Salmo 49(50)R- A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
Evangelho: Lucas 19,41-44
Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: 42 “Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, está escondido aos teus olhos! 43 Dias virão em que os inimigos farão trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados. 44 Esmagarão a ti e a teus filhos, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste visitada”.
Meu irmão, minha irmã!
1Mc 2,15-29
O rei Antíoco tinha ordenado que todos abandonassem a fé no Deus Vivo e Verdadeiro. Encarregou alguns delegados para obrigar os judeus à apostasia. Na cidade de Modin, eles esbarram com a fortaleza e a coragem de Matatias. Ele não somente não se curva às exigências do rei Antíoco como lança o grito de rebelião que constituirá o início da guerra dos Macabeus.
Os oficiais do rei abordam Matatias primeiramente com a arma da adulação: “Tu és um chefe de fama e prestígio na cidade, apoiado por filhos e irmão”. Após esse elogia falso, lançam a proposta traiçoeira: “Sê o primeiro a aproximar-te e executa a ordem do rei”. Por fim, prometem privilégios sedutores: “Tu e teus filhos sereis contados entre os amigos do rei”.
A resposta de Matatias é clara. Ele se nega a obedecer ao rei no que tange à religião e à Lei de Deus. Nesse campo não é possível qualquer ambiguidade ou hesitação. “Eu e meus filhos continuaremos seguindo a aliança de nossos pais. Deus nos guarde de abandonarmos sua Lei e seus mandamentos. Não atenderemos às ordens do rei e não nos desviaremos de nossa religião”.
Imediatamente depois dessa resposta clara de Matatias, aparece um judeu que se adianta para oferecer o sacrifício sacrílego ordenado pelo rei Antíoco. Ele não só realiza um gesto de apostasia, mas também de desafio à liderança de Matatias.
Em altos brados é proclamada a revolução com Matatias no comando. O amor apaixonado e exclusivo de Matatias por Deus recebe o nome de “zelo”. Esse zelo será o grito de guerra da rebelião dos Macabeus e, mais tarde, dele surgirá o grupo político violento e fanático dos Zelotes. Os Zelotes serão um grupo ativo no tempo da dominação romana e do de Jesus.
A história humana infelizmente nos revela como é difícil encontrar o caminho da paz nas diversas circunstâncias que vive e viveu a humanidade. A paz não deve ser capitulação à injustiça institucionalizada, mas a rebelião não deve tampouco trair o Evangelho. Peçamos ao Senhor, com intensa oração, que cessem as guerras: as tantas guerras de nosso mundo que formam a “terceira guerra mundial em pedaços”. Rezemos para que os chefes das nações possam ter a energia e a sabedoria para encontrar o caminho da paz.