Salmo Responsorial 89(90)-R- Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós!
2ª Leitura: Filemon 9b-10.12-17
Evangelho Lucas 14,25-33
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim não pode ser meu discípulo. 28Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31Ou ainda, qual o rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se, com dez mil homens, poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!” – Palavra da salvação
Prezados irmãos e irmãs!
Além de celebrarmos, como em todos os domingos, a Ressurreição do Senhor, hoje lembramos o dia 07 de setembro de 1.822, quando houve a separação do Reino do Brasil do Reino de Portugal com o conhecido “Grito do Ipiranga”, esta é a narrativa oficial. Claro que aproveitando essa ocasião rezemos por nosso Brasil que hoje passa por grandes dificuldades lembrando que Pátria “local onde alguém nasceu ou a nação de que é cidadã”.
A liturgia de hoje nos interpela sobre as exigências do ser cristão.
Lucas, em seu Evangelho, narra a viagem de Jesus a Jerusalém (9,51-19,27) e é nesse caminho que as pessoas vão se encontrando com Jesus e tomando decisões e assumindo posições a favor ou contra Jesus. Nessas narrativas, Lucas vai deixando claro que só pode seguir a Jesus quem com Ele se identifica ou está disposta a assumir seu projeto.
O texto que lemos e agora refletimos nos apresenta pelo menos três grandes exigências: 1a) desapego afetivo – o que não significa rejeição ou desprezo; 2a) disponibilidade para a cruz, isto é, tornar próprias as disposições daquele a quem segue como Mestre; 3a) renúncia de tudo – mais uma vez Jesus nos mostra que as relações de fraternidade são fundamentais em seu seguimento.
Outra questão fundamental: nunca esquecer que o seguimento tem riscos e que precisam ser enfrentados com coragem e disposição, portanto, para não sermos meros admiradores de Jesus com aparência de discípulo, a decisão deve ser ponderada e corajosa, amadurecida e coerente até o fim. Um entusiasmo inicial de e ser sempre e diariamente renovado sob pena de fracasso e frustração, tal qual a do homem que começou a construir uma torre e vê seu fracasso.
Concluindo: Jesus nos sugere que seu seguimento deve ser realista como o construtor e prudente como o rei evitando as ilusões fáceis imaginando que basta entusiasmo e boa vontade. Seguir a Jesus não é admirá-Lo pois mais que um líder deve ser nosso Mestre, mais, quem nos dá VIDA PLENA pois foi para isso que veio. Amém.
Padre Tadeu Rocha Morais, Paróquia da Catedral da Arq. de Sorocaba SP