazer o bem porque criou os seres humanos livres. Deus respeita a nossa liberdade e nos quer bem.
Forçar uma pessoa a fazer o bem nunca é, no fim das contas, eficaz. Quem faz o bem porque coagido não realiza verdadeiramente o bem. Pelo contrário sofre uma dura opressão e, no seu coração, continuará desejando fazer o mal. Por isso, Deus, querendo a nossa liberdade, a respeita a fim de que possamos fazer o bem livremente e sem coação.
Isso tem como consequência que o ser livre pode abusar da liberdade para fazer o mal. Deus permite o mal porque pode fazer com que o mal sirva ao bem. Com efeito, José afirmou: “Vós planejastes fazer o mal contra mim, mas Deus converteu-o em bem”.
Deus é poderoso e misericordioso para mudar o sentido das ações humanas. José age conforme a intenção divina: em vez de responder o mal com o mal, renuncia à vingança e vence o mal com o bem.
A conclusão da história de José nos ajuda a olhar tudo o que aconteceu até então na perspectiva da fé. No princípio da criação, Deus viu que tudo era muito bom. O mal penetrou, e por ele entrou a morte e o fratricídio. Deus intervém, evita o mal estremo, faz com que o bem vá se impondo sem anular a liberdade humana. A partir de Abraão, embora continuem a hostilidade e a rivalidade, vai triunfando laboriosamente o bem. A tensão entre Abraão e Ló se resolve pacificamente, a ruptura entre Jacó e Esaú é sanada, José abraça os seus irmãos. No final, até mesmo o mal se põe a serviço do bem. Tal é o desígnio de Deus que vai se realizando ao longo dramaticamente ao longo da história.