QUARTA-18TC

4ª FEIRA DA 18 ª SEMANA COMUM

07/08/202

São Sisto II e seus companheiros mártires

LINKS AUXILIARES:

1ª Leitura: Jeremias 31,1-7

Salmo Responsorial Jer. 31-R- O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho. 

 Evangelho Mateus 15,21-28

 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23Mas Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então, seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25Mas a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. 27A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E, desde aquele momento, sua filha ficou curada. – Palavra da salvação.

Meu irmão, minha irmã! 

 Jr 31,1-7

Jeremias tinha sido constituído profeta por Deus. Ele, porém, precisa exercer a ingrata tarefa de ser profeta da destruição e da desgraça. Por culpa dos muitos pecados do povo, Jeremias, de fato, parece ser anunciador somente de acontecimentos negativos de castigo e de provação. O próprio Jeremias, a certo ponto de sua vida, se queixou com Deus por ser obrigado a ser portador somente de desgraças e tragédias.

Na leitura de hoje ouvimos a resposta de Deus à queixa de Jeremias, constituindo-o profeta da salvação e do ressurgimento.

A situação do povo é descrita como sem cura e remédio. Essa situação é o resultado da multidão de pecados cometidos. Até os amigos se esqueceram do povo. Humanamente não há nada que possa ser feito. Dá a impressão de que Deus se compraz em tornar ainda mais evidente a situação desesperadora do povo. Os remédios humanos só podem aliviar um pouco a dor, mas não são capazes de curar as feridas. É um duro golpe ao orgulho humano que se achava capaz de vencer todas as dificuldades.

Quando o povo toma consciência dessa situação sem saída e a aceita, é nesse momento que Deus declara: “eu serei o seu Deus para todas a tribos de Israel, e elas serão meu povo”. Somos colocados diante da promessa da Nova Aliança. 

Assim a palavra de Deus passa do anúncio do castigo para se transformar em promessa maravilhosa: “Amei-te com amor eterno e te atraí com a misericórdia. De novo te edificarei, serás reedificada, ó jovem nação de Israel”.

O exílio era como se fosse um deserto onde o povo encontra Deus. Nos sofrimentos se manifesta o amor eterno do Deus fiel. O Senhor é Deus na proximidade do amor e no distanciamento do mistério.

Assim é Deus em nossa vida cristã: Deus na proximidade do amor e no distanciamento do mistério.


DOM JULIO ENDI AKAMINE 

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba 

Créditos do áudio: Rádio Uniso